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Graduado em Historia.

sexta-feira, 29 de julho de 2011

TCC

EXEMPLO
Vicente Sales, folclorista, historiador e sociólogo, representa a transição da educação superior tradicional das ciências sociais para a formação de agentes acadêmicos transgressores dos comportamentos regradores da sociedade, instalados nas universidades públicas do Pará. Iniciando um novo paradigma de educação histórica crítico-social e libertador.


                  Esaú – Vicente Sales e Silvia

UNIVERSIDADE ESTADUAL DO MARANHÃO
CURSO DE LICENCIATIRA EM HISTÓRIA
TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO
PQD I
PÓLO BELÉM




                                             CAMINHOS À HISTÓRIA                                                   



ESAÚ DA CUNHA ARAÚJO







BELÉM – PARÁ
JUNHO - 2007


UNIVERSIDADE ESTADUALDO MARANHÃO
CURSO DE LICENCIATURA EM HISTÓRIA
TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO
PQD I
POLO BELÉM

CAMINHOS À HISTÓRIA

UEMA: Universidade Estadual do Maranhão
Licenciatura Plena em História I.
Programa de Qualificação de Docente.
Pólo: Belém-Pa. CEO (Centro de Estudos Objetivos).
Orientador: Luiz Otávio Viana Airosa.
Aluno: Esaú da Cunha Araújo.
Código: 04HIPA50
TCC: (Trabalho de conclusão de curso).
Título: Caminhos à história.
Carga horária: 2.820.
Período de realização: janeiro de 2003 a julho de 2007.

ESAÚ DA CUNHA ARAÚJO


BELÉM - PARÁ
JUNHO – 2007


SUMÁRIO
1- INTRODUÇÃO____________________________________________  1
2-DESENVOLVIMENTO ______________________________________  2
            2.1 – Referências Teóricas das Disciplinas Especificas da Licenciatura   2
            2.2 – Referências das Disciplinas Pedagógicas__________________  7
            2.3 – Atividades Acadêmicas Des. no Componente Curricular –Prática. 11
            2.4 – Atividades Acadêmicas Científicos - Culturais _______________ 13
            2.5 – Relatório de Observação do Estágio ______________________ 15
                        2.5.1 – Ensino Fundamental ____________ ______________ 15
                        2.5.2 – Atividades Desenvolvidas _________________ 16               
                        2.5.3 – No Ensino Médio____________________________ 17
                        2.5.4 – Avaliação das Atividades Desenvolvidas ___________ 20
3- CONCLUSÃO _____________________________________________ 21
4- BIBLIOGRÁFIA GERAL _____________________________________ 24
5- APÊNDICE _______________________________________________ 26
6 – ANEXOS ________________________________________________ 27


AGRADECIMENTO
Dedico especialmente esta minha vitória a Deus, a minha esposa e meus filhos, em conjunto com meus pais por me apoiarem nessa caminhada. Quero aproveitar este momento para expressar meus agradecimentos a meus professores, que muito colaboraram na minha formação, não posso deixar de registrar um grande exemplo do professor historiador, folclorista e escritor paraense Vicente Sales que ficou marcado neste curso.


1 - INTRODUÇÃO.
No processo de formação acadêmica do curso de licenciatura de história feito na Universidade Estadual do Maranhão, pólo Belém do Pará, na escola CEO - (Centro de Estudos Objetivos), No Bairro de Umarizal. Rua Antônio Barreto, Nº100. O relatório de trabalho de conclusão de curso será exposto de forma sucinta à trajetória de formação. Com início em janeiro de 2004, com aproximadamente 55 alunos, sendo que as aulas eram executadas em meses de janeiro e julho todos os dias úteis da semana, com inicio às oito horas e termino às dezessete horas. Nos meses restantes do ano as aulas aconteciam nos fins de semana com carga horária de quinze horas. A turma tinha professores que já atuavam no magistério, e, com isso tinham mais leituras habilidade com a defesa dos assuntos em sala de aula daqueles que estavam iniciando, já outros iniciantes só tiveram desenvoltura e diminuindo a diferença após algum tempo. Alguns professores que vinham de universidade pública e não estavam preparados para uma nova realidade de formação de acadêmicos de ensino superior privado em que os alunos exigiam mais, mas foram excelente, além de outro professores que vieram de outros estados, mas que foram formidáveis e com isso provando que a história tem uma linguagem universal.
O relatório de conclusão de curso faz uma exposição sintética das referencias: teóricos das disciplinas específicas; seqüenciado com as referencias das disciplinas pedagógicas; das atividades acadêmicas desenvolvidas no componente curricular de prática; e relatos das atividades acadêmicos científicas-culturais e um relatório de observação do estagio supervisionado: ensino fundamental e médio, além de uma avaliação do desenvolvimento das atividades e finalizando com as considerações finais sobre o conjunto dos itens citados acima e das perspectivas enquanto historiador e uma conclusão.

