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Belem, PARÁ, Brazil
Graduado em Historia.

domingo, 12 de junho de 2011

A DIVISÃO DO ESTADO DO PARÁ


O PROCESSO DE DIVISAO
As divisões territoriais não são e nem serão a única a discutida como a divisão do Estado do Pará. Podemos debater historicamente, fisiologicamente, misticamente, economicamente, cientificamente, culturalmente, político e etc.
Para iniciarmos este tema devemos entender o processo que se desenvolve o próprio universo, pois vivemos em movimentação e em profunda transformação e nada será estático, inclusive o espaço territorial do Estado do Pará. Mas não é de se espantar que as mudanças criaram profundas reações das diferentes opiniões sobre o fato.
Podemos iniciar as varias mudanças, para exemplificar este tema, a começar com a explosão do Big Beng, um átomo extremamente condensado que ate hoje se divide em partículas refletindo em nossos comportamentos. Outra divisão podemos citar no campo místico, na separação maniqueísta entre o bem e o mal, ou seja, a lenda de lúcifer contra a autoridade de Deus no céu, resultando na criação do céu e o inferno. Outro fato seria a teoria da deriva continental (Pangéia) que significa que todos os continentes estavam juntos cercados por um grande oceano.
Os fatores que vão direcionar para a chegada dos europeus ao Brasil estão ligados de princípio a própria desintegração do sistema feudal. A relação de susserania e vassalagem que incrementou grandes feudos o que seriam os latifúndios no Brasil. O aumento populacional em detrimento da insuficiência de terra, a prática cultural da herança do primogênito, estes dogmas vão gerar as caravanas em buscas de novas terras surgindo a origem das Nações-Estado, um recomeço de divisões de territórios. Foi nesse cenário que a chegada dos portugueses inicia a histórica divisão do Estado brasileiro.
Primeiro - antes mesmo da chegada dos portugueses o espaço brasileiro já iniciava dividido entre Espanha e Portugal através do tratado de Tordesilhas em 1494. Depois veio a divisão em 15 capitanias hereditárias que posteriormente passaram a se subdividirem em mais capitanias. Depois foram  transformadas em Províncias. E por fim, em estados federativos, distritos federais e sequencialmente as divisões irão acontecer.        
1 - BIG BANG

Podemos discursar sobre a primeira divisão cientifica a do Big Bang, com a divisão do átomo primordial.
2 - CEU E A TERRA

Mas também podemos debater teisticamente com a divisão do céu e o inferno, entre Deus e o diabo.
  Deus e Diabo.

3 - DIVISÃO DO MUNDO
Mapa Ptolomeu.

Mapa ptolomaico (Europa – Ásia – África)
4 - PANGÉIA

 5 - DIVISÃO DO BRASIL.
A COLONIZAÇÃO E MERCANTILISMO
O Brasil será o alvo do “destino manifesto” do mercantilismo europeu.
A história colonial do Brasil está vinculada à expansão comercial e colonial da Europa. Portanto o território brasileiro serviu de COLÔNIA DE EXPLORAÇÃO, consideradas como as mais típicas da colonização européia. Toda organização econômica está em função do mercado externo. Coerentemente, a grande propriedade, a monocultura e o trabalho escravo são os pilares dessas economias complementares.
PERÍODO PRÉ - COLONIAL (1500 - 1530)                                                       
Fase da exploração do pau-brasil. O rei de Portugal enviou expedições exploradoras, arrendou o Brasil e enviou expedições guarda-costas. 
As expedições que vieram para fazer o reconhecimento do litoral brasileiro
Ø  Gaspar de Lemos (1501);
Ø  Gonçalo Coelho (1503).
O ARRENDAMENTO
Portugal arrendou o Brasil a um grupo de CRISTÃOS NOVOS (JUDEUS) chefiados por FERNÃO DE NORONHA. Este também recebeu a primeira Capitania Hereditária (1504): a ilha de São João ou da Quaresma, hoje integrantes do arquipélago de Fernando de Noronha. Pelo arrendamento, era permitido extrair pau-brasil e estabelecia a obrigatoriedade de fundar feitorias (armazéns fortificados). Para reprimir (combater) o contrabando do pau-brasil, realizado principalmente por corsários franceses, foram enviadas duas expedições policiadoras (guarda-costas) de 1516 e 1526, chefiadas por Cristóvão Jacques.
O desinteresse de Portugal em relação ao Brasil, pois o comércio oriental (das especiarias) é o foco central do comércio externo português. A colônia não tinha produto atraente à política mercantilista portuguesa.
O Brasil antes mesmo da chegada dos portugueses, já começava dividido com o tratado de Tordesilhas em 1494. 

Logo após o descobrimento do Brasil (1500), a coroa portuguesa começou a temer invasões estrangeiras no território brasileiro. Esse temor era real, pois corsários e piratas ingleses, franceses e holandeses viviam saqueando as riquezas da terra recém descoberta. Era necessário colonizar o Brasil e administrar de forma eficiente.
O Brasil terá como primeiro ocupante Fernão de Noronha. A partir de 1532, será dividido em 15 capitanias.
Formação das Capitanias Hereditárias 
Entre os anos de 1534 e 1536, o rei de Portugal D. João III resolveu dividir a terra brasileira em faixas, que partiam do litoral até a linha imaginária do Tratado de Tordesilhas. Capitanias Hereditárias foram doadas para nobres e pessoas de confiança do rei. Estes que recebiam as terras, chamados de donatários, tinham a função de administrar, colonizar, proteger e desenvolver a região. Cabia também aos donatários combater os índios de tribos que tentavam resistir à ocupação do território. Em troca destes serviços, além das terras, os donatários recebiam algumas regalias, como a permissão de explorar as riquezas minerais e vegetais da região.
Em 1573 a colônia foi dividida em Estados do Maranhão e do Brasil.
As capitanias seriam transmitidas de forma hereditária, ou seja, passariam de pai para filho.
Fato que explica o nome deste sistema administrativo. 
As dificuldades de administração das capitanias
A distância de Portugal, os ataques indígenas, a falta de recursos e a extensão territorial dificultaram muito a implantação do sistema. Com exceção das capitanias de Pernambuco e São Vicente, todas acabaram fracassando. Desta forma, em 1549, o rei de Portugal criou um novo sistema administrativo para o Brasil: o Governo-Geral. Este seria mais centralizador, cabendo ao governador geral as funções antes atribuídas aos donatários. 
Heranças das capitanias hereditárias
O sistema das Capitanias Hereditárias deixou marcas profundas na divisão de terra do Brasil. A distribuição desigual das terras gerou posteriormente os latifúndios, causando uma desigualdade no campo. Atualmente, muitos não possuem terras, enquanto poucos possuem grandes propriedades rurais.  
Principais Capitanias Hereditárias e seus donatários

Os beneficiários, no total de doze, eram elementos da pequena nobreza de Portugal, dos quais sete haviam se destacado nas campanhas da África e na Índia, quatro eram altos funcionários da corte e um deles era capitão de confiança de Martim Afonso de Sousa.

