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Belem, PARÁ, Brazil
Graduado em Historia.

sábado, 1 de outubro de 2011

AUTO-ENGANO SÍNTESE DO LIVRO

SÍNTESE DO LIVRO AUTO-ENGANO
Eduardo Giannett

livro Auto-engano  sobre as mentiras que contamos a nós mesmos. Mentimos para nós o tempo todo: adiantamos o despertador para não perder a hora, acreditamos nas juras da pessoa amada, só levamos realmente a sério os argumentos que sustentam nossas crenças. Além disso, temos a nosso próprio respeito uma opinião que quase nunca coincide com a extensão de nossos defeitos e qualidades. Sem o auto-engano, a vida seria excessivamente dolorosa e desprovida de encanto. Abandonados a ele, entretanto, perdemos a dimensão que nos reúne às outras pessoas e possibilita a convivência social.
O problema é que as mentiras que nos contamos não trazem seu nome verdadeiro estampado na fronte. É preciso, por isso, analisar os caminhos que nos levam até elas: encontraremos aí a origem de grandes conquistas e alegrias, mas também dos sofrimentos que muitas vezes causamos a nós mesmos e às pessoas que nos cercam. Reflexão profunda e original sobre a necessidade que tem o ser humano de iludir a si mesmo, bem como sobre as implicações éticas dessa tendência na vida pública e na vida pessoal.
A ARTE DO ENGANO NO MUNDO NATURAL
Ate onde pode chegar um ser vivo na busca de seus imperativos biológicos? Tudo que tiver ao seu alcance para saciar as suas necessidades. A arte do engano. O repertorio – o organismo usara padrões de comportamentos que capazes de iludir e driblar os sistemas de ataque e defesas de outros seres. É parte expressiva do arsenal de sobrevivência e reprodução no mundo natural.
O funcionamento do sistema imunológico dos seres se baseiam na proteção automática da auto defesa do organismo a invasões de substancia nociva, com bactérias, vírus protozoários. Então este detecta e ataca com anticorpos para eliminá-los. Mas se houver falha na identificação e no ataque, o invasor faz a festa nas entranhas do anfitrião, então os próprios agentes de defesa se auto-degeneram (auto imunidade). Alguns tipos de pólio, tipos de gripes e HIV, acionam as defesas do organismo, mas remetem células menores e sacrificadas, como táticas de camuflagem química para evitar o fogo hostil dos anticorpos.
Algumas plantas como a erva de Venus, ostenta uma pseudoflor, funciona como emboscada, para atrair e prender e tragar insetos. Ociosa na reprodução, mas perfeita no ataque a refeição, outra plantas mimetizam seu odor de fezes para atrair insetos e etc.
A ARTE DO ENGANO NO REINO ANIMAL
O percevejo africano para caça e comer as formigas, primeiro ele caça formigas avulsa ou então recorre a fragmentos do solo e gruda em seu corpo, ai ele se dirige ao formigueiro e disfarçado e faz o banquete. Outro fato esta na mosca domestica, em que o macho chama a atenção da fêmea com alimentos, mas observando outro macho este se disfarça e mimetiza como fêmea (travesti), atrai o macho, sendo que o disfarçado, furta-lhe a refeição.
A arte do engano no mundo natural revela o repertorio ilusionismo, camuflagem e mimetismo e dissimulação, na base do blefe. O camaleão que se finge de morto para evitar o ataque dos inimigos, da cobra cascavel, os cães que latem e mostram os dentes, mas não mordem e na ora do ataque correm de suas presas. A vários outros disfarces, como animais que mancam para se sair de uma emboscada de um animal superior.
O engano e um tipo particular de particular relação entre dois seres vivos uma interação na qual a morfologia e o comportamento de um deles cria discrepância entre realidade e aparência que deturpa as percepções e modifica a ação do outro. A noção de engano é rigorosamente tão humano, quanto a gravidade, em que dois corpos se atraem na proporção exata do inverso do quadrado da distancia que os separa.
O homem costuma a se enganar com uma fina camada de tinta em uma folha de papel que transmite a imagem de uma mulher ou homem nu, este seria um grande exemplo de auto engano, e qual seria a conclusão de um cientista extraterrestre que estivesse investigando sobre a procriação da espécie humana, primeiramente este deveria estudar o que se passa na cabeça humana que se deixa fantasiar, portanto o estudioso seria enganado, acreditando que os seres humanos também são autosexuais, ou seja, se autorreproduzem por relações “assexuadas”.
A luz refletida ilumina a luz iluminada. A natureza é também um espelho que reflete as coisas como ela é, mas sim refletindo para o homem como nos somos, refletindo sobre a humanidade seu próprio reflexo como ele é. O conhecimento da prática do engano no mundo natural é uma via de mão dupla. Conhecer atentamente o outro, por mais distante e alheio que ele pareça é conhecer a si mesmo. A volta é a continuação da ida. Pensar o home a partir da natureza e pensar a natureza a partir do homem.
A proibição de Deus a Adão e Eva de provar do fruto proibido no jardim do éden foi querer abafar a aspiração do homem ao conhecimento. A morte enunciada que Deus prevera ao homem não era a morte do organismo, mas a morte antecipada e precipitada da angustia de finitude que junta e separa de tudo na natureza, ou seja, o engano era pra não conhecer para que este não se solidificasse com os instintos gananciosos da expropriação da matéria prima que lhe imporia a um auto-engano de que o racionalismo lhe seria apenas útil. Então a serpente foi astuta em penetrar na ingenuidade de Eva em saber o que é o bem e o mal. Por isso o casal foi expulso do éden, poderia ter Deus feito das suas palavras em Lucas (23: 34), no momento em cristo ia ser crucificado: perdoai-os, eles não sabem o que fazem. O entendimento é que um fruto desencadeou o inicio do engano a uma mente falível: crer e morder, então nasce o engano original.