2 – DESENVOLVIMENTO.
2.1 – REFENRENCIAIS TEÓRICOS DAS DISCIPLINAS ESPECÍFICAS DA LICENCIATURA.
As disciplinas especificas do curso de historia sempre representadas por professores com formação e habilitados para o exercício da função e com demonstração firme do conhecimento dos conteúdos, além de seus objetivos de formar profissionais, de forma competente e comprometida com uma crítica criadora e inovadora visando a qualidade do ensino fundamental e médio da ciência histórica. A estrutura curricular teve inicio em janeiro de 2004, com as disciplinas.
HISTÓRIA ANTIGA - ministrada pelo professor Otávio Rangel, historiografando com autores: Jaques Lê Goff, “caminhos da historia antes da escrita”, texto voltado para a antiguidade oriental; detalha a geografia, etnia e religiosidade de cada povo; Ciro Flamarion Cardoso, trabalhando a religiosidade das primeiras sociedades antigas, além do texto de Palácios, templos e aldeias: o “modo de produção asiático”, focando a economia destas sociedades; Maria Beatriz Florenzano “Antiguidade Clássica”, focalizando economia e sociedade; Jean Pierre Vernant”As origens do pensamento grego”, discursando sobre o Mito justificando o mundo cosmogônico; Franois Artog, “A historia de Homero e Santo Agostinho”retratando o discurso de como se escreveu a historia na Grécia e em Roma e do mesmo autor “Apolítica no mundo antigo”; George Duby, “Amor e sexualide no ocidente” e entre vários o clássico de Perry Anderson, “Passagens da Antiguidade ao Feudalismo”, fasendo uma abordagem nas contradições interna entro do seu próprio inicio do modelo econômico, uma leitura ontológica, já facilitando a transição para o modelo pré-capital.
FILOSOFIA – uma das disciplinas que é de grande importância como ferramenta da historia para a superação da historia factual e positivista, estudo que envolve a investigação, analise, discussão, formação e reflexão de idéias. Tivemos a professora Simei, com praticas pedagógicas de Paulo Freire, “Progressista libertadora” que tanto servil como exemplo de um novo paradigma. Nos conteúdos foram abordados os principais pensadores pré-Socráticos, e Sócrates, Platão e Aristóteles. Tematizou, o que é filosofia? Os métodos filosóficos, dialética platônica, Hegueliana e de Marx, método positivista. Filosofia do século XX, fenomenologia, pragmatismo, existencialismo, Jean Paul Sartre. Filosofia política, O poder; grego, romano, pensamento cristão, Santo Agostinho, São Tomas de Aquino, O poder dos reis: Maquiavel, Jean Bodin, Thomas Hobbs. O liberalismo, o iluminismo. O pensamento político de Hegel, Marx, Engel e Lênin. O pensamento político autoritário: fascismo, Nazismo. Conceito e concepções de estéticas. Livros paradidáticos de Henrique Nielsen Neto, “Filosofia Básica” e de Antonio Rezende, “Curso de Filosofia”.
SOCIOLOGIA – É a ciência que estuda o comportamento humano em função do meio e os processos que interligam o individuo em associações, grupos e instituições. Correntes sociológicas: positivista-funcionalista – Augusto Comte; compreensiva – Max Weber; dialética – Karl Marx. A disciplina foi ministrado pelo professor José Augusto de Carvalho, abordou referenciais nos seus conteúdos como: Michel Foucaut, Microfisica do Poder e Vigiar e punir; Celso Furtado, “Formação econômica do Brasil”; Karl Marx & Engel, “A ideologia de Fuerbach”. Edgard Carone, “Classes Sociais e Movimento Operário”. Analisando antecedentes históricos: oligarquia e a burguesia, classe média. Max Weber, traçando um diálogo sobre a ética protestante e o espírito do capitalismo para a síntese do pré-capitalismo. Maria José S. Costa, “Sociologia na Amazônia”. Debates teóricos e experiências de pesquisas. Aborda a importância histórica que s pesquisadores da região, e particularmente do Pará, sempre tiveram na construção da sociologia e de sua institucionalização, desde a luta pela regulamentação e da profissão de sociólogo começada no inicio dos anos setenta, na UFPAB. Os pioneiros das ciências sociais, Comte, Marx, Durkheim e Karl Marx no seu clássico o Capital volume I, II e III.
ANTROPOLOGIA – É a ciência no estudo do homem. Da mesma série das disciplinas a cima, a disciplina teve como o professor Ismael Funckner, facilitando a nós sobre conceito de Etnologia, alteridade, raça, etnia, tendo como pressupostos teóricos, Cliford Geertz,, Nova luz sobre a antropologia. François Laplatine. O campo e a abordagem antropológicos. Roberto da Matta, 1 - A antropologia no quadro no quadro das ciências. “2 – O oficio do Etnólogo, ou como ter antropologial Blues”. Michel Foucault, Vigiar e Punir. Everaldo Rocha, o que é etnocentrismo. Antropologia da escola francesa: Émile Durkheim. Escola inglesa: Bronslaw Malinowsk, Radcliffe Brown. Culturalista: Frans Boas. Estruturalista e pós-modernista: Clifford Geertz: Darci Ribeiro, Florestan Fernandes, Gilberto Freire, e Roberto DaMata.
TEORIA DA HISTÓRIA – Tivemos como professor Mario Médice, conceituando as historiografias nas diversas concepções: positivista de Comte, no século XIX, o historiador deveria encontrar a verdade; escola dos Annales surgiu na França, criada por Marc Bloch e Lucien Febvre, desdobrando com a Nova historia de Jacsques Lê golf, Micro História, Carlos Guinzburg e a marxista. Partindo dessas tendências a historia foi composta por novos agentes como a antropologia, sociologia e filosofia etc.
LEITURA E PRODUÇÃO DE TEXTO – Da professora Ester Braga, de fato póde se afirmar que está é um exemplo de facilitadora, com pouco tempo foi capaz de conduzir a turma a leitura de textos e a compreensão.
HISTÓRIA MEDIEVAL – Na disciplina medieval tivemos três professores, sendo que a primeira por motivos adversos não terminou o curso o segundo Cássio Guilherme de Andrade aplicou debates teóricos, já o terceiro Otávio Rangel, finalizou fazendo uma interpretação de conceitos e abordando a crise do escravismo e seus impactos na formação das relações protofeudais, as bases do feudalismo, o medievo em debate com as teses marxianas a cerca da idade média as contribuições da historia sócio cultural e o cenário do medievo nos eixos temáticos. Entre os autores foram usadas: Perry Andersom – Passagens da antiguidade ao feudalismo; Hilário Franco Junior,Feudalismo uma sociedade religiosa, guerreira e camponesa; MacBloc, A sociedade Feudal; Georges Duby, Idade média idade dos homens, do amor e outros ensaios e A sociedade Cavaleira; Jacques Legoff – O apogeu da idade média.
HISTÓRIA DAS SOCIEDADES AMERICANAS - Disciplina mediada pelo professor Mário Médice, focalizando o processo de formação das cidades americanas, especificando o contexto anterior à conquista européia, denominados povos pré-colombianos, as pesquisas históricas e arqueológicas e a formação cultural das sociedades Maias, Incas e Astecas foram destacadas neste conteúdo. Os referenciais teóricos foram: Círio Flamarion Cardoso e Héctor Perez Brignoli – economia da América Latina; Henri Favre – a Civilização Inca; Jacques Soustelle – A Civilização Asteca; Serge Gruzinsk - O Renascimento Ameríndio.
SOCIEDADE CULTURA NA ÉPOCA MODERNA – Disciplina que esteve a frente o Professor Alexandre Souza Amaral, usando como pressupostos teóricos dos seguintes autores: Peter Burke – A Vitória da Quaresma: A Reforma da Cultura Popular; Natalie Zemon Davis- Mulheres Urbanas e Mudança Religiosa; Ronaldo Vainfas – A Contra Reforma e Além-Mar; Perry Anderson – O Estado Absolutista no Ocidente; Christopher Hill – Os Pobres e o povo na Inglaterra do século XVI; Edmundo O’Gorman - O horizonte cultural, A invenção da América, O processo de invenção da América. O processo prático dessa disciplina vem na combinação de elementos da sociedade feudal com os interesses de outros grupos dirigentes. As monarquias nacionais buscavam desenvolver políticas econômicas mercantis, visando fortalecer financeiramente o Estado, visibilizando o envolvimento mais direto do Reis nos negócios estatais, que contribuíam para o desenvolvimento do regime absolutista. A expansão marítima européia constitui-se num processo de europeização do mundo a partir de interesses diversificados, tais como: as demandas econômicas e políticas das monarquias européias ocidentais e respectivos grupos de apoio, o processo evangelizador articulado a reforma religiosa, as expectativas de melhorias de condições de vida e de trabalho dos habitantes da Europa e, neste sentido, a procura do paraíso.
ESTUDOS AFRO-BRASILEIROS - Disciplina ministrada pela Professora Odosina.Autores, Milton Meltzer – Historia Ilustrada da Escravidão. As abordagens tiveram inicio com as estratégias de dominação de grupos étnicos na África sub-Saariana, através da provocação de conflitos entre os grupos africanos, sendo que os vencidos foram conduzidos como prisioneiros e trocados por armas pelos Europeus. Os debates se antecipam buscando o conhecimento da organização econômica e política em que os autores chegam a conceituar como modelo econômico poligâmico.
HISTÓRIA CONTEMPORÂNEA – tendo a frente o Professor Tony Leão, buscando recursos teóricos de Karl Marx; José Alves de Souza Junior - Mundo Contemporâneo; Eric Hobsbawn – Era dos extremos, Era dos impérios.
SOCIEDADE BURGUESA NO SÉCULO XIX – Professor Elias Diniz Sacramento, autores: Jorge Grespam – Revolução Francesa e Iluminismo; Leo Huberman – Historia da Riqueza do Homem; Eric Hobsbawn – Era dos Impérios. A disciplina visou debates entre grandes mudanças ocorridas, em relação à Revolução Francesa, analisando o processo político, da cultura e da sociedade, bem como da Revolução Industrial, percebendo as mudanças econômicas dentro do capitalismo como novo modelo econômico surgido na Europa para o resto do mundo. Abordou transformações referentes à revolução ocorrida no século XIX, enfatizando o surgimento do nacionalismo, liberalismo, bem como do socialismo e a comuna de Paris.
PARÁ COLONIAL – que teve como professor Cleodir, formado pala UFPA, este de fato foi um grande exemplo, pois fez nós acadêmicos a refletir que historiadores devem transmitir os conteúdos com o máximo de neutralidade, usando da alteridade e não formar vítimas e algozes para os agentes dos fatos históricos.