De norte a sul as capitanias iniciais eram:

CAPITANIA
LIMITES APROXIMADOS
DONATÁRIO
CAPITANIA DO MARANHÃO (1ª SECÇÃO)
EXTREMO LESTE DA ILHA DE MARAJÓ (PA) À FOZ DO RIO GURUPI (PA/MA)
JOÃO DE BARROS E AIRES DA CUNHA
CAPITANIA DO MARANHÃO (SEGUNDA SECÇÃO)
FOZ DO RIO GURUPI (PA/MA) A PARNAÍBA (PI)
FERNANDO ÁLVARES DE ANDRADE
CAPITANIA DO CEARÁ
PARNAÍBA (PI) A FORTALEZA (CE)
ANTÔNIO CARDOSO DE BARROS
CAPITANIA DO RIO GRANDE
FORTALEZA (CE) À BAÍA DA TRAIÇÃO (PB)
JOÃO DE BARROS E AIRES DA CUNHA
CAPITANIA DE ITAMARACÁ
BAÍA DA TRAIÇÃO (PB) A IGARAÇU (PE)
PERO LOPES DE SOUSA
CAPITANIA DE PERNAMBUCO
IGARAÇU (PE) À FOZ DO RIO SÃO FRANCISCO (AL/SE)
DUARTE COELHO PEREIRA
CAPITANIA DA BAÍA DE TODOS OS SANTOS
FOZ DO RIO SÃO FRANCISCO (AL/SE) A ITAPARICA (BA)
FRANCISCO PEREIRA COUTINHO
CAPITANIA DE ILHÉUS
ITAPARICA (BA) A COMANDATUBA (BA)
JORGE DE FIGUEIREDO CORREIA
CAPITANIA DE PORTO SEGURO
COMANDATUBA (BA) A MUCURI (BA)
PERO DO CAMPO TOURINHO
CAPITANIA DO ESPÍRITO SANTO
MUCURI (BA) A ITAPEMIRIM (ES)
VASCO FERNANDES COUTINHO
CAPITANIA DE SÃO TOMÉ
ITAPEMIRIM (ES) A MACAÉ (RJ)
PERO DE GÓIS DA SILVEIRA
CAPITANIA DE SÃO VICENTE (PRIMEIRA SECÇÃO)
MACAÉ (RJ) A CARAGUATATUBA (SP)
MARTIM AFONSO DE SOUSA
CAPITANIA DE SANTO AMARO
CARAGUATATUBA (SP) A BERTIOGA (SP)
PERO LOPES DE SOUSA
CAPITANIA DE SÃO VICENTE (SEGUNDA SECÇÃO)
BERTIOGA (SP) A CANANÉIA/ILHA DO MEL (PR)
MARTIM AFONSO DE SOUSA
CAPITANIA DE SANTANA
ILHA DO MEL/CANANÉIA (SP) A LAGUNA (SC)
PERO LOPES DE SOUSA



























Estado do Maranhão, no contexto da conquista do Norte do Brasil:
Capitanias derivadas das iniciais e de novos territórios
Em 1709 o Brasil é dividido em 7 províncias.

EXTINÇÃO DAS CAPITANIAS
A extinção do sistema de capitanias ocorreu formalmente em 28 de fevereiro de 1821, um pouco mais de um ano antes da declaração de independência. A maioria das capitanias tornaram-se províncias e o território de algumas, como o da capitania de São José do Rio Negro e o da capitania de Sergipe, foi anexado às novas províncias.
AS PROVÍNCIAS NO BRASIL


As capitanias brasileiras tornaram-se províncias em 28 de fevereiro de 1821, um pouco mais de um ano antes da declaração de independência, no dia em que D. João VI jurou obedecer as leis portuguesas. A Constituição de 1824 não alterou nenhuma das divisas entre províncias.
Após a proclamação da república, em 1889, as províncias imperiais tornaram-se estados.
As províncias no Brasil tinham, pouca autonomia política, sendo seus governadores nomeados pelo governo federal, e com a proclamação da república, adquiriram a natureza jurídica de autarquias territoriais, ficando bastante autônomas em relação ao governo federal.
As fronteiras dessas províncias durante o Império do Brasil não estavam totalmente definidas e sofreram alterações, o mesmo em relação às fronteiras do Brasil com os países limítrofes.
A província Cisplatina tornou-se independente em 1828 com o nome de Uruguai.
Foram criadas apenas duas províncias durante o Império: a província do Amazonas, em 1850, desmembrada da província do Pará, pela lei nº 582, de 5 de setembro, e a província do Paraná, em 29 de agosto de 1853, desmembrada da província de São Paulo, pela lei nº 704.
As outras mudanças importantes na divisão política administrativa brasileira que ocorreram desde a chegada de D. João VI, em 1808, foram:
  • O território compreendido entre os rios Turiaçu e Gurupi, da província do Pará, passa a pertencer à província do Maranhão, através do decreto nº 639 de 12 de junho de 1852.
A partir da criação da província do Paraná, e até o final do Império, o Brasil passou a ter, então, 20 províncias, as quais, com a proclamação da república, passaram a serem chamadas de estados, mantendo os estados, as mesmas fronteiras das antigas províncias.
Em 5 de fevereiro de 1895, o presidente Grover Cleveland dos EUA da ganho de causa ao Brasil na Questão de Palmas e o oeste catarinense passa a pertencer definitivamente ao Brasil. Porém, a região continuou sendo disputada entre Paraná e Santa Catarina, até 1916, quando foi estabelecido definitivamente as divisas entre os dois estados.
EVOLUÇÃO TERRITORIAL DO BRASIL EM MAPAS

1534 - Capitanias hereditárias

1573 - Dois Estados

1709 - São Paulo no seu máximo

1789 - Inconfidência Mineira

 1823 - Províncias Imperiais

1889 - Início da República

1943 - Territórios de fronteira

Na constituinte de 1823 no artigo segundo já falava em igualdade territorial e quantitativo populacional. Em 1840 tramitou no senado projetos com a intenção de dividir as províncias de MG, Mato grosso, Bahia e Goiás, mas sem êxito.
DIVISAO DO ESTADO DO PARÁ.
IDENTIDADE
A identidade converge um conjunto de caracteres próprios e exclusivos de uma raça ou de um povo que determina com exatidão a sua cultura e os seus costumes, suas tradições e de forma arraigada às suas histórias.
O sonho de liberdade do povo francês levou-o a Revolução Francesa.
Existem, portanto, estreita relação entre a identidade cultural e o comportamento dos povos no mundo inteiro.
Se mencionar determinados ritmos ou danças, qualquer pessoa é capaz de identificar a que povo regional ou nacional.
Da mesma forma qualquer outra característica, também se encontra profundamente presa a determinado povo, a pintura, a escultura, a comida, a arquitetura, a música, os esportes, as religiões, etc. Os povos apresentam sempre uma identidade com a qual podemos caracterizá-los e as pessoas trazem esses comportamentos adquiridos em si. É possível até que determinado "behaviorismo" esteja plantado indelevelmente numa forma genética, o que se pode observar com facilidade em alguns povos africanos e australianos cujas culturas desenvolveram-se endemicamente. De forma análoga também pode ser observado as culturas dos povos Indús e Chineses que se mantiveram durante muitos anos desenvolvendo culturas e comportamentos dissociados eis que as nações estavam separados pela Cordilheira do Himaláia. São, pois, distintas as identidades de ambos os povos com reflexo respectivos nos seus comportamentos.
O CAMPO E A CIDADE – O HOMEM E O MATUTO 

