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Belem, PARÁ, Brazil
Graduado em Historia.

terça-feira, 30 de agosto de 2011

ESCOLA DE FRANKFURT

Uma teoria critica contra a opressão social
A Escola de Frankfurt é a mesma histórico-institucional para Teoria Crítica Social. O que mais tarde faria, a escola começou de facto como uma escola, fundada em 1923 na Universidade de Frankfurt, mas independente desta: o Istitut für Sozialforschung. A maioria dos fundadores era constituída por filhos assimilados de famílias judias da classe média alemã. Concebido por Felix Weil, Horkheimer e Pollock, a Escola de Frankfurt corporizaria uma das configurações paradigmáticas do chamado Marxismo Ocidental (Anderson, 1972, Merquior, 19872).
Entre os nomes mais conhecidos da Escola contam-se Horkheimer, Adorno, Marcuse, Fromm, Lowenthal para a primeira geração; Habermas, Wellmer e Apel, para a segunda. Não tendo pertencido de facto à Escola, não devem esquecer-se Benjamin e Kracauer. Durante a guerra, a Escola emigraria para os Estados Unidos, repartindo-se por Nova Iorque e por Los Angeles. O retorno à Alemanha só se produziria por 1950. O autor Pecora (1997) identifica cinco motivos que dariam especial consistência à Teoria Crítica desenvolvida pela primeira geração: 1) Reinterpretação do marxismo a partir da rejeição das suas concretizações dogmáticas: totalização simples da história, relações de espelhismo mecânico entre infra-estrutura e super-estrutura, centralidade da luta de classes e posicionamento providencial do proletariado como sujeito da história. 2) Rejeição do "intelectual flutuante" de Manheim e de concepções afins, sobretudo no campo da sociologia. A teoria deve ser "crítica", historicizada e comprometida, por isso que a neutralidade científica não seria senão adaptabilidade prática às condições sociais existentes tidas por inaceitáveis. 3) Investigação das condições socio-psíquicas de enraizamento e subsistência do autoritarismo e da hegemonia social. 4) Crítica radical do Iluminismo enquanto triunfo da razão instrumental. 5) Postulação da estética como lugar privilegiado de exercício da Teoria Crítica.
Seus principais teóricos: Theodor Adorno, Marx Hokheimer, Walter Benjamin, Herbert Marcuse e Jurmmgen Habermas, alem de Erich Fromm (1900-1980).psicanalista teuto-americano.
Apesar de haver grandes diferenças de pensamento entre esses autores, a preocupação comum eram os estudos dos variados aspectos da vida social, de modo a compor uma teoria crítica da sociedade como um todo. Então investigavam no campo da economia, psicologia, sociologia e antropologia. Os pontos de partidas deste foram Karl Marx, teoria freudiana, alem de Hegel, Kant e Marx Weber.
A Escola de Frankfurt concentrou seu interesse na análise da sociedade de massa, termo que busca caracterizar a sociedade atual, na qual o avanço tecnológico é colocado a serviço da reprodução da lógica capitalista, enfatizando o consumo e a diversão como formas de garantir o apaziguamento e a diluição dos problemas sociais.

Adorno e Horkheimer razão instrumental e massificação.
Na análise da sociedade de massa, que se desdobra em vários aspectos, um tema muito presente é a crítica da razão.
De acordo com Max Horkheimer (1895-1973) e Theodor Adorno (1906-1969), a razão iluminista, que visava a emancipação dos indivíduos e o progresso social, terminou por levar a uma maior dominação das pessoas em virtude justamente do desenvolvimento tecnológico-industrial.
Horkheimer acreditava que o problema estava na própria razão controladora e instrumental, que busca sempre a dominação, tanto da natureza quanto do próprio ser humano.
Horkheimer em 1946, escreveu: “enquanto o conhecimento técnico expande o horizonte da atividade e do pensamento humano, a autonomia do homem enquanto individuo, a sua capacidade de se opor a resistência ao crescente mecanismo de manipulação de massas, o seu poder de imaginação e o seu juízo independente sofreram uma redução. O avanço dos recursos técnicos de informação se acompanha de um processo de desumanização”.
Horkheimer e Adorno em um texto - “A dialética do esclarecimento” de 1947, estes fazem criticas ao iluminismo que estimulou o desenvolvimento dessa razão controladora e instrumental da sociedade contemporânea. Denunciam o desencantamento do mundo, a deturpação das consciências individuais, a assimilação dos indivíduos ao sistema social dominante.
Horkheimer e Adorno denunciaram a morte da razão crítica, asfixiada pelas relações de produção capitalista. Se denúncias semelhantes já haviam sido feitas no campo do marxismo, o que há de característico nos filósofos da Escola de Frankfurt é a desesperança em relação à possibilidade de transformação dessa realidade social.
Essa desesperança se deveria ao diagnóstico da ausência de consciência revolucionária no proletariado, que teria sido assimilado, absorvido pelo sistema capitalista, seja pelas conquistas trabalhistas alcançadas, seja pela alienação de suas consciências, promovida pela indústria cultural (termo difundido por Adorno e Horkheimer para designar a indústria da diversão de massa, veiculada pela televisão, cinema, rádio, revistas, jornais, músicas, propagandas etc. Através da indústria cultural e da diversão se obteria a homogeneização dos comportamentos, a massificação das pessoas.
Por falta de perspectiva social fez Adorno se refugiar na teoria estética, por entender que o campo a arte é o único reduto autentico a razão emancipatoria e da critica à opressão social.