2.2 - REFERENCIAIS DAS DISCIPLINAS PEDAGÓGICAS.
No inicio do curso através de vários alunos da UEMA, não só de historia como em geral, verificamos que tinha um discurso preconceituoso em relação às disciplinas pedagógicas, por acharem utópicos que na pratica não se usava nas escolas principalmente no sistema de ensino adotado no Brasil. A partir do segundo semestre de 2004 tivemos duas disciplinas de extrema importância para aplicarmos em nossa pratica pedagógica que foram Didática, Estrutura e Funcionamento do Ensino Médio e Fundamental, mas quero também considerar que Prática de Ensino de História e Legislação, assim como Metodologia Cientifica e Métodos e Técnica de Pesquisa em História, além de Psicologia da Educação, e Metodologia para Ensino da História foi fundamental na praxi profissional como historiador. As metodologias vistas em nossas práticas de sala de aula detectam a proposta geral do curso que é investir na formação do professor de história responsável na divulgação dos conhecimentos da história, com base nos conteúdos que atendam o ensino fundamental e médio, e reconhecer que os métodos e técnicas pedagógicas que propiciam a transmissão desses conhecimentos, levando em consideração que a avaliação não pode ser vista como um ato conclusivo na educação.
A disciplina de Didática que foi dividida por duas professoras Ana e Ana D’arc desmistificou completamente as primeiras informações preconceituosas no início do curso, pois de fato, percebemos a necessidade de aplicação desses conhecimentos quando fui trabalhar em uma escola privada, ministrando aula para aluno de 5ª e 6ª séries com uma turma de 136 alunos com idades de 9 a 36 anos. De imediato procurei ajuda com a professora Ana D’arc, que me informou que eu deveria usar estratégias diversificadas para conduzir esta turma, me repassando alguns nomes de autores pedagogos como: Carlos Libâneo, Paulo Freire e Gabriel Chalita, pois só assim percebi que não basta a um professor se deter apenas a conteúdos, mas conhecer todas as ferramentas das disciplinas pedagógicas para a praxi em sala de aula.
A educação ato ou processo de educar, qualquer estágio desse processo, aplicação de métodos próprios para assegurar a formação e desenvolvimento físico, intelectual e moral de um ser humano (pedagogia, didática e ensino). Então, a educação é um ato de aprendizagem formal e informal, que acontece de maneira didática ou espontânea, levando o individuo a uma percepção dos sentidos.
A prática escolar e pedagógica constitui-se na assimilação e construção da cultura devendo estar, portanto, vinculado a um projeto político-social, a pedagogia, antes de ser um curso e um campo do conhecimento que diz respeito a sistemáticas das praticas educativas. O bom professor é aquele que auxilia o aluno a atribuir significados às coisas. Enquanto a pratica escolar atua no campo restrito da educação formal, da escola, a pratica educativa está presente na dinâmica das relações das relações s sociais da sociedade.
Libâneo.

Referencias autores clássicos que são importantes para compreensão e adaptação de práticas em contextos diferenciados de sala de aulas:
VIGOTSKY - a sua teoria sócio-interacionista, tem por base o desenvolvimento do individuo como resultado de um processo sócio-histórico. Existem, dois níveis de desenvolvimento: Real e Potencial A aprendizagem interage com o desenvolvimento, produzindo abertura nas zonas de desenvolvimento proximal. O desenvolvimento cognitivo é produzido pelo processo internalização da interação social com materiais fornecido pela própria cultura, sendo que o processo se constrói de fora para dentro, para ele, o sujeito não é apenas ativo, mas interativo.
Segundo Vigotsky, ao longo do desenvolvimento cognitivo a formação de conceito passa por três fases básicas: Sincretismo, pensamentos por complexos e pseudoconceito.
PIAGET – a teoria do desenvolvimento cognitivo é uma teoria de etapas, que pressupõe que os seres humanos passam por uma série de mudanças ordenadas e previsíveis.
A construção do conhecimento ocorre quando acontecem ações físicas ou mentais sobre objetos que, provocando o desequilíbrio, resultam em assimilação ou acomodação e assimilação dessas ações e, assim, em construção de esquemas ou conhecimentos.
Assimilação é o processo cognitivo de colocar ou classificar novos eventos externos em esquemas existentes, assim o indivíduo usa as estruturas que já possui.
Acomodação é a modificação de um esquema ou de uma estrutura em função das particularidades do objeto a ser assimilado.
Equilibração é o processo de passagem de uma situação de menor equilíbrio para uma de maior equilíbrio. Uma fonte de desequilíbrio ocorre quando se espera  que uma situação ocorra de determinada maneira, e esta não ocorre.
Piaget determinou quatro estágios no desenvolvimento da capacidade de raciocínio do indivíduo até inicio da adolescência: sensório motor (0 a 2 anos); Pré-operatório (2 a 7 anos ); operatório-concreto (7 a 12); Operatório formal (12 a em diante).
PAULO FREIRE - Pedagogo brasileiro defensor da pedagogia progressista libertadora, afirma que aprender é uma ato de conhecimento da realidade concreta, isto é, da situação real vivida pelo educando, e só tem sentido se resulta de uma aproximação critica dessa realidade. Portanto o conhecimento que o educando transfere representa uma resposta à situação de opressão a que se chega pelo processo de compreensão, reflexão e crítica.
Outros autores como Rogers que defende a corrente humanistas, Pestalozzi, Montessori, Wallon que fez dialogo com as teorias de Piaget e Vigotsky, outro teórico foi Freinet, Emilia Ferreiro, Dewey, Herbart, Skinner, Ausubel, Theodore  Shultz Gry Becker ( defensor da escola tecnicista), Ivan Illich, Heri Giroux.