O turismo é um fenômeno moderno que se caracteriza pela curiosidade de conhecer culturas diferentes da sua. Portanto há pessoas que reconhecem culturas distantes, mas desconhecem as transformações culturais que estão em seu território político-admistarativo e  que não fazem mais parte da sua cultura memória, pelo simples processo de migração social. Portanto o seu cotidiano já não é mais o mesmo.
Isso decorre da perda do homem  pelo tempo e espaço real. Por ainda está, na maior parte de sua existência, em ambientes artificializados em todos os aspectos, exercendo pouco de suas potencialidades. O tempo e o espaço se transmigram e confundem em concreto e abstrato. O homem ficou preso pelas suas proprias resistência de mundanças no comportamento memoria do ufano proprietário vitual, como se todo o espaço ainda fosse uma propriedade coletiva, mas claro fora o seu território.  Este homem da cidade que permeia em sua volta com os equipamentos da tecnologia e se deliciando do feitiche do capitalismo, espera que teritorio edenista seja seu local de encontro e de reencontro nos momentos de ferias. Assim em dados períodos e de acordo com o que se pode pagar, as populações das cidades saem em busca dos chamados paraísos utópicos, sonhando com o exotismo do paraíso e com o encontro consigo mesmo. Acreditando que estes lugares citados deveram permanecer inauterados para seu deleite, nao só os espaços como tambem os “nativos” que se comportaram e deverão se comportar como bens de consumo pelo seus trabalhos sempre voluntário com a peculiaridade de comportamentos “matutos”.Criando um par perfeito de uma peça teatral: homem e natureza bucólica.
Mas este própio homem urbano não lhe interessa residir neste espaço bucólico, estranho a estética da globalização, alem das dificudades que ele não tem a ousadia de  encarar. Ora, se ele não tem, alguem tem. Ou então este trabalhador que outrora matuto, desperta e se sente sujeito explorado não aceitando ser um ator da peça de teatro deste urbano. Mas quer discutir os mesmos direitos que seu visitante tem na cidade. Agora o “rurrarião” quer ser cidadão. E este descobre que seu território em recusos minarais e outro e que todo esse potencial que esta em sua volta estava sendo direcionado para o territorio do homem cidadao, portanto agora este quer a sua emancipação. Só que o urbanista não aceita e agora resiste a rebeldia daquele que esteve sempre a sua disposição. O seu principal discurso será o regionalismo, o culturalismo e etc, a globalização, o neoliberalismo, o sul quer tirar o pará de nós. “O Pará é nosso”.
Pois como diz  o  hino do Pará: “teu destino é viver entre festa...” Este cidadão urbano pensa que o campo sempre está em festa. continuando a música: -  “tudo em ti são encantos vibrantes, desde a industria à rudeza pagã. Para o homem da cidade o encanto vibrante da indústria, mas para o ruralista só a rudeza  da sua vida pagã, sem o privilégio sagrado da vida da regiao metropolitaana de Belém. 
Quando este homem cidadão sai de Belém em seu carro tudo é encanto, pois este tem o privilégio de ter tudo a sua disposição os produtos manufaturados que vem da matéria prima do campo, além dos recursos estatais que lhe garante melhor condições de vida como, saúde, educação, segurança e outros em relação ao homem “matuto” que patrocina estes direitos citadinos, mas que os seus são pífios.
TERRITÓRIO E CHÃO
A divisão cria antagonismo entre defesa de cultura e território com base na propriedade e posse. O território não é o em si, mas o usado, que se identifica como residência. O território é o chão mais a identidade. A identidade é o sentimento de pertencer aquilo que nos pertence. O território é o fundamento trabalho, o lugar de descanso, das trocas de materiais e espirituais e do exercício da vida (santos).
AS DIFERENÇAS
A grande assimetria das partes do conjunto federativo, a falta de equilíbrio socioeconômico desproporcional  e a extrema desigualdade dos estados brasileiros, são fatores que justificam a concentração geográfica do mapa industrial do Brasil com a centralização de riquezas a um mínimo de espaço.
 Região Sul-Sudeste - Sete estados. Com 17% da área territorial e 56% da população brasileira  controlam 73% da riqueza nacional (PIB) e 82,7% do produto industrial.
Região Norte, Nordeste e Centro-Oeste- 20 estados . 82,4% da área territorial. 44% da população se apropriam somente  de 27% do PIB e 19,7%  do produto industrial.
REGIÃO
ESTADOS
ÁREA
POPULAÇÃO
PIB
PROD. INDUST.
SUL-SUDESTE
07
17,6%
56%
73%
82,7%
NORTE-CENTRO OESTE
20
82,4%
44%
27%
19,35
BRASIL
27
100%
100%
100%
100%