BENJAMIN - arte como instrumento de politização.
“não há messias enviado do deu. Somos nos mesmo o messias;cada geração possui uma parcela de poder messiânico e deve esforçar por exercela”
Walter Benjamin (1892-1940) se distingue de Adorno e Horkheimer por uma postura mais otimista no que diz respeito à indústria cultural.
Em seu texto A obra de arte na época de suas técnicas de reprodução, ele se mostra esperançoso com a possibilidade de que a arte, a partir do desenvolvimento das técnicas de reprodução, se torne acessível a todos.
Enquanto, na visão de Adorno e Horkheimer, a cultura veiculada pelos meios de comunicação de massa não permite que as classes assalariadas assumam uma posição crítica em relação à realidade, Benjamin acredita que a arte dirigida às massas pode servir como instrumento de politização.
Além disso, desenvolveu reflexões nas quais buscou conciliar a teoria marxista com a tradição judaica, dando origem a um pensamento de difícil penetração, ainda que de grande beleza literária.

MARCUSE - pelo princípio do prazer.
“existe um tempo para falar e um tempo para agir; e esses tempos são definidos (marcados) pela constelação social concretas de forças”
Herbert Marcuse (1898-1979) desenvolveu uma obra marcada significamente pelas teorias freudiana e marxista. Em Eros e civilização, retomou o tema desenvolvido por Freud da necessidade de repressão dos instintos para a manutenção e o desenvolvimento da civilização.
De acordo com Freud, a história social do homem é a história de sua repressão, do combate ao livre prazer em prol do trabalho, do adiantamento do princípio do prazer para atender ao princípio da realidade. Sem essa renúncia, a vida social seria impossível.
Marcuse considera que Freud tem razão em diagnosticar esse fato. Porém discorda do fundador da psicanálise quando este apresenta essa situação como algo eterno, ou seja, que é impossível uma civilização não-repressiva.
Marcuse apontou que a possibilidade de uma civilização menos repressiva pode surgir do próprio desenvolvimento tecnológico, que criaria condições para a libertação em relação à obrigação do trabalho e a conseqüente ampliação do tempo livre.
No entanto, isso não se dará, sem a intervenção do ser humano para reorientar o rumo da trajetória histórica possibilitada por esse desenvolvimento.

HABERMAS - a teoria da ação comunicativa.
Dentre os teóricos da Escola de Frankfurt, o que maior influência exerce atualmente é Jürgen Habermas (1929-). Ele discorda de Adorno e Horkheimer no que se refere aos conceitos centrais da análise realizada por esses dois filósofos: razão, verdade e democracia.
De acordo com Habermas, a posição de Adorno e Horkheimer quanto a emancipação da razão é perigosa, pois poderia conduzir a uma crítica radical da modernidade e, em conseqüência, da razão, que levaria ao irracionalismo.
Em seu artigo “Modernidade versus pós-modernidade”, ele enfatiza esse ponto, afirmando, contra a tendência ao irracionalismo presente na chamada filosofia pós-moderna, que “o projeto da modernidade ainda não foi cumprido”, Ou seja, que o potencial para a racionalização do mundo ainda não está esgotado. Por isso Habermas costuma ser descrito como “o último grande racionalista”.
Ação comunicativa e verdade intersubjetiva.
Habermas propõe como nova perspectiva, outro conceito de razão: a razão dialógica, que brota do diálogo e da argumentação entre os agentes interessados numa determinada situação. É a razão que surge da chamada ação comunicativa, do uso da linguagem como meio de conseguir o consenso. Para tanto, é necessária uma ação social que fortaleça as estruturas capazes de promover as condições de liberdade e de não-constrangimento imprescindíveis ao diálogo.
O conceito de verdade também se modifica em função em função dessa Nova perspectiva. Habermas propõe o entendimento da verdade não mas como uma adequação da pensamento a realidade, mas como fruto da comunicação comunicativa; não como verdade subjetiva, mas como intersubjetiva (entre sujeitos diversos), assim se se aplicam algumas regras: não contradição, clareza de argumentação e a falta de constrangimento de ordem social.
Razão ou verdade deixam de ser conteúdo ou valores absolutos e passam a ser definidos como consensualmente e essa validade será tanto maior ou melhor quanto for o dilogo, o que se consegue com a democracia.
O pensamento de Habermas incorpora e desenvolve reflexões propostas pela filosofia da linguagem. A ênfase dada por ele à razão comunicativa pode ser entendida como uma maneira de tentar “salvar” a razão, que teria chegado a um beco sem saída. Assim, se o mundo contemporâneo é regido pela razão instrumental conforme denunciaram os filósofos que o antecederam na Escola de Frankfurt, para Habermas caberia à razão comunicativa, enfim, o papel de resistir e reorientar essa razão instrumental.