DIDÁTICA E PRÁTICA HISTÓRICO SOCIAL - Libâneo afirmou que a didática e sua historia estão ligadas ao aparecimento do ensino desde a antiguidade clássica ou no período medieval já temos registro de ação em escolas e mosteiros, mas é no século XVII, com João Amós Cormênio, ao escrever a primeira obra sobre a didática “A didática Magna”. São vários enfoques e tendências de didáticas aplicadas no Brasil: didática tradicional; didática da escola nova; didática tecnicista; didática critico reprodutivista; didática histórico crítica (dialética) ou crítico-social.
PROCESSO ENSINO APRENDIZAGEM - Pode ser definido como o conjunto de ações e estratégias que o sujeito educando, considerado individualmente ou coletivamente, realiza, contando para tal, com a gestão facilitadora e orientadora do professor, para atingir os objetivos proposto pelo plano e formação.
O processo ensino–aprendizagem conforme Maria da Graça Nicoletti Mizukami pode ser de varias abordagens: abordagem tradicional; abordagem comportamentalista; abordagem humanista; abordagem cognitiva, abordagem sócio cultural.
Segundo Libâneo, podemos analisar os aspectos pedagógicos e sociais do processo ensino-aprendizagem situado à posição de cada tendência pedagógica: Liberal tradicionalista - a aprendizagem é receptiva e mecânica, a criança vista como adulto em miniatura, exercício repetitivo e o reforço em forma de punição; Liberal tecnicista – o aluno é visto como depositário passivo dos conhecimentos, Becker; Liberal renovada progressivista – aprender se torna uma atividade de descoberta, é uma auto-aprendizagem, o ambiente apenas o meio estimulador; Piaget; Liberal renovada não diretiva – o professor é apenas um facilitador, Carl Rogers; Progressista libertadora – aprender é um ato de conhecimento da realidade concreta os esforços de conhecimento se darão através de temas geradores, do vivido até chegar a um nível mais crítico do conhecimento da sua realidade, Paulo Freire; Progressista Libertária – somente o vivido pelo educando é incorporado e utilizado em situações novas; Progressista Crítico-Social dos Conteúdos - a primazia dos conteúdos no seu confronto com as realidades sociais.
O PROCESSO DE ENSINO NA ESCOLA - O magistério se caracteriza nas atividades de ensino das matérias escolares criando uma relação recíproca entre atividade do professor (ensino) e a atividade de estudo dos alunos(aprendizagem), pois este processo é dinâmico. A atividade esta presente em qualquer atividade humana, portanto pode ser casual ou organizada. Na escola é organizada em hipótese alguma casual, portanto deve ser planejada, intencional e dirigida sob três componentes: objetivos, conteúdos, métodos e condições.
A relação Objetivo, conteúdo e método.
Um entendimento global sobre esta relação é que os métodos não têm vida sem os objetivos e conteúdos, dessa forma a relação dos conteúdos dependem dos métodos de ensino-aprendizagem. Com isto a maior característica deste processo é a interdependência, onde os conteúdos determinam os métodos por ser a base informativa dos objetivos, porém, porem o método pode ser conteúdo quando for objeto da assimilação.
AVALIAÇÃO - É em ultima analise uma reflexão do nível qualitativo do trabalho escola do professor e aluno. Sabe-se que é complexa e não envolve apenas testes e provas para determinar uma nota.
A avaliação é uma analise quantitativa dos dados relevantes do processo de ensino aprendizagem que auxilia o professor na tomada de decisões. Os dados relevantes aqui se referem às ações didáticas. Com isto, nos diversos momentos de ensino a avaliação tem como tarefa: a verificação, a qualificação e a apreciação qualitativa. Ela também cumpre pelo menos três funções no processo de ensino: a função pedagógica didática, a função de diagnóstico e a função de controle.
Prof.Cipriano C. Luckesi



2.3 - ATIVIDADES ACADÊMICAS DESENVOLVIDAS NO COMPONENTE CURRICULAR PRÁTICA.
A nossa prática de ensino foi abordado o tema “Orientação na Escola”. A equipe foi formada por Elídio, Esaú, Soares, Juraci, Nazareno e Paulo Willames, a intenção era abordar um tema transversal, para que se pudesse aplicar aos alunos da rede pública e privada. Sendo que na pública nos fizemos a apresentação no município de Barcarena, na Escola em que nosso colega Nazareno da equipe é diretor da escola Municipal em que seus alunos são específicos do ensino fundamental.
Na particular foi no Instituto Educacional Vera Lucia, localizada no bairro do Tapanã, conjunto Marechal Cordeiro de Farias, Alameda 09, Nº 70. Escola que eu estou coordenando. Foram feitas varias pesquisas inclusive com alunos e pais, além de conceitos em livros técnicos. As oficinas de apresentação foram desenvolvidas para alunos do ensino fundamental de 5ª a 8ª e os alunos do ensino médio do primeiro ao terceiro ano, além de que nos fizemos uma exposição aos professores e posteriormente aos pais dos alunos do IEVL.
As apresentações foram feitas por etapas ao professor e orientador Kleber Leite, sendo que no final este nos pediu que produzisse um assunto ou um fato histórico que viesse dialogar com o tema central, já que o texto central estava mais focado para a área de conhecimentos pedagógicos. Selecionamos o sub-tema gerador “aborto”. Focalizamos o tema com base em pesquisas de artigos que estão em voga em jornais, internet e revista de grande dimensão. Partimos das entrevistas feita pelo Papa em visita ao Brasil que ratificou que a Igreja é contra o aborto, e fez pedido ao presidente Lula , apoio de não aprovação do projeto na câmara, seguimos em analisar outros artigos: da justiça da cidade de Campina São Paulo, em que um juiz concorda com um projeto de uma ONG, que teve fundamentos na UNICAMP, que provoca a prefeitura a atender mulheres que iniciaram aborto ou que corre risco de aborto; o segundo é da confederação dos bispos latimos americanos que criticam o projeto do governo federal de controle de natalidade com barateamento de pílula de anticoncepcionais, vasectomias. O terceiro é uma visão jurídica avaliando de que momento se pode afirmar que um nascituro tem direitos jurídicos e se a mãe como dona do seu corpo tem autonomia de interromper uma gravidez, tendo em vista que o nascituro não é parte de seu corpo; além de mostrar uma tabela do processo de formação de um embrião no ventre da mulher. O quarto artigo repassa informações dos tipos de abortos e de que forma são feitos.
Partindo desses pressupostos desenvolvemos um texto com historiografia cultural, além de conectar o tema nos eixos temáticos d religiosidade e relação de pode. O texto dialoga com tempo no passado e presente, além de envolver varias instituições e interesses camuflados, principalmente a Igreja e o Estado de direito. O texto esta voltado para o aluno do ensino médio, devido uma escrita mais técnica e a complexidade do assunto, alem de que pode ser adotada para palestra em centros comunitários, entidade sindicais e outros.