Proposta interiorização do desenvolvimento, centrada na desconcentração do produto industrial e da população, pode auxiliar na reversão das disparidades regionais.
A ausência de solidariedade regional pode levar a ocorrência de sentimentos entre região para região, quando houver supremacia de uma contra outras que se camufla na assimetria política manipulada da tenção entre ricos e pobres que fragiliza a soldagem federativa.
A dispersão de grandes áreas sem contingente de pessoas e a falta da ocupação racional do solo quer que seja no aproveitamento do potencial mineral, ou agropecuário, alem da débil governança de entes públicos, são fatores que colaboram para a cobiça internacional, injustiça social, conflitos fundiários, concentração da propriedade rural e de renda. 
A divisão do estado do Pará significa, governabilidade, integração territorial, interiorização do desenvolvimento, desconcentração econômica e demográfica do Brasil, segurança das riquezas, além da democratização das forças  regionais que implicará com aumento representativo político-regional da Amazônia.
O Brasil convive com estado como verdadeiros latifúndios, assim como municípios que são verdadeiros feudos da antiga província. As experiências bem sucedidas no mundo, contrapõe a ineficácia dos latifúndios políticos, a ver na Europa ocidental onde os recortes político-administrativos de seus países  favorecem a descentralização da gestão pública dos espaços intramuros como o próprio EUA que primou pela simetria dos 50 estados federados.
Ao contrario dessa experiência com exceção de são Paulo se determina com municípios mais atomizados, o Estado do Pará apresenta duas anomalias. Primeiro, por ter área 4 vezes superior a media das unidades da federação de 315, 365 Km2 e segundo por ter municípios como Altamira, o maior do país, inclusive superior a 12 unidades federativas com extensão   161,584,9 Km2. .
MURO DE BERLIN
O muro de Berlin não será o exemplo de uma barreira física entre os entes federativos, apenas a autonomia político-administrativa, além da aguda identidade destes moradores do espaço em questão como Carajás e Tapajós.
ICMS - PIB
Falar em economia os principais indicadores de riqueza: ICMS, maior fonte de recursos do estado, e o PIB, principal indicador de riqueza economia da região, ficara com o estado do Pará a maior fatia em função da RMB, região metropolitana de Belém concentrar mais da metade do PIB e ICMS. Além da desoneração dos investimentos públicos com áreas emancipadas, cuja demanda social o governo atual não tem conseguido atender adequadamente.
Com a emancipação das áreas, o Pará será formado pela área economicamente mais desenvolvida, especialmente RMB, onde esta concentrada a maior parte da maquina pública, empresas privadas, indústria do estado, arrecadação fiscal, zona densamente mais povoada, mais assistida quanto a infraestrutura social e econômica.
O desempenho econômico dos estados que se emanciparam tanto quanto mãe, tiveram um crescimento acima dos estados. E o caso do estado do Mato grosso do Sul (1977) e Tocantins (1988). As demais federações o PIB foi em media de 39,7%. Nos dois estado Tocantins e Mato Grosso do Sul a media foi de 68,6 e 53,3%, alem dos respectivos estados cedentes também tiveram bons resultados, Mato Grosso cresceu 111,5%, quase o triplo da taxa os demais, sendo que Goiás na ordem de 57,3%. Portanto o recorte político-administrativo so melhorou para ambos.
HISTÓRICAS TENTATIVAS DE DIVISÃO NO BRASIL
Um ano após a dependência do Brasil Antonio Caros de Andradas, sugeriu que se tomasses o exemplo da França a redivisão político-administrativa, com base em departamentos, prefeituras, subprefeituras comunas, com o relator da Assembléia Nacional Constituinte de 1823. Essa reforma atenderia o determinismo geográfico e as peculiaridades, mas foi derrotado. Em 1849 o historiador Adolfo Varnhagen, por meio de um folheto apresentou um novo mapa territorial com 22 províncias. Augusto Fausto de Souza propôs a divisão de 44 Províncias (1877).
 O baiano Mauro Augusto Teixeira, idealizador do IBGE e, 1934, foi dele a idéia da interiorização da capital (Brasília).
AS DIVISÕES NO BRASIL        
Em 15 de junho de 1962 o presidente do Brasil João Goulart assinou a lei n 4.070, em que o território do Acre, passa a ser Estado do Acre. Em 11 de setembro de 177 Ernesto Geisel cria o estado do Mato Grosso do sul. Em 1981 por João Batista Figueiredo que transforma o território de Rondônia em estado.
 Pela constituinte de 1988, o território Fernando de Noronha passa a ser membro de Pernambuco, alem da origem de três novos estados na Amazônia: Amapá, Roraima e Tocantins, sendo que esse ultimo foi desmembrado de Goiás que agora seria parte da região norte. Este estado foi o único a ser criado por emenda e iniciativa popular, apresentada a constituinte por 80 mil assinaturas.
O modelo político-administrativo ainda é bastante igual ao período imperial. No ano de 2005 tramitavam no congresso sete projetos de decretos legislativos propondo a criação de 16 novos estados, inclusive Carajás e Tapajós que destacaria um recorte no Pará com enorme espaço que se mantém igual como província do regime imperial. Se São Paulo tivesse ainda com as capitanias de Mato grosso e Goiás tornadas autônomas em 1744 e a comarca de Paraná, autônoma em 1853, com certeza estaria diferente do que é hoje.
O BRASIL É CRIAÇÃO DE PORTUGAL
O desequilíbrio regional tem vícios de origens no Brasil na herança da sua evolução histórica, fundada na sua concentração economia  e populacional na área litorânea, principalmente no sudeste. O estado brasileiro é criação do estado português. Não foi a sociedade que criou o Brasil, mas sim o estado que constituiu a sociedade.
OS SETÕES DE EUCLIDES DA CUNHA.
A arquitetura do texto os sertões obedece a trilogia positivista: Meio – Raça – Circunstância. Para interpretar os fatos históricos, que Euclides da Cunha divide: Terra – Homem – Luta. Que corresponde ao esquema. A semelhança de abordagem evolucionista. O que se vê em os Sertões é a oposição entre o homem do litoral e o homem do sertão. Pois cria a Genesis da civilização brasileira dividida entre um pólo atrasado (sertão), considerado a base nacional, e o pólo civilizado, formado por elites intelectuais e políticas que permaneciam com os olhos para a Europa. Pois assim se contrasta o plano concebido pela ciência e o mundo desconhecido.  Na transição do século XIX para XX, o termo sertão contrapõe o dualismo: atraso e moderno. No artigo da “Independência a republica” publicado em 1900, esta a dualidade básica de formação de nação: litoral e sertão.
O texto literário continua contracenando ainda hoje. Pois somos cientes da existência e dois brasis, numa relação assimétrica entre centro e periferia, de um lado sul e sudeste que concentra a economia mais industrializada ocupando o epicentro do desenvolvimento nacional  em detrimento dos demais. O governo da união tentou vários projetos para criar políticas de compensatórias para diminuir essas diferenças. Inspirado pelo conselho de segurança nacional na proteção do arco norte do país contra invasão estrangeira, alem da efetivação presença do estado na Amazônia.
GETÚLIO VARGAS
Getulio Vargas foi pioneiro na reorganização do espaço político e econômico amazônico, criando por decreto lei nº 5.812 de 13 de setembro de 1943 os territórios federais de Amapá, Guaporé (Rondônia), e Rio Branco (Roraima). A criação do território do Acre, adquirido da Bolívia da assinatura do tratado de Petrópolis, em 17 de novembro de 1903.
PLANO ECONÔMICO - SPVEA
Em 1953, com Vargas criou-se SPVEA (Superintendência do Plano de Valorização Econômica da Amazônia), com a intenção de desenvolver a agropecuária e a integração das fronteiras amazônica com à economia nacional. Deu-se inicio da construção das rodovias Belém-Brasília (BR-010) e Cuiabá – Porto Velho (BR 364), para romper com isolamento da Amazônia, início da frágil relação com outras regiões do Brasil. O plano de metas de JK (1956) e construiu dessas duas rodovias.
OCUPAÇÃO DA AMAZÔNIA POR GRANDES EMPRENDIMENTOS DO GOVERNO.
1º PERIODO: 1966 A 1970.
Mesmo com a má fama, resistiu por anos, no ano de 1966, o ministro que cuidava das questões regionais resolveu acabar com a SPVEA. Fretou um navio de grande porte, chamado "Rosa da Fonseca", para durante uma semana descer o rio Amazonas, de Manaus a Belém, com escalas nas principais cidades do itinerário, ate Santarém. A bordo, uma platéia formada por algumas centenas de ilustres políticos, técnicos, empresários e intelectuais convidados, todos vinculados à região, discutia, em formato de seminário, alternativas para o futuro das Amazônia, se enterrava de vez a SPVEA e junto a corrupção, sem identificar réus nem ressarcir vítimas.
Naquela viagem histórica nasceu a SUDAM, (Superintendência do Desenvolvimento da Amazônia), embalada por novos sonhos e novos compromissos de desenvolvimento, com honestidade. Mas que também foi cremada como símbolo de corrupção, tendo como principal sócio deste negócio, Jader Barbalho e seu grande amigo e presidente do glorioso Paysandu, Arthur Tourino. Em 24 de agosto de 2001, o presidente Fernando Henrique Cardoso, na medida provisória nº. 2.157-5, criou a Agência de Desenvolvimento da Amazônia (ADA) e extinguiu a SUDAM. Esta decisão foi tomada após várias críticas quanto à eficiência desta autarquia, passando a ser a responsável pelo gerenciamento dos programas relativos à Amazônia Legal.
2º PERIODO: 1970 A 1974
IPND – I Plano de Nacional de Desenvolvimento de 72 a 74 – “Milagre econômico” ufanismo realização da copa do mundo. O destino manifesto, rasga-se a selva com a transamazônica , foi a copa do mundo sobre rodas. Tinha o projeto Grande Carajás. A finalidades desses projetos era apenas de divisas para o país, a preocupação com o desenvolvimento regional foi secundário. A proposta era a colonização, exploração mineral e principalmente a redistribuição de terra (PROTERRA), em 1971 que subtraiu 70% do território paraense, programas integrados de colonização PIC’s) de Altamira, Marabá, Itaituba.