segunda-feira, 29 de agosto de 2011

FILOSOFIA MORAL

FILOSOFIA MORAL
Para Aristóteles o homem é um ser que age de acordo com seus valores. Significa que as coisas e as ações que realizam podem ser hierarquizadas de acordo com as noções de bem e de justo compartihadas por um grupo de pessoas, em um determinado momento. O homem é um ser moral, e que avalia suas condutas com bases em seus valores.
Moral - Vem do latin mos mor- “costumes”. É um conjunto de regras e normas que orientam o comportamento humano e tem como base os valores os valores de uma comunidade. Como as comunidades se distanciam no tempo e espaço, então os valores podem ser diferentes entre comunidades que reflete em códigos diferentes.
E se deve refletir: - O que devo fazer para ser justo? - Quais valores devo escolher para guiar minha vida? - Há uma hierarquia de valores que deve ser seguida? - Que tipo de ser humano devo ser nas minhas relações comigo mesmo, com meus semelhantes e com a natureza? - Que tipo de atitude devo praticar como pessoa e como cidadão ?
ÉTICA - Vem do grego ethikos – modo de ser, comportamento e se aplica a disciplina filosófica que investiga os diversos sistemas morais elaborados pelo homem, para compreender os fundamentos da normas e proibições própria a cada um e explicar seus pressupostos, ou seja, as concepções do sobre o ser humano que o sustenta. Portanto a ética e uma disciplina teórica sobre uma pratica humana, que é o comportamento moral, mas não se restringe a reflexos teóricos dos vlores humanos que se originam no desenvolvimento sociológico, antropológico, religioso etc.
Como filosofia pratica a teórica deve instruir como a ética de desejo de unir o saber ao fazer, Istoé, aplicar o conhecimento sobre o ser para o que deve ser.
MORAL E DIREITO - As normas morais e jurídicas são estabelecidas pelos cidadãos e se relacionam a regular estes grupos. Aspectos comuns entre morais e jurídicas: Apresentam como imperativo, devem ser seguidas por todos; Através das normas propõem melhor convivência entre ambos; São orientados pelos valores culturais interno de uma comunidade; Tem caráter histórico- mudam conforme transformações histórico-sociais.
DIFERENÇA ENTRE MORAL E DIREITO: - MORAIS – são cumpridas com base na convicção individual; Jurídicas – devem ser cumpridas se não serão punidos pelo Estado, e esta prevista na legislação, enquanto a moral, a sansão esta ligado a sua consciência moral do sujeito.
A esfera da moral e mais ampla e atinge diversos campos da vida, enquanto a do direito e mais especifica que nasce da interferência de conduta social. O direito e constituído que tudo e permitido, menos o que a lei proíbe. A moral não se restringe a um código formal, mas o direito sim. O direito mantém uma relação estreita com o estado, a moral não. O direito pode intervir com a força coercitivas do estado, como policia e judicial, a moral ela se ajusta a sociedade, portanto os filósofos as considera a liberdade.
MORAL E LIBERDADE - A consciência e que difere homem e animal, é o que a racionalidade consegue dirimir o bem e mal, falso e verdadeiro.
CONSCIENCIA MORAL - Faculdade de formular conduta e fazer diferença e formular juízos, para escolher ente as circunstancias o melhor caminho para sua vida, e assim que o homem constrói sua liberdade. Assim a consciência moral e liberdade estão intimamente relacionada, então só se pode julgar moralmente uma ação e uma pessoa quando esta ação foi praticada em liberdade. Quando não se tem escolha (liberdade), quando se age coagido, é impossível decidir entre o bem e o mal (consciencia moral). Ex: um filho é obrigado a sequestrar um pai, sob determinação de criminoso. Mas quando estamos livre para escolher uma ação, assim nos tornamos responsáveis por nossos atos, ai podemos ser jugados moralmente.
VIRTUDE - Qualidade ou ação que dignifica o homem, ou seja, a pratica eterna do bem que corresponde ao uso da liberdade com responsabilidade moral: prudência, polidez, fidelidade, prudência, justiça, coragem, generosidade etc.
VÍCIO - Se opõe a virtude e, a pratica do mal que corresponde ao uso da liberdade sem responsabilidade moral: violência, infidelidade, insensatez, injustiça, covardia, e mesquinhez etc. Erich Fromm, afirmou que responsabilidade e virtude é primordial do ser humano que se realiza nas possibilidades da vida. (???)
LIBERDADE – DETERMINISMO - Se há responsabilidade moral quando há liberdade pessoal, então somos livres para decidir? Que liberdade e essa?
TRÊS FATORES PARA DEBATE: - ÊNFASE DO DETERMINISMO – liberdade não existe, o homem e sempre determinado, seja por natureza biológica (necessidades instintos), histórico social (leis, normas, costumes). As ações individuais são causadas por e determinadas por fatores ou constrangimentos sociais, e a liberdade seria uma ilusão. Filosofo materialista – Helvetius (1715 a 1771) e Holbach (1723 a 1789). ÊNFASE NA LIBERDADE – o home é sempre livre, apesar do criador desta teoria aceitar interferência externa, sociais e interna, como desejos e inpulsos etc. mas sustenta que o homem esta em liberdade moral acima destas citadas acima. Em que ele sempre determina através de escolha e pode agir livremente a partir de sua autodeterminação. Jean Paul Sartre, “o homem esta condenado a ser livre”. DIALÉTICA ENTRE LIBERDADE E DETERMINISMO – o homem e determinado e livre ao mesmo tempo, não se excluem, mas se completam. Então faz sentido pensar em uma liberdade absoluta nem uma negação absoluta da liberdade. A liberdade e sempre uma liberdade concreta de liberdade concreta, sempre situada no interior no interior de um conjunto de um conjunto de condições objetivas de vida. Embora a nossa liberdade seja restringida por fatores objetivos que cercam a nossa a nossa existência concreta, podemos sempre atuar no sentido de alargar as possibilidades dessa liberdade, e isso será tanto mais eficiente quanto maior for a nossa consciência a respeito desses fatores> Espinosa – Hegel – Marx. Apesar de muitas diferenças entre eles, mas o ponto em comum é a liberdade é a compreensão da necessidade (dos determinismos).
ORIGEM DA VIOLÊNCIA E DA MALDADE - Bíblia – o pecado original de adão e Eva ao comer a maçã a arvore proibida. Violência na família; Violência institucionalizada: salário, fome, moradia, saúde, educação, preconceito racial, violência surda, crime ambiental, suicídio.
HANNAH ARENDT: DUAS FORMAS - INSTINTIVISTA – instintos inatos devido a fisiologismo do homem. Concretizada nas guerras, nos crimes, na conduta autodestrutivista. Sigmund Freud; SOCIOAMBIENTALISTA – nega inatismo, mas moldado pelo meio ambiente (fatores sociais, econômico, político e cultural. Defendidos pelos behavioristas (Watson 1878ª1958 e Skinner 1904 a 1990).
TRANSFORMAÇÕES DA MORAL - Indivíduos reafirmar e consolidar a moralidade já existente, mas ele pode negá-la e contribuir para a transformação dessa moralidade, então essa relação entre individuo e sociedade e considerada como dialética, influencia, em que um individuo através de uma educação a universalidade de normas e condutas morais, mas pode haver contestação e um grupo ou um individuo pode transformar
ÉTICA PARA SÓCRATES - Estava na razão, pois há um saber universal que demanda a partir da essência humana, em que se pode conceber a fundamentação de uma moral universal. E o que é essencial no ser humano é a sua alma racional, o homem é razão. E é na razão que se deve fundamentar as normas e costumes morais, portanto aética socrática é racionalista.
ÉTICA PARA PLATÃO - Aprofundou corpo e alma, dizia que muitas das vezes o corpo por ser a fonte de desejo e paixões do homem, desviando seu caminho para o bem ou mal. Então defendeu a necessidade de purificar do mundo material, para se alcançar a idéia do bem. Pois o home não consegue alcançar o bem sozinho, portanto necessita da cidade Polis. No plano ético, o homem bom é também o bom cidadão.
ÉTICA PARA ARISTÓTELES - Qual era o fim ultimo do homem? Era a felicidade. Para Aristóteles a felicidade não se confunde com o simples prazer dês sensações ou o prazer das riquezas e conforto material, ma na vida teórica o que promove o que há de mais humano a razão. O homem comum poderia aprender através do hábito. A virtude moral é o meio-termo e o vício se dá ou na falta ou no excesso. Por exemplo: coragem é uma virtude e seus contrários são a temeridade (excesso de coragem) e a covardia (ausência de coragem). Tanto platão como aristoteles a etica esta relacionada a vida politica. Aristoteles se refere mesmo a etica como sendo um ramo da politica, ja que a etica trata do bem estar individual e a segunda trataria do bem comum a todos.
POLÍTICA - Na filosofia aristotélica a política é um desdobramento natural da ética. Ambas, na verdade, compõem a unidade do que Aristóteles chamava de filosofia prática.