2.4 - ATIVIDADES ACADEMICO-CIENTÍFICO-CULTURAIS.
Essas atividades foram apresentadas no segundo semestre de 2004, sobre a orientação do professor Nicolau que fez se realizar no campo interno do pólo de Belém da UEMA uma oficina com apresentações de pesquisas com amostras de temas regionais relacionada a fatos históricos, conforme as atividades ministradas pelo professor. Nosso tema focou sobre as paisagens das edificações arquitetônicas no período da Belle-Époque, com produções de murais expondo os mais variados prédios das ruas de Belém que ainda resistem ao tempo e outras que na existem, os murais mostraram também praças e logradouros públicos que foram feitos e inaugurados nesses períodos, como exemplo:
·         Prédio da Loja Paris N’América - localizada na Rua Santo Antônio;
·         Prédio da Biblioteca e Arquivo Público do Estado do Pará, localizado na esquina da Tv. Campos Sales com a Rua 13 de Maio;
·         Teatro da Paz, no início do século XX,
·         Residência do Intendente Antônio Lemos;
·         Palacete Bibi Costa, localizada na Av. Gov. José Malcher com Tv. Joaquim Nabuco
·         Chalé do Senador José Porfhiro, – localizada na Vila do Pinheiro em Icoaraci;
·         Prédio do Necrotério Público, situado na Doca do Ver-o-Peso;
·         Edifício da Bolsa de Valores, situada na Doca do Ver-o-Peso;
·         Boulevard da República, atual Boulevard Castilho França;
·         Rua 15 de Novembro;
·         Praça da República, Tomada do Edifício A Província do Pará;
·         Praça Batista Campo, antes da reforma e reurbanização do Intendente Antônio Lemos;
·         Parque Affonso Pena: denominação dada ao Jardim à Praça Independência, atual Praça D. Pedro II;
·         Os subúrbios de Belém: A fazenda Val-de-Cães;
·         Reservatório D’água na Praça São Brás;
·         Os tipos de carros de serviço da limpeza urbana;
·         Usina de Incineração de Lixo e Animais Mortos, Praça Dalcídio Jurandir;
·         Matadouro do Maguari, localizado no Furo do Maguari;
·         O mercado de Ferro na Doca do Ver-o-Peso;
·         Projeto da Fachada do Palácio Municipal, na gestão de Antônio Lemos.
Todas essas fontes iconográficas foram extraídas do livro da professora MARIA DE NAZARÉ SARGES, que tem como título: Belém Riquezas produzindo a Belle-Époque.
Toda essa exuberância arquitetônica construída com a extração da borracha demonstra o perfil da classe burguesa instalada na cidade de Belém fato este que reflete a transformação do espaço público, do modo de vida, a propagação de uma nova mora, e a montagem de uma nova estrutura urbana, cenário de controle da classe pobre e do aburguesamento de uma classe abastada. Essa vitalidade urbana manifestada através do vestuário, da construção de prédios luxuosos, cafés, luz elétrica, bondes, ferrovias, na criação de uma nova estética, representou, na verdade uma reelaboração da expressão do poder de uma nova classe- A burguesia- além da necessidade imposta pela internacionalização da economia capitalista, na medida em que era preciso criar condições concretas para ampliação e reprodução do capital. O processo de modernização da cidade de Belém, só foi possível em razão do enriquecimento que atingiu certos setores sociais da região a partir da segunda metade do século XIX.
A nova ordem econômica e a nova filosofia financeira coma República impunham não somente a reordenação da cidade, através de uma política de saneamento e embelezamento, mas também a remodelação dos hábitos e costumes sociais. Era preciso alinhar a cidade aos padrões da civilização européia. Da Europa, especialmente da França, é que veio modelo de urbanismo moderno, reproduzido em Belém com expressividade durante a administração do Intendente Antônio José de Lemos.

2.5 - RELATÓRIO DE OBSERVAÇÃO DO ESTÁGIO.
2.5.1 – ENSINO FUNDAMENTAL
O estagio supervisionado do ensino fundamental, foi realizado no Instituto Educacional Vera Lúcia, localizado no Conjunto Marechal Cordeiro de Farias. Alameda 09, nº. 10. Bairro Tapanã. A escola esta localizada em local privilegiado com vias asfaltadas, sistema de esgoto, iluminação pública perfeita, circulação de veículos não conflitante. O espaço físico interno da escola possui: salas todas climatizadas, iluminação perfeita, banheiros feminino e masculino, área de lazer, lanchonete, secretaria, sala de professores, sala administrativa, biblioteca com acervos de livros, sala de vídeo, sistema de informática com Internet. Corpo docente: Diretor Pedagógico, Coordenação Pedagógica, Coordenação por área cientificas, reuniões bimestrais, provas de simulados.
2.5.2 - ATIVIDADES DESENVOLVIDAS
   
Instituto Educacional Vera Lúcia

Durante as atividades didáticas acompanhei atentamente a aprendizagem organizada do professor levando em consideração que apesar do planejamento bimestral, este flexionava o planejamento para o dia da aula com temas transversais e geradores, focando assuntos que eram comentados na imprensa, partindo sim daí o dialogo com os conteúdos já existentes didaticamente, consumando o processo intelectual do aluno, ou seja, em que o ensino é a combinação do processo de ensino pelo professor e a assimilação ativa do aluno.
A estrutura que compõem a dinâmica do processo de ensino, sempre esteve transparente no ensino docente com sistema articulado, formados pelos objetivos, conteúdos, métodos e condições. A metodologia do ensino em cada aula do professor seguia: orientação inicial dos objetivos do conteúdo; transmissão e assimilação da matéria nova; consolidação; aprimoramento e aplicação dos conhecimentos; habilidades e hábitos; verificação e avaliação dos conhecimentos e habilidades. Quanto aos pontos negativos não posso considerar, pois as estratégias montadas com conteúdos e metodologia dialógicas sempre deixavam professor, aluno e estagiário ansiosos para uma próxima aula, quem sabe posso afirmar que um ponto negativo é a pouca quantidade de hora aula.

2.5.3 - NO ENSINO MÉDIO
LOCALIZAÇÃO E DIREÇÃO DA ESCOLA DO ESTÁGIO - O Colégio de Ensino Fundamental e Médio Castanheira, localizado no Conj. Cidade Nova I, n 121, Bairro do Coqueiro – Ananindeua/Pa, está bem localizado facilitando o acesso através de coletivos urbanos, além de suas ruas iluminadas e pavimentadas, além de um sistema de infra-estrutura bom, tendo como diretor e responsável Ulisses Vasconcelos.
Aspectos Físicos
O estabelecimento de ensino detém uma boa estrutura física, capaz de acomodar bem os seus alunos, com salas bem iluminadas e climatizadas, quadros magnéticos e grande área de circulação de entrada e saída dos alunos, bem como lanchonete, biblioteca e salas de informática. A escola possui inúmeros recursos didáticos como: data show, retro projetor, aparelho de televisão e DVD que auxiliam os professores na dinamização das aulas.