De 1968 a 1964 foram aprovados pela SUDAM, mais de 300 projetos na ordem de 553 milhões de dólares, 75% desses foram abatidos no imposto de renda dos investidores , conforme prescrevia alei de incentivo. O erário nacional bancou a conta. Varias empresas estrangeira vão se instalar na Amazônia, contradizendo discurso da “segurança nacional” : - Anglo, Bordon, Wilson,  Jarí Foresty, Wolksvagem e outras que criaram verdadeiros países na Amazônia. Por entender os militares que a Amazonia era região de fronteira, abriu esta ao capital estrangeiro com o lema “integrar para não entregar”.
3º PERIODO: 1974 A 1978.
PROJETO POLAMAZÔNIA
Tendo como base o Projeto Radam, foi criado, em 1974, o Projeto Polamazônia (Programas de Pólos Agropecuários e Agrominerais da Amazônia). Seu objetivo era estabelecer quinze áreas ou lugares, no espaço amazônico, para a exploração pecuária, agrícola, florestal e mineral.
Programa Grande Carajás (PGC) , foi um projeto de exploração mineral, implantado entre 1979 e 1986, na mais rica área mineral do planeta. Estende-se por 900 mil km², numa área que corresponde a um décimo do território brasileiro, e que é cortada pelos rios Xingu, Tocantins e Araguaia, e engloba terras do sudoeste do Pará, norte de Tocantins e oeste do Maranhão. Foi criado pela então empresa estatal brasileira Companhia Vale do Rio Doce, durante o governo Figueiredo, quando Eliezer Batista era presidente da Vale.
São vários outro projetos como trombetas no município de Trombetas para exploração de Bauxita, alem da Alumar, Alunorte, Alunar e etc. destas experiências ficou apenas a agravante da exploração da região. Projetos que serviram de recursos para a corrupção, alem da ganância internacional. A melhor forma de integrar e não entregar é estabelecendo a radicalização do estado de direito como fiscalizador, regulador e policiador, ou seja, criando um território político-administrativo, cujo beneficio será a manutenção das nossas reservas como recursos de investimento na sociedade local, sem prejuízo para todo território brasileiro.     
A concentração de riqueza em certas regiões é responsável pelo hiato de renda em regiões e estados. Sudeste mais rico tem renda per capita 33% mais alta que as demais. No estado de são Paulo e 56% mais altas que a media nacional e 5 vezes a do estados como Piauí e três vezes a do Pará.
 Nos EUA, pais com características próxima do Brasil a região mais rica tem renda per capita apenas 17% maior que a media nacional.
As diferenças territoriais econômicas é um fosso. Os 1.570,746 Km2 do Amazonas maior área equivale a 71 vezes maior que Sergipe (21.910Km2), menor área da federação e abaixo 5 vezes a media dos estados nacional que é de 314,889Km2. Minas Gerais com seus 853 municípios, consiste 53 vezes o números de municípios de Roraima e 4 vezes a media nacional por estado.
 Por população, são Paulo 39,8 milhões de pessoas, tem 100 vezes a mais de habitantes de Roraima e quase seis vezes a media nacional. Quanto a densidade habitacional Rio de Janeiro tem a concentração de 176 vezes maior de Roraima e 16 maior da media dos estados.
 As diferenças do PIB, são Paulo com 902,7 bilhões e 216 vezes maior de Roraima e quase 5 vezes maior de Piauí e uma vez e meia da media nacional.
FPE – FPM – FUNDEB - FPEX
Vazios de autoridade pública, baixa presença da máquina burocrática estatal. Estima-se em mais da metade dos recursos federais são destinados aos estados do sul-sudeste, enquanto que aos sete estados do norte permaneceu em 15%, igualando se aos três estados do sul. Uma exceção do nordeste que recebe verbas maiores são devidos aos seus maiores baixos desempenho brasileiro, apesar de alguns pontos já são favoráveis, mas não há explicação para a regalia do sudeste.  Dentre os fundos de participação do estado FPE, e fundo de participação do município FPM, alem de FUNDEB, fundos para a educação. FPEX – fundo de compensação pela exportação de produtos industrializados.
PAC
Em 2007 no governo Lula  lançou um plano macroeconômico para permitir a redução do desequilíbrio entre as federações e regiões, com a distribuição de R$: 503 bilhões. Dessas obras se destacam no Pará a pavimentação da BR 230 (Transamazônica), BR163 (Cuiabá-Santarém), conclusão das eclusas de Tucurui, prolongamento da ferrovia norte-sul, construção da Hidrelétrica de Belo Monte, ampliação da vila de Vila do Conde, construções de hidroviárias de Santarém, Monte Alegre e Breves, construção de linha de transmissão elétrica Tucurui-Macapá-Manaus e Marabá- Serra da Mesa. Outros projetos como o SALOBO em Marabá com recursos para a verticalização da produção mineral, projeto Onça Puma em Ourilândia do Norte.
Fica evidente que os investimentos internacionais não foram fatores suficientes para o desenvolvimento e equilibrar as diferenças entre estados federativos, além de investimentos de projetos sem a aproximação do Estado, pelo contrário estes deixaram marcas históricas com rivalidades  regionais   e a triste imagem da desambientalização da flora e fauna, principalmente no Estado do Pará.
o governo tem duas mãos a que um que arrecada tributo que possibilita o governo a executar suas funções, outro que planeja orçamento, estabelece critérios onde, como, o que, quanto e quanto gastar, ou seja, disciplina os gastos públicos. A elaboração da proposta orçamentária é do executivo, em seguida encaminhada para aprovação do legislativo, podendo sofrer emendas ou sofrer cortes de custos. Por fim retorna ao executivo que sanciona a lei. A forte presença estatal na economia, com base no pensamento keynesiano que propõe que um estado na seja nem mínimo nem Máximo, mas eficaz na manutenção do pronto emprego propugnado que a intervenção estatal, via orçamento se  torna necessária para reverter crises históricas não superadas instantaneamente pelo mercado. Não é a economia que deve equilibrar o orçamento, mas ao contrário. Então o orçamento pode ser aceito em comum  acordo especial entre o estado e o contribuinte, mediado pelo parlamento.
Então a decisão é política de onde, quanto e para onde investir. Então ai esta a justificativa dos poucos investimentos na Amazônia que resulta no desequilíbrio regional.
OBS. A escola Keynesiana  é a teoria econômica consolidada pelo economista inglês John Maynard Keynes em seu livro Teoria geral do emprego, do juro e da moeda e que consiste numa organização político-econômica, oposta às concepções neoliberalistas, fundamentada na afirmação do Estado como agente indispensável de controle da economia, com objetivo de conduzir a um sistema de pleno emprego. Tais teorias tiveram uma enorme influência na renovação das teorias clássicas e na reformulação da política de livre mercado.
O keynesianismo se fundamenta no princípio de que o ciclo econômico não é auto-regulado como pensam os neoclássicos, uma vez que é determinado pelo "espírito animal" dos empresários. É por esse motivo, e pela incapacidade do sistema capitalista conseguir empregar todos os que querem trabalhar, que Keynes defende a intervenção do Estado na economia.
A teoria atribuiu ao Estado o direito e o dever de conceder benefícios sociais que garantam à população um padrão mínimo de vida como a criação do salário mínimo, do seguro-desemprego, da redução da jornada de trabalho (antes 12 horas diárias) e a assistência médica gratuita. O Keynesianismo ficou conhecido também como "Estado de bem-estar social", ou "Estado Escandinavo".
MUITO ESPAÇO E POUCA GOVERNABILIDADE
A sociedade forma o Estado democrático que é um conjunto de poderes políticos estruturados por leis e governanças, sendo que seus entes públicos deverão tomar decisões delegadas por seus sócios sobre os recursos destinados de seus da sociedade que serão os consumidores desses serviços, principalmente na garantia dos direitos humanos. Os poderes legalmente constituídos e a maquina administrativa e seus agentes formam o Estado-Governo. Então o atual Estado do Pará insiste em um vácuo estatal histórico, confinando a uma ineficácia de ações de governo, pela distancia físico das instituições estatais como a omissão de funções públicas.  
O Norte fica prejudicado pela pouca fragmentação municipal, recebendo apenas 12,9% com seus 45,3% do território brasileiro. Minas gerais com 853 e são Paulo com 645 e Bahia com 417, levam o maior bolo da redistribuição federativa. Fica claro que não é o tamanho do território de fator econômico, mas sim os com menor terreno e maior número de municípios.  A distribuição aos municípios nas regiões nordeste, sudeste e sul, superam a dos estados. Então as regiões sul-sudeste e nordeste recebem 80% dos repasses constitucionais.
DESIGUALDADE ECONOMICAS ENTRE ESTADOS DO BRASIL
PONTUAÇÃO
PIB corrente
C$ MIL
UF
PIB-PER CAPITA
UF
MÁXIMA
902.784, 268
SP
22.667
SP
MÉDIA NACIONAL
98.568, 316