EUDAIMONIA
A eudaimonia está além do princípio do prazer. Traduzimo-la como sendo “felicidade”, mas é uma felicidade que se pauta numa qualidade imorredoura: a virtude. Impossível, portanto, falar sobre a felicidade aristotélica sem enveredar pelo conceito da virtude. A felicidade eudaimônica seria uma decorrência do exercício da virtude, ou seja, trata-se de algo que não depende de um elemento externo ou fugaz para me fazer feliz, pois vive em nós, é parte constituinte daquilo que somos e que nos tornamos com o exercício da construção humana. Não é “biologicamente garantido”, conforme nos tentam fazer crer os geneticistas, procurando genes da felicidade. Uma pessoa pode até ser bioquimicamente mais bem provida para o prazer, gozando de um bem estar sensorial superior e vivendo à base do gozo das próprias endorfinas, mas ainda assim, ela depende. Depende do externo para que sua bioquímica se ative. Depende do outro, objeto de seu gozo. E, viciada em gozar, perde sua felicidade tão logo este algo externo se esvaia pela própria natureza temporal e efêmera das coisas.
A partir desta perspectiva, podemos dizer que a felicidade aristotélica, eudaimônica, é uma disposição efetiva da alma, e não apenas afetiva. A disposição afetiva deriva do afeto (num sentido literal, “daquilo que nos afeta”), é reativa a algo, enquanto a disposição efetiva vem de dentro para fora. Brota da virtude e não está separada de sua práxis, ou seja, não é mero conceito, mas conceito posto em prática. Muito mais do que “virtude em potência”, para Aristóteles trata-se de virtude em ato.
Muitos autores apreciam definir a felicidade eudaimônica como sendo “a felicidade verdadeira”, em contraste à “falsa felicidade” que depende de fatores externos e se pauta no gozo sensóreo. Podemos contra-argumentar, dizendo que mesmo a felicidade efêmera, que se pauta no princípio do prazer, é verdadeira para quem a sente. E, mesmo que passageira, é eterna enquanto dura, parafraseando o poeta. Justamente por isso, não cremos que seria adequado definir a eudaimonia como felicidade “verdadeira”, pois não é falso de forma alguma dizer que um homem apaixonado, por exemplo, não está vivenciando a felicidade quando está ao lado de seu objeto de afeto. Ele de fato está, e seria prepotência intelectual chamá-lo de tolo. Sua felicidade, apesar de dependente, é inteiramente verdadeira, e isso nos diz o senso comum. Mas, sendo passageira, é fatal que desemboque num sofrimento posterior. Tudo muda, mas nada inteiramente. A paixão pelo outro se torna ressentimento pelo eventual abandono, ou tristeza pela eventual morte, mas a busca pela felicidade persiste. Melhor seria, portanto, definir a eudaimonia como uma felicidade auto-orientada, em contraste à felicidade extra-orientada da hedoné. O exercício da virtude, segundo nos ensina Aristóteles, confere ao sujeito um gozo imorredouro, não-efêmero, que se basta por si.
Podemos ser eventualmente bem sucedidos em nossas paixões, e nos tornamos felizes. Tornamo-nos infelizes quando a paixão acaba, ou quando não é correspondida. A paixão exige correspondência. Já o amor por si só se basta, pois não depende de objeto, é virtude de quem sente. O ser apaixonado demanda vorazmente seu objeto, enquanto que o ser amante, exercendo sua virtude para além do princípio do prazer, sente-se feliz por simplesmente amar. O prazer do amor está na percepção da própria capacidade de amar, seja este amor correspondido ou não.
OBS: HEDONE - Do grego hedone, prazer. Diz-se da doutrina que considera o prazer como a essência da felicidade ou que exalta o prazer como suprema norma moral. Nestes termos, os únicos critérios para a avaliação de uma dada ação são o prazer e a dor, ou, dito de outra forma, o prêmio e o castigo.
ETICA ESTOICISTA – fundada por Zenão de Cício (336 – 263) sábios estóicos como, por exemplo Marco Aurélio e Sêneca, defendiam a razão a qualquer preço. Os fenômenos exteriores a vida deviam ser deixados de lado, como a emoção, o prazer e o sofrimento. Toda realidade é uma realidade racional, todos os seres, natureza e os homens fazem parte realidade. O que chamamos de Deus é a fonte de toda realidade. Integrados a natureza, não existe nem um outro lugar ou fugir, alem do próprio mudo que vivemos, portanto ao morrermos nos dissolvemos neste mundo. Então estes defendiam no plano ético defendiam atitudes de austeridade física e moral, baseada em virtude, ante o sofrimento, a coragem ante o perigo, indiferença, ante a riqueza material. O ideal seria o estado plenitude serena para lidar com os sobressaltos da existência, fundada na aceitação e compreensão dos princípios universais que regem toda a vida.