ASPECTOS PEDAGÓGICOS
O Colégio Castanheira contêmum projeto político pedagógico que fundamenta o quadro funcional motivados para o exercício da educação, todos pré-requisitados e com desenvolturas para cada atividade, sendo agente de portaria, secretariado e administrativo, e a equipe de docente, que formam uma unidade de bom relacionamento com os de discente.
A equipe de docentes todos com formação acadêmica nas diferentes instituições de ensino superior do estado do Pará, profissionais envolvidos no propósito de desenvolver a educação através de dinâmicas e métodos com a intenção de estimular os alunos a se sentirem agentes participativos no processo ensino aprendizagem.
Atividades Desenvolvidas.
O cotidiano do estágio supervisionado no ensino médio foi realizado nas séries do primeiro e segundo anos, convênio e primeira etapa do ensino médio da escola Castanheira. Apesar de já trabalhar com ensino médio, mas me senti na obrigação de fazer o estágio em escola distante e de outras comunidades, alheio aos problemas da Instituição de Ensino Médio a que desenvolvo meu trabalho de educador.
A princípio quero citar que me sinto mais a vontade com os alunos de ensino fundamental, mas não posso negar a sensação de realização profissional em ministrar aula com adolescente do ensino médio. Em minha opinião os alunos do ensino médio requerem um conhecimento mais abrangente e técnico dos conteúdos.
Os alunos do primeiro ano empolgados com a nova fase da educação e com posturas curiosas requeriam dos professores com os quais participei como estagiário uma metodologias e dinâmicas de grupos principalmente com uso de recursos didáticos data show, vídeos, seminários, atividade extra-classe, além é claro de aulas expositivas. As avaliações geralmente subjetivas e objetivas eram somadas com pontos extras às provas, para estimular os educandos às atividades fora da sala de aula. O professor geralmente dinamizava alguns fenômenos pedagógicos como estratégia política.
No segundo ano, nota-se certo relaxamento dos alunos. Observei que o professor algumas vezes era obrigado a chamar atenção destes, mas posso afirmar que foram casos isolados, isto tudo, é em função da fase da idade desses alunos. As praticas de sala de aula exigiam mais esforço do educador principalmente com pratica de psicopedagogia, vale salientar que a vaidade destes adolescentes esta ao estremo, por isso o professor me informou que devemos ter paciência e muita habilidade com esses alunos, (pois é na sala de aula que estes alunos vão desempenhar as suas disputas por espaços e lideranças). A mesma praticas de metodologia e dinâmicas citadas no primeiro ano são usadas no segundo ano.
Na primeira etapa do ensino médio (primeiro e segundo ano), ou seja, o EJA (educação de jovens e adultos), as disciplinas pedagógicas que foram ministradas na academia têm que ser colocadas em praticas devido às diferenças de série e a quantidade maior de alunos. A diversidade dentro da sala exige do professor estratégias para que haja interação e cooperação em classe, tendo este saber organizar o tempo e o espaço, além da seleção de material, foram essas as virtudes pela própria experiência que o professor de historia do Colégio Castanheira demonstrou.
 Analisei que na primeira etapa como é desigual a condição do ensino para as pessoas que não tiveram a oportunidade ou perderam a chance de seguir gradativamente sua vida estudantil. Pois as aulas nessa turma foram mais superficiais. O objetivo era passar o máximo de conteúdo, sem se ter o cuidado com o aprofundamento dos assuntos, isso acarretou sérios prejuízos ao conhecimento dos alunos que são formados por uma mistura de jovens e adultos. As atividades de leitura de texto de história, revisão da aula anterior a cada nova entrada do professor na turma, e fora nesse momento que pude contribuir, realizando uma das revisões feitas, apesar de ter um bom aproveitamento, deixaram muitas lacunas em branco.
No convenio nota-se nos alunos uma angustia de que o tempo em relação às provas do vestibular está próximo e cada minuto com o professor é importantíssimo. Cheguei a notar que uma pergunta às vezes “desnecessária” de um aluno aborrecia o restante da turma. Estes alunos geralmente estão isolados de outras turmas do colégio. O professor no convênio adota uma postura diferenciada das turmas do primeiro e segundo ano, ou seja, este é obrigado a usar métodos mais tradicionalistas para poder contemplar todo o conteúdo programático exigido pelas instituições superior, caso este venha a adotar medidas menos tradicionalista complicará no resultado final. Sendo assim o ensino aprendizagem no convênio é estabelecida em causa e efeito, ou seja, o professor repassa seus conhecimentos e o aluno é um depositário, isso tudo por que o sistema de ensino superior é seletivo. Conclusão o aluno é um cliente e as instituições de ensino são lojas de conveniência da educação formando um ciclo da indústria do vestibular.
Posso dizer que das maiores dificuldades que tive foi sem duvida aliar a minha vida profissional que também não é só de magistério, pois sou funcionário público Municipal de Belém, além de exercer a atividade de professor de história e coordenador de ensino no Instituto Educacional Vera Lúcia, localizado no conjunto Marechal Cordeiro de Farias, mas posso afirmar que não considero como dificuldade, mas sim como estimulo, pois como um profissional de historia não me sinto apenas como um técnico, mas também como um historiador militante.

2.5.4 - AVALIAÇÃO DAS ATIVIDADES DESENVOLVIDAS
 Quanto às habilidades adquiridas quebrei o tabu incorporado que posso afirmar como “vícios de origens”, já que me foi repassado na própria academia, de que as disciplinas de pedagogia eram utópicas e fora da realidade, pois a partir do momento que fui participando das atividades do estagio me interessei nos livros relacionados a este tema.  
Quanto às percepções dos alunos vi quanto é importante os temas transversais e dialogar o passado com o presente e vice versa, sem contar que se o professor provocar no aluno uma viagem no tempo este observara que resíduos do passado estão presente. O planejamento é sem duvida o ritual mais preventivo para uma aula tranqüila para que não haja improviso e desorganização do tempo.
Em suma o estágio supervisionado do ensino médio serviu, para me situar como participante deste processo e abrir olhos para as situações que ocorrem nas práticas das aulas.

3 – CONCLUSAO
Três anos e seis meses sacrificando fins de semana e os meses de férias como julho e janeiro, mas bem recompensado com um curso que me credencia a ser um pedagogo específico em história, além de que sou portador não só apenas de informação, mas também de conhecimento, pois percebo que o mundo ficou diferente para mim, resultado do senso critico que se apropria dos meus reflexos cognitivos.
Agora percebo que por traz de uma historia tradicionalista e factualista personagens se esconderam como heróis no seu tempo credenciando seus vencidos como “culpados” pelo legado que se estenderia pelo rastro do futuro. Mas não vamos ser nos historiadores privilegiado por novos paradigmas historiográficos principalmente após a Escola dos Annales que iremos condenar ou matar pela segunda vez quem está morto.
Ficou mais fácil entender o presente através do método do materialismo histórico de Marx, pois só assim os historiadores podem afirmar que a historia é uma ciência como as outras disciplinas. Com a dialética as sociedades “primitivas”, hidráulicas, escravistas, feudais e capitalistas nos vêm à luz da interpretação a nós mostrar que os modelos econômicos já iniciavam com suas próprias contradições, já anteriores ao inicio do seu próprio modelo, como demonstra Perry Anderson no seu clássico: “Passagens da Antiguidade ao Feudalismo”. Não se pode esperar comportamentos idênticos de diferentes grupos sociais no período modelo econômico capitalista em todo espaço do continente, pois isso seria independência ideológica dos conceitos eurocêntricos.
As disciplinas dissertadas nesse parágrafo com certeza foram apenas pontapés iniciais para o aprofundamento futuro. Os conteúdos de América pré-colobiana e colonial nós faz refletir que a junção dessas culturas com as européias se plasmaram e o resultado é o que está incorporado em nós. Brasil colonial, imperial, republicano solidifica o sentimento de nacionalismo na propaganda ideológica que bem explica José Murilo de Carvalho no livro “A Formação das Almas”. O Pará colonial, império e República, nós faz refletir de que o território brasileiro tem múltiplas etnias podendo assim dizer os “brasis” de todas as culturas diversificadas dentro de um território de varias geografias, já confirmado por Raimundo Nina Ribeiro médico e antropólogo maranhense.
São esses conjuntos de disciplinas que são base de apoio para nossa formação de historiador, mas sem as disciplinas complementares como filosofia, antropologia e sociologia a historia não passaria ainda de defensora e idealizadora de “ídolos político” e “ídolos cronológicos”. Não poderíamos ser chamados de educador em plena era da globalização em que as informações são simultâneas se não fosse às disciplinas pedagógicas que prepara o professor a ser um facilitador dos objetivos, conteúdos e métodos de ensino para que haja o processo de ensino aprendizagem no sistema de ensino formal, além das disciplinas cientifico - cultural nas aplicações de atividades como feira da cultura.
A conclusão é que um educador tem por obrigação ter habilidades com as diversificadas disciplinas cientificas para a composição da interdisciplinaridade e assegurar a relação conhecimento-prática e oferecer aos alunos, vínculos dos conteúdos com experiências e problemas da vida pratica. Preservando assim o papel fundamental do educador na construção de um agente reflexivo e que haja equilíbrio entre teoria e pratica, tendo em vista que o excesso de teoria transforma o homem ingênuo e o excesso de pratica mecaniza o homem.
 Agora sei com propriedade a diferença entre professor e educador e a entender Paulo Freire que afirmou: “a educação não é, esta sendo”. Ficou claro que o conhecimento o qual nós possuímos jamais pode ser considerado como acabado, pois a cada dia que se passam, novas indagações surgem sobre os diversos assuntos e nos revelam algo novo e fora de nosso conhecimento. Isso demonstra quem são os verdadeiros amantes da educação, aqueles que buscam incansavelmente a qualificação, seja, através dos mais variados meios existentes hoje.
Com a finalização do curso de historia, percebo que o tempo ficou mais concreto e menos distante, além de que os fatos dentro da historiografia são como uma teia, formando o tecido social que explica o presente concreto pelo passado abstrato, pois a partir dessas justificativas um educador com certeza terá a clareza de que seu papel e de como um “fio condutor de energia”, transportando conhecimento de sociedade a sociedade. Sendo que essa “energia” é reproduzida dentro das escolas, apesar de que essas instituições são reconhecidas por alguns cientistas sociais (Althusser) como instrumentos de manutenção ideológicas da burguesia, mas que não se pode ignorar que estas entidades formais podem ser usadas como instrumentos de revolução dos desiguais com a desigualdade, invertendo valores do grande frasal iluminista “igualdade, fraternidade e liberdade”, discurso usado para justificar a revolução burguesa no século XVIII. Cabe a nós educadores usar o sistema de ensino para a transformação de uma sociedade caduca e autoritária para uma sociedade crítica de seus direitos e deveres, extinguindo instituições coercitivas.
 Devemos nós professores seguir o grande exemplo do grande historiador francês Marc Bloch - “o homem é reflexo do seu próprio tempo”. É claro que nós educadores de história devemos ter conhecimentos e utilizar novas epistemologias, mas não confrontar com  realidades ainda instalada em nosso contexto social, na ânsia de romper com praticas pedagógicas ainda em transição no sistema de educação que são reflexos de idéias que irão se exaurir dentro de um processo não imediato, pois caso isso venha acontecer estaremos estuprando a cultura pré-estabelecida, que reflete no comportamento individual ou coletivo, neste caso o aluno. Um exemplo figurado é o filme “Sociedade dos poetas mortos”.