14.465

MINIMA
4. 168, 599
RR
4.662
PI
MIN/MAX
0,46%

20,57%

DIST. FEDERAL
99.945, 620

40.692


DISTRIBUIÇÃO DOS MUNICÍPIOS POR REGIÕES
Sudeste
1.668
30%
Sul
1.180
21,4%
Centro oeste
466
8,4%
Nordeste
1.793
32,25
Norte
449
8,1%
IBGE ABRIL 2010
REPASSES CONSTITUCIONAIS POR ÁREAS MAIS MUICIPALIZADAS 2009
REGIÃO
R$ MILHOES
%
NORDESTE
53. 005, 022, 283
34%
TRANSFERENCIA/ESTADOS
26.352, 256,020
16,9%
TRANSFERENCIA/MUNICIPIOS
26,652,766, 263
17,1%
SUDESTE
50.635,329,544
32,4%
TRANSFERENCIA/ESTADOS
22.711, 326,096
14,55
TRANSFERENCIA/MUNICIPIOS
27.924,003,448
17,9%
SUL
21.506,468,089
13,85
TRANSFERENCIA/ESTADOS
9.520,373,345
6,1%
TRANSFERENCIA/MUNICIPIOS
11.986,094,844
7,7%
CENTRO OESTE
10.786,909, 112
6,95
TRANSFERENCIA/ESTADOS
5.549,485, 429
3,6%
TRANSFERENCIA/MUNICIPIOS
5.237, 423,682
3,4%
NORTE
20,177,195,893
12,9%
TRANSFERENCIA;ESTADOS
12.897,440,599
8,3%
TRANSFERENCIA/MUNICIPIOS
7.279,755,294
4,7%
TOTAL
156.110,924,920
100%
IBGE
A união realiza transferência voluntaria a outros entes, através de convênios e acordos de cooperação fora das determinações constitucionais, legais ou dos destinados a saúde. Vejamos que não há divisão hegemônica nas regiões. Pois ficam a mercê das articulações políticas de cada municípios e estados. Pois as regras do jogo político pela compensação do lastro eleitoral 
TRANSFERENCIAS VOLUNTÁRIAS
ANO
NORTE
%
NORDESTE
%
CENTRO OESTE
%
SUDESTE
%
SUL
%
2008
792.610
18%
1.533,062
34%
498.950
11%
1.160,150
26%
496,184
11%

As omissões não são apenas dos governo locais, pois estes não gozam de capacidade financeira para integração sócio econômica por seus imensos territórios e pequeno contingente populacional. O desequilíbrio se agrava quando há mais favorecimento aos estados de maior envergadura na distribuição de verbas federais como o PAC.a questão não é avaliar a sua eficácia. O baixo investimento do PAC na região norte, com destaque aqueles direcionados a hidrelétrica, mas que tem por suprir a necessidade das região sudeste. O norte exportador de energia elétrica a outras regiões do país, mas não se beneficia dos impostos como ICMS, sendo que este e cobrado no destino do uso.
INVESTIMENTO SETORIAL DO PAC POR SETOR (2007 -2010). BILHOES
REGIÃO
LOGISTICA
ENERGÉTICA
SOCIAL/URBANA
TOTAL
PARTICIPAÇÃO/TOTAL%
NORTE
6,3
32,7
11,9
50,9
15,7%
NORDESTE
7,4
29,3
43,7
80,4
24,9%
SUDESTE
7,9
80,8
41,8
131,1
40,3%
SUL
4,5
18,7
14,3
37,5
11,6%
CENTRO OESTE
3,8
11,6
8,7
24,1
7,5%
TOTAL
29,9
173,1
120,4
323
100%

INVESTIMENTO SETOR/SETOR REGIÃO R$: BILHÕES
REGIÃO
SANEAMENTO BASICO
RODOVIAS2
NORTE
3,9
7,1
%
10,5
20,2
NORDESTE
9,6
6,8
%
29
19,2
CENTRO OESTE
3,6
3,5
%
8,1
9,9
SUDESTE
15,5
12
%
39,5
33,9
SUL
13
16,9
TOTAL
40
35

REDE FERROVIÁRIA – 2007
TOTAL
NORTE
NORDESTE
SUDESTE
SUL
CENTRO OESTE
BRASIL
TOTAL
429
6,919
11,986
6,590
2.390
28,314
%
1,52%
24,44%
42,33%
23,27%
8,44%
100%
FONTE: ANTT. PARÁ= 224Km
RODOVIAS FEDERAIS 2007
REGIÃO
EXTENSÃO KM
%
NORTE
7.172
12%
NORDESTE
18,967
31%
SUDESTE
13.877
23%
SUL
10.796
18%
CENTRO OESTE
10.493
17%
BRASIL
61.304
100%

EDUCAÇÃO SUPERIOR
Em 2008 das 55 universidades e 34 institutos tecnológicos no país, 19 universidade e 11 institutos tecnológicos concentram-se  nos 4 estados do sudeste. Minas Gerais abrange 11 universidade e 6 tecnológicas, mais que as 8 universidade e institutos tecnológicos em todo norte. No Rio grande do Sul com seis universidades e três institutos tecnológicos.
Nº INSTITUIÇÕES SUPERIORES FEDERAIS, 2008
REGIÃO
ESTADOS
UNIVESIDADES
CEFET/IFET
NORTE
7
8
5
NORDESTE
9
14
10
SUDESTE
4
19
11
SUL
3
9
5
CENTRO OESTE
4
5
3

As lacunas de governanças se comprova na desequilibrada distribuição dos gastos estatal, educação, saúde, habitação, transporte, energia,
A PARTICIPAÇÃO DA RENDA NA ADMINISTRAÇÃO, SAÚDE, EDUCAÇÃO E SEGURIDADE SOCIAL.
REGIÃO
%
NORTE
7,55%
NORDESTE
18,89%
SUDESTE
41,82%
SUL
12,93%
CENTRO OESTE
18,86%

PARTICIPAÇÃO NA RENDA DA PRODUÇÃO E DISTRIBUIÇÃO DE ELETRICIDADE E GÁS, ÁGUA, ESGOTO, E LIMPEZA URBANA DO BRASIL.
NORTE
5,47%
NORDESTE
18,44%
SUDESTE
47,95%
SUL
20,61%
CENTRO OESTE
7,53%

A REDUZIDA PRESENÇA DO GOVERNO FEDERAL PODE SER MEDIDO PELO INVESTIMENTO
BRASILIA
140. 616,460,177
SÃO PAULO
12.12, 748,232
RIO DE JANEIRO
9.330,342
MINAS GERAIS
7. 184, 649,140
PARÁ
2.986,963,140
Os custos para manter o norte são menos de 1/3 de são Paulo.
OUTRO FATOR QUE JUSTIFICA É O NUMERO DE SERVIDORES PÓ REGIÕES
Dos 8.562, 164 das três esferas, 9,1% esta na região norte (780,496). Só em são Paulo são 1.416,947.
Nº FUNCONÁRIOS PULB./ ESFERA DE GOVERNO. 2007