ÉTICA EPICURISMO - os epicuristas, seguidores do pensador Epicuro, defendiam que o bem era originário da prática da virtude. Defendiam a ATARAXIA - O corpo e a alma não deveriam sofrer para, desta forma, chegar-se ao prazer. Defende a administração racional e equilibrada do prazer, evitando os desejos insaciáveis que terminam em sofrimento. Identifica o medo da morte como um dos principais fontes de todos os medos. - “ acostuma-te que a morte para nos não é nada, visto que todo bem e todo mal residem nas sensações. A consciência clara de que a morte não significa nada para nos proporcionar a fruição da vida efêmera, sem querer acrescenta-lhe tempo infinito e eliminando o desejo de imortalidade. Não existe nada de terrível na vida para quem esta perfeitamente convencido de quem não há nada de terrível em deixar de viver. E tolo portanto quem diz ter medo da morte, não porque a chegada desta lhe trará sofrimento, mas porque o aflige a própria espera: aquilo que nos perturba quando presente não deveria nos afligir enquanto esta sendo esperado. Então, o mais terrível de todos os males, a morte, não significa nada para nos, justamente quando estamos vivos, e a morte que não esta presente: ao contrario, quando a morte esta presente, nos e que não estamos presente.
PIRRONISMO – DE PIRRO DE ÉLIDA (365-275) nenhum conhecimento é seguro tudo e incerto. Devia se contentar com as aparências das coisas, desfrutar o imediato captado pelos sentidos e viver feliz em paz, em vez de se lançar em busca de uma verdade plena, pois seria impossível ao saber se as coisas são como é. Então esta e uma forma de ceticismo.
CINISMO – significa cão, se propuserao a viver como os cães da cidade, sem conforto e sem propriedade. Socrático extremista, em que o homem deveriam conhecer a si mesmo e desprezar todos os bens materiais. Diógenes o filosofo mais destacado era conhecido como Sócrates demente, não tinha apreço a cidadania, pois se considerava um cosmopolita.
O BARRIL E A ESMOLA
Zombavam de Diógenes. Além de morar num barril, volta em meia era vista pedindo esmolas ás estátuas. Cegas por serem estátuas, eram duplamente cegas porque não tinham olhos – uma das características da estatuária grega. (...)
Perguntaram a Diógenes por que pedia Esmolas ás estátuas inanimadas, de olhos vazios. Ele respondia que estava se habituando á recusa. Pedindo á quem não o via nem o sentia, ele nem ficava aborrecido pelo fato de não ser atendido.
É mais ou menos uma imagem que pode ser usada para definir as relações entre a sociedade e o poder. Tal como as estátuas gregas, o poder tem os olhos vazados, só olha pra dentro de si mesmo, de seus interesses de continuidades e de mais poder.
A sociedade, em linhas gerais, não chega a morar num barril. Uma pequena minoria mora em coisa mais substancial. A maioria mora em espaços um pouco maiores do que um barril. E há gente que nem consegue um barril para mora, fica mesmo embaixo da ponte ou por cima das calçadas.
Morando em coisa melhor, igual ou pior do que um barril, a sociedade tem necessidade de pedir não exatamente esmolas ao poder, mas medidas de segurança, emprego, saúde e educação. Dispõe de vários canais para isso, mas, na etapa final, todos se resumem numa estátua fria, de olhos que nem estão fechados: estão vazios. (...)
Foram tantas as historias de sabedoria e humor de Diógenes. Conta –se que ele morava em um barril e que certa vez Alexandre, o Grande, que, ao encontrar Diógenes, ter-lhe-ia perguntado o que poderia fazer por ele. Acontece que devido à posição em que se encontrava, Alexandre fazia-lhe sombra. Diógenes, então, olhando para Alexandre, disse: "Não me tires o que não me podes dar!" (variante: "deixe-me ao meu sol"). Essa resposta impressionou vivamente Alexandre, que, na volta, ouvindo seus oficiais zombarem de Diógenes, disse: "Se eu não fosse Alexandre, queria ser Diógenes."
PERIODO GRECO ROMANO – A FILOSOFIA PAGÃ E A PENETRAÇÃO DO CRISTIANISMO. Ultima fase da filosofia clássica que corresponde a fase de expansão militar romana, desde as guerras púnicas, iniciada em 264 aC, ate a década do império romano e fins do século V. principais pensadores: Sêneca, Cícero, Plotino, Plutarco, repassaram mais as contribuições culturais da Grécia. A progressiva penetração do cristianismo no decadente império romano é uma das carecteristicas fundamentais desse período. A difusão e a consolidação do cristianismo, através da igreja católica, que atuou em dissolver a força da filosofia grega clássica, que passou a ser qualificada como pagã.