4 - BIBLIOGRÁFIA GERAL
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SOUZA, Neusa Maria Marques de. História da Educação. São Paulo: Avercamp, 2006.
LIBÂNEO, José Carlos. Democratização da Escola Pública. 9ed. : Edições Loyola.
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LIBÂNEO, José Carlos.  Didática. São Paulo: Cortez, 1993.
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CARVALHO, José Murilo. Os Bestializados – São Paulo: Ed. Companhia das Letras, 1987.
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BAKUNIN, Michael Alexandrovich. Textos anarquistas – Porto Alegre: Ed. L&PM, 2006.
MACHIAVELLI, Nicoló Di Bernardo dei O Príncipe -  Porto Alegre: Ed L&PM, 2007.
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ALVES FILHO, Armando. Pontos de História da Amazônia – 3ª Edição, Belém. Ed. Paka-Tatu, 2001.
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FONTES, Edilza Joana de Oliveira.  O pão nosso de cada dia. Belém: Ed. Paka-Tatu, 2002.
BEZERRA NETO, José Maia.  Escravidão negra na Amazônia. Belém: Ed. Paka-Tatu, 2001.
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GINZBURG, Carlos.  O queijo e os vermes -  São Paulo: Ed. Companhia da Letras, 1987.
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THOREAU, Henry.  Desobediência Civil -  Porto Alegre: Ed. L&PM, 1997.
NIETZSCHE, Friedrich.  A Gaia Ciência –  São Paulo: Ed. Martin Claret, 2004.
NIETZSCHE, Friedrich.  Assim falou Zaratustra -  São Paulo: Ed. Martin Claret, 2005.
NIETZSCHE, Friedrich.  Para além do bem e do mal – São Paulo: Ed. Martin Claret, 2005.
NIETZSCHE, Friedrich.  Ecce Homo -  São Paulo. Ed. Martin Claret, 2004.
NIETZSCHE, Friedrich.  O anticristo -  São Paulo. Ed. Martin Claret, 2005.
5 – APÊNDICE
PRODUÇÃO TEXTUAL DIDÁTICA
5.1 – SOCIEDADE CLASSICA
5.3 – IDADE MÉDIA
5.4 – IDADE MODERNA

6 – ANEXOS
6.1 – EDUCAÇÃO SEXUAL E A PRÁTICA DOCENTE
6.2 – ABORTO.

quinta-feira, 28 de julho de 2011

CONSCIÊNCIA EM PAULO FREIRE

A CONSCIÊNCIA EM PAULO FREIRE
A consciência é uma das formas de manifestação do cognitivo do homem. Identifica seu estado de compreensão e discernimento, referente à sua estada no mundo da realidade: na sociedade, no planeta e no Cosmo. Como esse indivíduo se percebe a que acha que veio, o que pretende, o que está fazendo, como percebe as pessoas, o ambiente, o mundo à sua volta; seu estágio de conhecimento e experiência, seus valores. A alteração dos estágios para um patamar de compreensão e discernimento ampliados (o que chamamos de "consciência de um indivíduo" como sendo uma das formas de manifestação do pensamento.
O homem que não desenvolve o pensamento vive com a consciência adormecida. A sua postura cotidiana é viver sonhando, andando pelas ruas para sobreviver e morrer. È preciso despertar. A causa do sono profundo em que vive a humanidade é a inconsciência. As pessoas não sabem de si mesmas, porque estão inconscientes, como o bêbado pelo álcool, a homem e mulher no espelho da vaidade; o rico pelo dinheiro, os homens se vinculam as coisas como crianças por brinquedos.
Quem desperta a Consciência se converte num investigador competente dos Mundos Superiores. Quem desperta a Consciência é um Iluminado.
Paulo Freire nos desperta para o mundo da consciência em que o homem deverá se desideologizar se desmembrando do contexto fechado do modelo escolar que se caracteriza pela formação de um ser inteiramente apenas transformador dos meios naturais como se fosse o único instrumento de realização pessoal. A descolarização deverá ser o processo a se alcançado para que nos libertemos dos paradigmas tradicionais em que somos apenas insignificantes recursos humanos do sistema monetarista que desagrega as instituições estatais resultantes das primícias gentílicas. Portanto, a educação deverá ser desinformalizada para que os conteúdos sejam desiuniversalizados como métodos intransponíveis para valores endógenos aos vivenciados por educandos. Os conteúdos deveram partir das experiências destes, tanto educando como educadores que se comunicarão de forma dialógica, e a relação não mais se fundamentará na hierarquia, e nem tão pouco o conhecimento se transforma em um produto de relíquia, idealizante e estigmatizador de diferenças sociais, entre os que não tem e os que os tem, como mais um símbolo de exclusão social.