NÚMERO TOTAL DE FUNCIONÁRIOS PÚBLICOS POR ESFERA DE GOVERNO, 2007
UF
Trabalhadores Esfera Federal
Trabalhadores Esfera Estadual
Trabalhadores Esfera Municipal
Trabalhadores de Empresa Estatal
Total
Rondonia
10.642
45.877
43.897
43
100.459
Acre
2.239
34.665
7.150
85
44.139
Amazonas
12.767
69.434
77.906
154
160.261
Roraima
3.696
8.628
6.178
196
18.698
Para
19.965
101.291
181.263
577
303.096
Amapa
10.315
17.745
12.855
296
41.211
Tocantins
3.641
56.465
52.526
0
112.632
Regiao Norte
63.265
334.105
381.775
1.351
780.496
Maranhao
8.455
63.741
122.499
5
194.700
Piaui
7.445
62.509
55.382
707
126.043
Ceara
18.543
60.547
216.962
1.686
297.738
Rio Grande do Norte
11.699
70.492
99.925
2.246
184.362
Paraiba
15.776
81.203
120.063
237
217.279
Pernambuco
24.502
119.136
228.661
1.550
373.849
Alagoas
6.275
43.136
84.782
0
134.193
Sergipe
6.108
48.570
61.693
533
116.904
Bahia
29.070
192.399
360.028
673
582.170
Regiao Nordeste
127.873
741.733
1.349.995
7.637
2.227.238
Minas Gerais
51.593
370.507
570.635
74
992.809
Espirito Santo
9.793
79.656
129.104
570
219.123
Rio de Janeiro
150.199
265.213
317.207
1.428
734.047
Sao Paulo
57.040
729.566
629.486
855
1.416.947
Regiao Sudeste
268.625
1.444.942
1.646.432
2.927
3.362.926
Parana
21.422
151.425
253.367
44
426.258
Santa Catarina
16.666
95.612
161.183
51
273.512
Rio Grande do Sul
34.692
164.841
244.450
42
444.025
Regiao Sul
72.780
411.878
659.000
137
1.143.795
Mato Grosso do Sul
9.471
70.729
81.778
29
162.007
Mato Grosso
7.815
66.959
82.212
67
157.053
Goias
13.362
108.360
173.853
7.015
302.590
Distrito Federal
293.791
131.676
0
592
426.059
Regiao Centro-Oeste
324.439
377.724
337.843
7.703
1.047.709
Brasil
856.982
3.310.382
4.375.045
19.755
8.562.164
Fonte: MTE/RAIS






PRESIDENTES DA NOVA REPÚBLICA (1985-2011). UNIÃO DA POLÍTICA CAFÉ COM LEITE E AÇUCAR.
TANCREDO NEVES
MG/SUDESTE

JOSÉ SARNEY
MA/NORDESTE
1985 – 1990
FERNANDO COLLOR
ALAGOAS/NORDESTE
1990 – 1992
ITAMAR FRANCO
MG/SUDESTE
1992 -1995
FERNANDO HENRIQUE CARDOSO
SP/SUDESTE
1995/2003
LULA
SP/SUDESTE
2004 – 2010
DILMA ROUSSEF
RGS/SUL
2011

Como a própria constituição federal afirma, todo poder emana do povo. Parágrafo único do Artigo 1º. Então a representatividade é desequilibrada na câmara federal fora o senado.

REPRESENTAÇÃO POLÍTICA POR REGIÃO
REGIAO
SENADORES
DEP. FEDERAL
TOTAL
%
NORTE
21
65
86
14,5%
NORDESTE
27
151
178
30%
CENTRO OESTE
12
41
53
8,9%
SUDESTE
12
179
191
32,3%
SUL
9
77
86
14,5%
BRASIL
81
513
594
100%

O sistema parlamentar brasileiro privilegia os estados mais populoso tornando assim mais representatividade.
Com a criação de dois novos estados: Carajás e Tapajós, mais seis senadores aumentariam de 21 a 27. Na câmara federal também seria de 17 para 26.
REPRESENTATIVIDADE POLÍICA
ESTADO
SENADOR
DEP. FEDERAL
PARÁ ATUAL
3 – não soma
17, não soma
NOVO PARÁ
3
9
CARAJÁS
3
9
TAPAJÓS
3
9
TOTAL
9
27
OBS. Pode haver mudanças com forme o TSE.

GOVERNADORES DO PARÁ DE 1964 ATUAL.                 
GOVERNADOR
SUBREGIÃO
PERIODO
AURÉLIO CORREA DO CARMO
RMB
1961 -1964
JARBAS PASSARINHO
RMB
1964 -1966
ALACID DA SILVA NUNES
RMB
1966 -1971
FERNANDO JOSÉ LEÃO GUILHON
RMB
1971 -1975
ALUÍSO DA COSTA CHAVES
RMB
1975 -1978
CLOVIS SILVA DE MORAES REGO
RMB
1978 – 1979
ALACIDE DA SILVA NUNES
RMB
1970 - 1983
JADER FONTENELE BARBALHO
RMB
1983 -1987
HÉLIO DA MOTA GUEIROS
RMB
1987 - 1991
JADER FONTENELLE BARBALHO
RMB
1991 - 1994
CARLOS JOSÉ OLIVEIRA SANTOS
RMB
1994 -1995
ALMIR JOSÉ DE OLIVEIRA GABRIEL
RMB
1995 -2003
SIMÃO ROBSON OLIVEIRA JATENE
RMB
2003 -2007
ANA JÚLIA CAREPÁ
RMB
2007 - 2011
SIMÃO ROBSON OLIVEIRA JATENE
RMB
2011 -
OBS. Por mais tenha um governador de município fora da RMB, mas a sua formação, militância e articulação foi na citada.
A equivocada defesa de que precisa preservar o tamanho do estado como poder. Sendo assim Pará e Amazonas seriam os maiores PIB, e SP e RJ, seriam inversos. A equívocos da defesa de que foi o determinismo geográfico que deu origem a divisão, pois estava sim nos interesses.
O pior discurso é do regionalismo, com a preocupação dos costumes e fatos heróicos. Se não fosse a criação do estado Amapá em 1988, o Pará estaria conservado igual a  demarcação de Província de 1815.
EUA – ARGENTINA – MÉXICO – FRANÇA.
Dos 47 estados continentais americanos só a Califórnia possui 409,428KM2 , Montana e Novo México, 369,316KM2 e 313.896KM2 . os 44 tem territórios inferior a 300.000 e só 8 tem áreas superior a 200.00, apenas 9 inferior a 50.000. em 1917 os EUA, já tinha reordenado os seus estados. Outros países também devem ser citado co Argentina 1/3 do Brasil mais de 20 províncias, México, ¼ do Brasil 30 divisões. A frança que equivale o território da Bahia com mais de 80 departamentos.
ÁREA POR REGIÕES
NORTE
3.853,327,27
NORDESTE
1.853, 257,00
SUDESTE – SUL
924.511, 29
CENRO OESTE
1.606, 371,51

O PIB do Amazonas é de R$: 13.042, 83, do Pará – R$: 7.006,81, abaixo da media nacional que é de 14.464, 73, o Pará representa a metade da base nacional.
OS SEIS ESTADOS COM MAIS MUNICÍPIOS.
REGIÃO
ESTADOS
Nº MUNICÍPIOS
SUDESTE
MG
853
SUDESTE
SP
645
SUL
RG/SUL
496
NORDESTE
BAHIA
417
SUL
PARANÁ
399
SUL
SANTA CATARINA
393

O modelo central da metrópole Belém se faz idêntico com da capital Rio de Janeiro no período imperial devido a distancia, Belém possui 83,5% dos médicos do estado.
QUANTIDADE DE MEDICO POR REGIÃO
REGIÃO
MEDICO
%
BELÉM
4.293
83,5%
CARAJÁS
541
10,5%
TAPAJÓS
296
5,8%
OUTRA REGIÕES
09
0,2%
PARÁ
5.139
100%

A MAQUINA DO GOVERNO ESTADUAL.
Dos 105,164 funcionários públicos 96% estão em Belém, há um servidor para cada 790 habitantes, em Belém baixa para 14.
SERVIDORES ESTADUAIS
Sub-Região
Servidores estaduais
%
Belém
100,967
96%
Carajás
2,105
2,1
Outras
2,327
1,9
Pará
105,164
100%
IPEA