sábado, 27 de agosto de 2011

A "MADRASTA" SANTA CASA DE MISERICÓRDIA DO PARÁ



Dialogaremos sobre o fato ocorrido em Belém do Pará do dia 2 de agosto de 2011, em que uma paciente em trabalho de parto sai de sua casa com dores e se dirige ate Santa Casa com seu esposo e não é atendida no horário das quatro hora da manhã. Os dois fazem uma peregrinação em vários hospitais, alem do apoio do copo de bombeiro que foi abrigado a fazer a retirada do primeiro bebê que conforme declaração da medica e laudo já estava morto. O fato se estende na mídia que tira proveito da situação que tem interesses em apenas vender a desgraça dos pais como um produto, mas essa própria mídia não fez em nem um momento menção de irresponsabilidade do atual governador. Ma este gestor tentou resolver este caso como se fosse de policia, retirando sua responsabilidade e instalando de imediato o concilio “inquisitivo” com a caça as bruxas, mas o caso vem se desmascarando e se esclarecendo de quem de fato é a responsabilidade deste ato que é apenas mais um , de tantos.
É, agora a culpa é da médica, e pessoas contaminadas com o clamor publico que teve este fato na capital paraense, devido a importância que a mídia, não que tenha sido insiguinificante, mas porque inverteu o papel da culpa, fechando os olhos da população que queria fazer justiça com suas próprias, inclusive conclamando o governador Jatene de bom, por ter imediato exonerado todo mundo. Que bonitinho governador, manda construir um grande hospital para atendimento já em fase de doença, ai sim, constrói UNIDADES PREVENTIVAS DE SAUDE, com parceria com gestores municipais, para evitar que a população tenha acesso a saúde preventiva, pois foi isso que faltou a esta mãe.
Infelizmente alguns não sabem ou já esqueceram, ou não querem mas saber, ou não querem lembrar que o início da campanha do atual governado (Jatene) foi provocando reportagem de descaso da Santa casa do governo anterior.
A santa Casa já não tem condições de atender tanta gente. Esta entidade foi fundada no dia 24 de fevereiro de 1650. A princípio, a igreja e o albergue eram de taipa e pilão e se localizavam na antiga Rua Santo Antônio dos Capuchos com o Largo da Misericórdia, hoje, Praça Barão de Guajará, onde está o iminente prédio da loja Paris n` América. No dias 15 de agosto de 1900, presidido pelo Governador José Paes de Carvalho, presentes o Intendente Sen. Antônio José Lemos, o Bispo Diocesano D. Castilho Brandão, membros do conselho Administrativo, outras autoridades e mordomos, foi inaugurado o belo e novo Hospital de Caridade, à Rua Oliveira Belo, bairro do Umarizal, nesta cidade. Seu governador este prédio ainda mantém as mesmas características da transição de monarquia à republica tempo que a população não passava de 200 mil habitantes, agora a população de Belém já ultrapassa de 1.200,000. Apesar de mais de cem anos, mas parece que os políticos da época sabiam se confraternizar ou se tolerar mais, pelo menos é o que prova no ato solene (acima).
Imaginem a pressão da população sobre aqueles funcionários que na verdade são eles que sofrem na pele, e quem deveria sentir era estes "emboabas" governantes. Infelizmente o pai estava sobre efeito emocional quando declarou: que o governador é um homem bom, portanto fez justiça, ou seja, exonerou todos e mandou prender a médicam que nao horou o seu juaramento de hopocrates, engraçado, testemunhamos uma senhora estremamente religiosa, falando sobre este ritual, mas depois ela falou que o ato da medica é flta de Deus, sera que esta senhora sabe que o juramento de hipócrates é em nome dos deuses politeistas, ou seja, da mitologia grega, é o senso comum. É governador foste "inteligente", usaste a lei de HAMURABI - "olho por olho, dente por dente", punições sumárias, jogaste logo os “cristão as feras”, para que o povo se sacie da carnificina humana - O teu único gesto foi baixar o polegar para satisfazer a vil mídia que corre atrás de notícias horríveis como o diabo corre atrás de pecadores, caso não encontre fará de tudo para que alguém peque.
O governador mandou logo um emissário cooptar o pai, como já disse Maquiavel: tira tudo de um súdito: pais, filhos, esposa, mas não tira seu dinheiro, e queira ou não, vocês sabem a "arte" da imoral política, então funcionou o "maquiavélico".
Arranjou um culpado para a irresponsabilidade com o povo, foi fácil ne? Foi só responsabilizar a médica Cynthia Lins que estava dando aula na Santa Casa, mas mesmo assim foi ver o paciente, apesar de não ter a sua disposição os equipamentos técnicos. O próprio secretário de Saúde Pública do Pará, Helio Franco, reconheceu, em nota, a superlotação na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) Neonatal. A senhora Maria do Carmo Lobato, presidente do hospital que foi afastada do cargo, disse que “a superlotação enfrentada pela maternidade da Santa Casa tem origem em vários problemas, como falta de área de pré-natal adequada, gestação de risco e falta de assistência aos recém-nascidos prematuros e com afecções congênitas, além da regulação de leitos nos municípios”.
 O governador tratou o caso de saúde pública como trata qualquer tirano, déspota esclarecido e ditador, com o aparelho repressivo do Estado. Devolvo-lhe senhor governador como povo, com o mesmo sorriso irônico do seu parceiro e senador Mário Couto - qua, qua, qua, qua! qua, qua, qua, qua! Falar nisso, jogo do bicho ainda é contravenção?!
O fato - No dia 23 de agosto o pai e a esposa (Vanessa Santos) sai da sua casa em outeiro em busca de socorro, em que a sua mulher estava sentindo dores de parto apesar de prematuro (sete meses). Chegaram as 04 hora da manhã na santa Casa, sendo que os porteiros informaram que não poderiam atender por não ter vaga, orientação administrativa, então o casal recorreu ao Hospital das Clinicas que lhe negou atendimento, o pai recorreu ao atendimento do bombeiro que lhes atendeu e definiu que deveria retornar a santa Casa por volta das 08: 00h, ao chegar no portão a mesma desculpa não pode entrar por determinação administrativa, sendo que a quantidade de leito da UTI (incubadora) é de 100 e já estamos com 124 crianças, ou seja, extrapolou o limite. Neste momento a criança começa a sair da barriga da mãe, ainda dentro da viatura do Bombeiro.