Dialogaremos com dois teóricos clássicos que serve para fundamentar esta argumentação, são estes Platão e Aristóteles que serve de aporte para confirmar a tese de Paulo Freire. Entao, todo ser tende necessariamente à realização da sua natureza, à atualização plena da sua forma: e nisto está o seu fim, o seu bem, a sua felicidade, e, por conseqüência, a sua lei. Visto ser a razão a essência característica do homem, realiza ele a sua natureza vivendo racionalmente e sendo disto consciente. E assim consegue ele a felicidade e a virtude, isto é, consegue a felicidade mediante a virtude, que é precisamente uma atividade conforme à razão, isto é, uma atividade que pressupõe o conhecimento racional. Logo, o fim do homem é a felicidade, a que é necessária à virtude, e a esta é necessária a razão.
virtude é precisamente concebida como um justo meio entre dois extremos, isto é, entre duas paixões opostas. A virtude não é inata, como não é inata a ciência, mas adquiri-se mediante a ação, a prática, o exercício e, uma vez adquirida, estabiliza-se, mecaniza-se, torna-se quase uma segunda natureza e, logo, torna-se de fácil execução - como o vício.
A política para aristótés está unida à moral, porque o fim último do estado é a virtude, isto é, a formação moral dos cidadãos e o conjunto dos meios necessários para isso. O estado é um organismo moral, condição e complemento da atividade moral individual. A política para Platão como pertencente a existência humana é algo que se faz mais necessário a cada instante, pois, não pode o homem habitar num mundo ao qual seja instrumento, mas sim construtor do processo social. Platão diz: "O homem só pode explicar-se moralmente se explicar-se politicamente". O homem é, assim, cidadão por pertencer à sociedade política. Por fim, para alcançarmos este pensamento, entendemos que a instituição educação foi e deverá ser legitimadora no equilíbrio do homem com a natureza, sendo que este ser e a construção da leitura como a escrita tende a se fazer para a leitura e reescrita do mundo e as suas transformações. Esta construção devera se revelar na teoria, na visão de mundo, da sociedade, do ser humano que o educador Põe em pratica. Então há dois aspectos fundamentais para Freire: ato político e de conhecimento, o que significa que a prática do conhecimento da humanidade, nos remete a pratica da conscientização.
Paulo Freire afirma que a educação não é esta sendo, e continua que a educação é simultaneamente um ato de conhecimento, um ato político e um ato de arte. Freire foi mais que um alfabetizador ele se preocupou não apenas com o oprimido em interpretar a reescrever o mundo, mas a compreenderem-se a si mesmos no mundo e a empreenderem o trabalho da autolibertação por meio do enfren­tamento dos sistemas opressores. Freire se importava em fazer com que os desprivilegiados acompanhassem o percurso histórico da humanidade e se beneficiassem de suas conquistas, de forma eqüitativa e justa. Freire criou conceito e método de entender e praticar a pedagogia para a conscientização, o que concebe a docência como uma pratica social de fins simétrico de erradicação de divisão social. Portanto esta ação libertadora financiada pelo dialogo conjugara linguagem, pensamento e ação que consistirá na hermenêutica e na concretização epistemológicas de reconstrução do desequilíbrio para reequilibrar.
Nessa práxis de reconhecimento e prática se requer o aprimoramento de estágios de consciências que Freire as classificas como: consciência mágica, consciência ingênua, consciência fanatizada e consciência crítica.
O primeiro estágio o de consciência mágica, Paulo Freire compreende como a fase inicial da humanidade. O homem é mais imediatista impulsionado pela necessidade, há uma limitação da sua realidade, sem cons­ciência tridimensional do tempo. Não tem projeto futuro. Portanto, não tem a capacidade de pensar, dialogar e problematizar a realidade social o que não lhe permite julgar, valorar, decidir e agir. Este ser se submetera a rituais e cerimônias de cunho religioso, as explicações místicas.
A segunda fase interpretada por Freire é a consciência ingênua, esta resulta da mágica que vivia nos campos e que migram para os arredores da cidade. Esta e uma fase que já começa a questionar a sua realidade, a sociedade, a história e a cultura, bem como a sua situação no mundo, inclusive a diferença de classes. Portanto, Paulo Freire considera esta classe como transitória desta para a fanática ou critica, dependendo da maneira como ela é admitida, assumida, encarada e trabalhada em processos educativos e fora deles. A transição é o periodo que o indivíduo  faz opções, ou seja, se manter aos valores do passado ou partir a novos valores do futuro. Assim, inicia a divisão entre a sociedade. De um lado os conservadores (os que ficam) e liberais ou progressistas que adquirem a consciência crítica, os primeiros os que descambam para a consciência fanatizada. O sujeito portador da consciência ingênua toma conhecimento ou de uma verdade fechada (dogmática e fanatizada) ou de uma verdade aberta (crítica e sempre reconstruída). Essas duas modalidades de consciência é o que vamos ver a seguir.
A terceira fase e a consciência fanatizada, e aquele que pensa que sabe, mas não sabe. Nunca se reconhece como tal. Paulo Freire considera esta como sendo patológica, irracional e sectária. O fanático é aquele que encontrou a verdade e deixou o mundo todo na mentira. Agressivo. Este usa da arrogância, da truculência em detrimento do diálogo, elimina o pensamento e não aceita a democracia. Este fanático age por impulso da emoção, luta pela transformação do mundo, mas na tirania. Por exemplo, dos opressores capitalistas, só pensam em lucro, para a acumulação, para o consumismo. Se torna materialista e o dinheiro e a medida de todas as coisas e por fim se alienam de sua liberdade.
E para encerrar, Paulo Freire teorizou a fase da consciência critica. Quando a consciência deixou a magia para trás, passou pela ingenuidade, mas escapou do fanatismo, então ela se encaminhou para à consciência crítica. A criticidade aí alcançada possibilita uma apurada e profunda percepção da realidade, uma vez que o portador dessa consciência compreende as razões pelas quais uma dada sociedade se configura de um jeito, e não de outro, por varias razões.
Consciente disso, o sujeito crítico pratica a diplomacia. Ele busca compreender para julgar; julgar para decidir; decidir pelo melhor em termos de valorização da dignidade humana; valorar para agir; agir para transformar.
Dessa forma as relações epistêmicas se amplificam comprovado com a dominação do vocabulário, refletindo na representação cognitiva. Este resultado ocorre devido as experiências de vida. Cumprido esse percurso, então o sujeito terá saído do estado de senso comum (cons­ciência mágica, ingênua ou fanatizada) para alcançar o senso crítico, este sobre o qual é possível dizer que quem o possui alcançou, então, a consciência é crítica. Esse é o sujeito educado por excelência, segundo Paulo Freire. Essa constitui a finalidade e a missão fun­damental de todo processo educativo que se quer à altura da dignidade humana, do valor imensurável do homem e da mulher.
E nesse processo de concretização da consciência que o homem e a mulher se realizam na igualdade e liberdade, através da educação e por fim a sua participação na pratica política na convalidação dos espaços naturais e humanos sem a exigência pragmática e robótica do individuo isolado de um mundo materialista.
Para concluirmos defendemos o pensamento de Paulo Freire que a educação é um processo de transformação em que as fases citadas serão exauridas, mas os meios vividos desses atores serão as vias de partida para a elucidação da realidade em que a consciência será pré-determinante nessa transformação do homem para o mundo, assim como o mundo para o homem. A conscientização é mais do que saber o que se passa ao seu redor, é acima de tudo um processo histórico. Paulo freire metodologicamente nos permitiu a se criar, se realizar como sujeito, porque esta resposta exige reflexão, crítica, invenção, eleição, decisão, organização e ação. E assim que se faz um ser não somente adaptado à realidade e aos outros, mas integrado. Então, a conscientização é o homem se descobrindo, é a luta para se descobrir a si próprio, interrogando-se e buscando respostas aos seus desejos e observações.