REPRESENTAÇÃO POLÍTICA DO PARÁ POR SUB-REGIÃO, 2010.
REGIÃO
SENADORES
DEP.FED.
DEP. ESTAD.
TOTAL
%
BELÉM
3
11
28
42
68,9
CARAJÁS
0
5
5
10
16,4
TAPAJÓS
0
1
8
9
14,8
PARÁ
3
17
41
61
100%


LOCAL DE NASCIMENTO DOS RESIDENTES EM CARAJÁS
ESTADO
PARÁ
 NORTE
NORDESTE
OUTRAS REGIÕES
CARAJÁS
51,6
5,1
29,9
13,4

COMPARAÇÕES
HOLANDA

AREA: 41.26KM2
13 PROVÍNCIAS
POPULAÇÃO – 16,6 MILHOES
ECONOMIA:
Produtos 
Agrícolas: beterraba, batata, cereais, legumes, frutas                                                 
Pecuária:bovinos,suínos,aves                                                                                                            Mineração: gás natural e petróleo.
Indústria: alimentos, química, petroquímica, máquinas.
Renda per capita:  US$ 53.750 (estimativa 2008).
PIB: US$ 860,3 bilhões (2008)
JAPÃO

POPULAÇAO – 128 MILHOES - 10ª MAIOR DO MUNDO
80 VULCOES ATIVOS – 1000 SIMO POR ANO
AREA 377.00km2, MAIS DE 75% É MONTANHOSA
EUROPA
FORMADO POR 49 PAÍSES
AREA – 10.498,00km2
POPULAÇÃO – 800 MILHOES HAB.
BRASIL
POPULAÇÃO – 190 MILHOES
AREA – 8.514,876KM2
AMAZONIA DESTINO MANIFESTO

A conclusão deste texto é a afirmação de que a divisão do Estado do Pará não deve ser tratado como um problema regional, mas sim que a Amazônia esta na rota do destino manifesto internacional e ate das regiões do sul e sudeste, a ser expropriada a sua matéria prima. Dados são expostos no texto que justificam a necessidade e não o desejo, apenas de grupos limitados de empresários da região. A divisão não deve ser emblemática como um símbolo de imposição de dois blocos inimigos ideológicos como o muro de Berlin, mas sim a emancipação poilítico administrativo como estratégia de garantir a democratização das forças regionais com mais representatividades no cÍrculo político nacional, desconcentração econômica em função da centralização apenas no espaço epicentro região metropolitana de Belém, integração territorial, a governabilidade para manter o equilíbrio de simetria das partes do conjunto, pela falta de equilíbrio sócio econômico desproporcional.
A preocupação maior e que a defesa da não divisão descambe para o discurso regionalista, ufanismo pela grandeza do estado como uma propriedade virtual ou utópica, mas que o discurso seja a percepção da real necessidade daquele que reside nas regiões que pleiteiam a divisão. Pois estes ainda tem uma “vida Severina”, com base no texto analisado de Euclides da Cunha em ‘Os Sertões”  que bipolariza as diferença entre homem do litoral e homem do sertão, sendo que o primeiro governava o Brasil de costa, mas de frente para a Europa. Esta comparação se mostra com os gestores políticos que são na maioria da região metropolitana de Belém, pela falha constitucional que afirma que todo poder emana do povo. Portanto as regiões com menor território e mais concentração populacional tem o bolo maior da distribuição de renda do governo federal como o fundo de participação do município e fundo de participação do estado.
Outro grande debate questionado é o gasto com as despesas com estes novos estados, com toda certeza  nos primeiros anos estes novos entes não conseguirão se manter por si só, mas a estabilidade se processará naturalmente. Toda democracia republicana tem um custo que paga a liberdade dos cidadãos e os equipamentos estatais para essas garantias como; tribunais, ministério público, polícia, institutos, autarquias, câmara, assembléia, vereadores, deputados (federais, estaduais), senadores, prefeitos, governadores, ministros de estados, presidente e etc. Além dos aparelhos estatais. O que não se pode é querer justificar a não criação do estado apenas pelo ponto de vista econômico e que é interesse de uma minoria, pois se for por este campo, alguém esta levando este dinheiro que esta em jogo.
 E quanto a preocupação da resumida formação econômica e territorial do novo Estado do Pará, basta olhar para o pólo industrial da região metropolitana que gera a maior parte dos recursos de sustentação da maquina estatal, alem dos investimentos do pré sal no município de Salinas que será uma fonte primária de recurso financeiro para esta região. Outro fator entusiasmador é o exemplo de países como a Holanda com aproximadamente 41 mil quilômetros quadrados, mas que tem um dos maiores pólos econômico na agricultura com frutas, sendo um dos maiores exportadores deste produto do mundo. Outro e o Japão com um território de aproximadamente de  377 mil quilômetros quadrados, mas que 75% são de áreas adversas, montanhosas, vulcões em erupções e etc. mas é a terceira economia do mundo.
O maior problema da região norte é a falta de ativa participação do estado, apesar de vários projetos aplicados nesta região, iniciando por Pombal, depois Getulio Vargas, governo militar e agora com o governo do PT, mas foram paliativas e de cunho assistencialista, inclusive o PAC (programa de aceleração e crescimento). O fato é que sempre estes governos são monopolizados por grupos não ligados a essas regiões conforme os dados acima, e que estendem estes projetos com base no destino manifesto na região norte, então quando estes projetos são direcionados a estas regiões Carajás e Tapajós, que pleiteiam a divisão, quem monitora essas ações de governo são pessoas ligadas ao partido hegemônico no poder em detrimento do debate interno destes espaços que sabem de suas peculiaridades culturais, econômicas, sociais e etc.
Por fim a suspeita de grupos políticos tem influenciado nos diversos discursos da divisão do Estado do Pará, mas apenas com base em parâmetros regionalismo. Devemos excluir por completo o mau exemplo do prefeito de Manaus, Amazonino Mendes que demonstrou Xenofobismo, mas este exemplo ainda é comportamento de Coronelismo político que ainda resiste no Brasil, mas que vem perdendo a sua solda política.
Não queremos ser superiores que os nossos irmãos brasileiros do sul e sudeste, ma igualdade na divisão da coisa publica que ate então somos apenas fornecedores de matéria prima para estas regiões alem de preconceito que estes tem como região primitiva. Por fim, a ausência de solidariedade regional pode levar a ocorrência de sentimentos entre região para região, quando houver supremacia de uma contra outras que se camufla na assimetria política manipulada da tenção entre ricos e pobres que fragiliza a soldagem federativa. Então o nosso problema para o debate da divisão do Estado do Pará não é, e nem deve ser o regionalismo, mas sim o privilégio que as regiões do sul e sudeste tem em detrimento da região do norte.
As transformações e mudanças são dinâmicas, porque a realidade ainda não é, esta sendo. Estamos apenas idealizando.
Saudação aos novos estados de Carajás e do Tapajós que já existe de fato, mas que só falta se concretizar de direito.
Deste historiador que mora em Belém.
ESAUHISTORIADOR.
  GRANDE PARTE DESTE TEXTO FOI RETIRADO DE: ASSIMETRIA REGIONAIS NO BRASIL. Fundamentos para a criação do Estado do Carajás. Do economista e mestre Célio Costa.

REFERÊNCIAS.                
Costa, Célio - ASSIMETRIA REGIONAIS NO BRASIL. Fundamentos para a criação do Estado do Carajás/ Célio costa – Belém: S/Ed, 2010.
Alves, Filho Armando. pontos de História da Amazônia, volume II, Armando Alves Filho, José de Alves Souza Junior, José Maia Bezerra Neto - 2. ed. - Belém: Paka Tatu, 2000
Araujo, Esaú cunha – patrimônio histórico arquitetônico de Belém. Artigo. 
Wikipédia, enciclopédia livre.


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