Neste mesmo dia a médica obstetra ginecologista especialista em mastologista Dr. Cynthia Lins estava na Santa Casa, mas como professora da UFPA atendendo seus alunos acadêmicos de medicina como é de práxis pelo convenio que esta instituição tem com a Santa Casa de Misericórdia do Pará. O plantonista não era ela, apesar de Cynthia ser funcionaria desta casa, mas outro. Mesmo assim esta médica percebe o movimento e desespero do pai, vai ate o portão e atende a paciente e a recolhe ate ao atendimento de urgência e emergência e faz o parto da segunda criança já sem vida, conforme que esta declara na imprensa. A médica esclarece ao pai, este aceita o fato do falecimento, mas não se conforma com a falta de atendimento que poderia vir a fatalizar o fim da vida da sua esposa. Os socorristas bombeiros ligam para a oficial superior de dia, e esta lhes aconselha que conduza o corpo médico e demais ate a delegacia. O bombeiro mais antigo da voz de prisão a médica que devera esclarecer a provável omissão de socorro. A doutora aguarda apoio jurídico e vai ate a delegacia do comercio.
A imprensa paraense chega ao local e como urubu em cima de carniça incita o pai e marido, e o tumulto se generaliza, agora o esposo passa a chamar a doutora Cynthia de criminosa. Fato virou um produto de primeira grandeza para a mídia, inclusive a rede globo manda repórter imediatamente para Belém. O jornal Nacional anuncia que: “foram três horas e 20 minutos voando do Rio a Belém. A equipe do JN no Ar pousou no início da madrugada e foi direto para a Santa Casa. O atendimento parecia rápido e eficiente. A equipe encontrou Maria de Nazaré, de 16 anos, grávida de sete meses que sentiu dor, procurou ajuda e foi atendida. “O médico disse que o bebê está bem”, disse Maria de Nazaré. É uma situação completamente diferente desta terça-feira (23), quando Wanessa Santos, grávida de gêmeos e passando mal, também procurou socorro com o marido”.
Mas de quem é a culpa?- A presidente Maria do Carmo Lobato, depois de afastada do cargo assume que a santa Casa não tinha condições de atendimento, por motivos já citados acima, assim como a declaração do secretario de saúde SESPA. Vários funcionários e usuários confirmam que o hospital vinha fechando e abrindo o portão para este atendimento, dependendo se tivesse ou não no momento vaga. A questão é, porque tinha que ser o porteiro que fazia a triagem do paciente. A Constituição Federal de 1988, artigo 196, Lei Orgânica da Saúde (LOS), Lei nº 8.080/1990 11- Lei nº 8.142/1990 11, proclama direitos e determina que: - "A saúde é direito de todos e dever do Estado, garantindo mediante políticas sociais e econômicas que visem à redução do risco de doença e de outros agravos e ao acesso universal igualitário às ações e serviços para a sua promoção, proteção e recuperação
O fato é que o governo do Estado Pará recebe verba do SUS, para manutenção de serviços de atenção básica, ou seja, independente do paciente esta de parto ou não deveriam atender a Vanessa para o atendimento de atenção básica, e não deixar o serviço de segurança diagnosticá-la como aconteceu, agora só falta o governador mandar demitir o porteiro da empresa privada, ate porque vários já foram, como tática de eliminação. Outro erro foi do corpo de bombeiro que deveria imediatamente ligar para a central de leito, não ficar perambulando com a paciente e usar de abuso de autoridade, caso não resolvesse, a oficial de dia ligaria para o seu comandante que com status de secretario, faria contato de imediato com o secretario de Saúde do Estado, pois é assim que eles fazem quando é uma pessoa da estirpe deles; e para aumentar os erros o bombeiro declarou que percebeu batimentos vitais dos bebês, como assim, já não estava morto?! Pois foi justamente este o achismo que levou o socorrista bombeiro a ligar para a sua superior hierárquica que   lhe determinou a prisão em flagrante, pois é mais uma que vai entrar na "quarta parte, justiça e disciplina" (punida), depois que a justiça pedir a cabeça dos socorristas bombeiro este vai sem duvida dizer que apenas cumpriu ordem da sua chefa, entao vao quebrar o sigilo telefônico ou de comunicação de rádio. Então só vai restar a oficial de dia,  que provavelmente vai declarar que viu e oviu na rede globo que médico que se negasse a atendimento a paciente este podeira ser preso em flagrante. É minha amiga oficial o problema é que tem procedimentos tecnicos e cientificos que só o médico sabe, então pensa em outra descupa, inclusive ue o governador contrate médico para estarem nas viaturas. 
Ma se tudo estivesse funcionando dentro de um planejamento, nada disso seria necessário, ou seja, tudo seria previsível, inclusive evitado o falecimento das crianças que já estavam em óbitos na barriga da mãe. Mas as coisas aconteceram injustamente como tem que findar quando não se tem políticas públicas, funcionários públicos presos.
Reflitamos que o problema é de gestão, e problema de gestão é caso de descaso político com a saúde pública. Então senhores este caso tem que ser tratado realmente com policia, inclusive a própria Policia Federal, já se fomenta sua investigação na não integridade dos recursos públicos para estes fins, saúde. As injustiças são tantas com a degradação que vem sofrendo a materna mamãe Santa Casa de Misericórdia de “madrasta”, por não fazer o parto dos seus filhos paraenses, e que ultimamente tantos vem morrendo nos seus leitos.

sexta-feira, 26 de agosto de 2011

COLEÇÃO HISTÓRIA DA ÁFRICA


Coleção da UNESCO História Geral da África é lançada no Pará
Fora lançado no estado do Pará no dia 21 de junho pela UNESCO no Brasil e do Ministério da Educação em parceria com a Universidade Federal do Pará, com apoio do Grupo de Estudos Afro-Amazônico (GEAM/UFPA), Centro de Estudo e Defesa do Negro do Pará (CEDENPA), SEDUC/PA, Casa Brasil-África (UFPA), Associação Brasileira de Pesquisadores Negros (ABPN), Coordenação das Comunidades Quilombolas do Estado do Pará (Malungu). O lançamento da coleção de livvros que fala sobre a história da áfrica.
O Pará, terceiro estado em população negra do país, recebeu o lançamento da edição em português da Coleção da UNESCO História Geral da África representando toda a Região Norte.
O evento aconteceu em Belém, vários especialistas paraenses e de outros estados, autoridades nacionais e locais, pesquisadores e estudantes se reunirão no Centro de Convenções Benedito Nunes, para debater assuntos relacionados à história e cultura africana no estado.
Entre os temas que foram debatidos: a implementação e a inserção do ensino de história da África e cultura africana e afro-brasileira nos currículos dos diferentes níveis da educação básica do estado e a identidade e resistência quilombola no Pará, que conta com pelo menos 240 comunidades remanescentes de quilombos.
A coleção em português, editada pela UNESCO, financiada pelo Ministério da Educação e com coordenação técnica da Universidade Federal de São Carlos e da UNESCO, contribui para a disseminação de um novo olhar sobre a cultura e a história africanas na sociedade brasileira, e também, para a transformação das relações étnico-raciais no país. Sua disponibilização em língua portuguesa integra uma estratégia para a implementação da Lei 10.639/2003, que prevê o ensino da história da África e da cultura africana e afro-brasileira nas escolas de educação básica brasileiras. Para que se possa emplemantar a lei citada se formalizou através das Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação das Relações Étnico-Raciais e para o Ensino de História e Cultura Afro-Brasileira e Africana (LEIA) e o Plano Nacional de Implementação das diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação das Relações Étnico-Raciais e para o Ensino de História e Cultura Afro-Brasileira e Africana (LEIA).
Diagnósticos realizados pela representação da UNESCO no Brasil, MEC, e organizações da sociedade civil e seus parceiros mostram que essa implementação ainda é incipiente no país, especialmente em decorrência da ausência de material pedagógico qualificado para subsidiar a formação de docentes.
Estiveram presente no encontro Kabengele Munanga, doutor em Antropologia Social e diretor do Centro de Estudos Africanos da Universidade de São Paulo; Valter Roberto Silvério, coordenador técnico da edição em português da Coleção da UNESCO História Geral da África e coordenador do Núcleo de Estudos Afro-brasileiros da Universidade Federal de São Carlos; e Zélia Amador de Deus, doutora em Ciências Sociais, integrante do Grupo de Estudos Afro-amazônico da Universidade Federal do Pará e presidente da Associação Brasileira de Pesquisadores Negros.
A iniciativa integra o programa Brasil-África: Histórias Cruzadas da UNESCO, que tem como princípio promover o conhecimento e o reconhecimento da importância da interseção da história africana com a brasileira. O objetivo é contribuir para a construção e a afirmação da identidade nacional e para a transformação das relações étnico-raciais no país. Alem de Marcar, as comemorações do Ano Internacional dos Povos Afrodescendentes.
A Coleção
A Coleção História Geral da África, com quase 10 mil páginas, foi construída ao longo de 30 anos por 350 pesquisadores, coordenados por um comitê científico composto por 39 especialistas, dois terços deles africanos. A obra conta a história da África a partir de uma visão de dentro do continente, usando uma metodologia interdisciplinar que envolve especialistas de áreas como história, antropologia, arqueologia, linguística, botânica, física, jornalismo, entre outros. Seu conteúdo permite novas perspectivas para os estudos e pesquisas a respeito da África e também para a disseminação das relações étnico-raciais no sistema de ensino brasileiro.
Os oito volumes que integram a coleção abordam o continente desde a pré-história até a década de 1980, passando pelo Egito Antigo, por diversas civilizações e dinastias, pelo tráfico de escravos, pela colonização europeia e pela independência dos diversos países. A África é destacada como berço da humanidade e de contribuição fundamental para a cultura e a produção do conhecimento científico mundial.
Para baixar o livro klick nos numerais ordinais em destaque  sublinhado e boa leitura.
O PRIMEIRO volume - debate sobre metodologia e pré-história da África (Editor J. Ki-Zerbo);
O SEGUNDO volume - África antiga (Editor G. Mokhtar);
O TERCEIRO  volume - diversifica sobre a África do século VII ao XI - (Editor M. El Fasi) - (Editor Assistente I. Hrbek);
O QUARTO volume -  África do século XII ao XVI - (Editor D. T. Niane);
O QUINTO volume - África do século XVI ao XVIII - (Editor B. A. Ogot);
O SEXTO volume - África do século XIX à década de 1880 - (Editor J. F. A. Ajayi);
O SÉTIMO volume - África sob dominação colonial, 1880-1935 - (Editor A. A. Boahen);
O OITAVO volume - África desde 1935 - (Editor A. A. Mazrui) - (Editor Assistente C. Wondji).