 A conquista da linguagem, representou um big bang na expansão do universo do engano. A linguagem nos permite uma troca de informação e coordenação que nos habilita a manipular o mundo em beneficio próprio. O pescador lança da isca para enganar o peixe, o medico aplica a vacina para criar um exercito de anticorpos que se lançam contra o inimigo invasor.o analgésico nos leva a não sentir mais a dor, suprimindo de uma realidade, o anticoncepcional trapaceia o organismo da mulher fazendo como se ele já estivesses grávida.
O bebe humano aprende a engana com o choro ante de falar, simula o choro para atrair a atenção dos pais, ou seja, um uso de linguagem na satisfação dos seus próprios desejos. A experimentação na arte do engano é uma é um componente central nesses aprendizado, como observa Jean Piaget, na psicologia evolutiva e o desenvolvimento moral da criança, a tendência a mentira e natural, cuja espontaneidade faz parte do pensamento egocentrismo, ate aos seis anos ela não sente obstáculo interior a pratica da mentira, mente como se tivesses inventado ou brincando. Se a criança é assim, porque ela tem aquém puxar.
O auto-engano intra orgânico é um jogo baixo, porem aberto, uma introdução química dissimula o metabolismo e subjuga temporariamente o efeito da informação química nativa. Um exemplo é um antidepressivo à base e serotonina que traz alivio que nenhuma outra força de vontade, Le,branca trouxesse resultado imediato. Um outro método, é de burlar o meu relógio biológico em que adiantamos o horário par que se possa enquadrar no tempo certo aos compromissos. A tática é não lembrar, enquanto conseguir esquecer que a informação que esta recebendo é falsa. Existe outro tipo de auto engano, como: escutar um trecho de uma música, pensando que é outra, você iludiu-se. Mas se escutar um trecho de uma música, sem ter estimulo esterno a sua mente, ai pode estar tendo uma alucinação. Se você canta em silencio e se diverte, ai é um devaneio, mas se você escuta Roberto Carlos, ai tenta aumentar o volume do som e não encontra, mas percebe que não há aparelho de som tocando a musica, então é alucinação. A experiência da perda de um membro como perna ou braço,mas que continua sentindo o membro,sua vivencia interna subjetiva nega e desmente a nova realidade corporal.
 A alucinação é o auto-engano intrapsíquico em estado puro, porem longe da vida prática. Ao dormir o homem se retira vida coletiva que circula e se recolhe ao mundo seu próprio, ao acordar ele por vezes se recordar de sonhos, são recordações de experiências perceptivas, reflexivas e narrativas que teria vivenciado no recesso da mente enquanto dormia. A mente que sonha embarca e mergulha inteiramente na verdade subjetiva da ficção que ela fabula, o sonho pode ser fruto do trabalho subterrâneo de sua mente adormecida.
O sonhar acordado pertence ao lado desperto da vida, consiste na criação de uma realidade subjetividade da vida, as maquinações, confabulações de nossas de nossas próprias imaginações, ou seja, conversa com ídolos enquanto dirige, o garoto faz um gol em pleno Maracanã em quanto estuda matemática, o mendigo ganha na loteria e é recebido pelo papa. A faculdade de sonhar acordado está mais freqüente entre a fronteira difusa entre sono e a vigília. Manifesta-se na infância (brincar e jogar), na juventude (se apaixonar); n velhice senil (terrores imagináveis e fevor religioso).
As contradições do auto-engano troca de lugar quando um sujeito vai ao teatro e assiste uma peça em que um ator incorpora um personagem que cospe no chão, trapaceia, fura fila, engana, passa no sinal vermelho, furta um idoso, trai a sua esposa, este espectador reage e ate xinga, mas na vida real este tem os mesmos comportamento, mas só que na representação este não se identifica,porque na verdade este agi no auto engano, o bom sonho acordado do espectador da lugar ao mau sonho desperto do cidadão esperto. O espectador fica indignado vendo sua própria maldade representada no palco, é porque ele não se ver assim.
O enganador precisa ter créditos, então mentir é uma arte. Todos os animais humanos são ativos enganadores e enganados. O enganador auto enganado, convencido de seu própio engano é uma maquina de enganar cada vez mais habilidosa do que o enganador frio e calculista. Para que sua mente não seja lida e decifrada, este embarca nas sua próprias mentiras e desenvolve gradualmente e passa a acreditar nas sua mentiras inocentemente, não desperta duvidas porque não as tem, o espectador não soa tua, ele vive genuinamente o seu papel.       
      O todo poder é igual, maior ou menor a toda a soma das partes, mas ele é inconcebível sem as partes. O coletivo não existe por si, ele é resultante da agregação, as vezes com novas representações, que se origina de uma maioria ou de uma minoria de indivíduos. E o auto-engano de coletivos, como o nazismo, o imperialismo americano, e a síntese miríade do auto-engano, individuais, mas sincronizados entre si. O delírio do todo é o resultado da confluência das partes. A desgraça do auto-engano não se resume a si só, mas a sociedade, mas com freqüência o próprio ator, é como se um inventor que com o passar do tempo não reconhece que eu invento causou tantos problemas, ou seja, o inventor não se encontra perdeu-se de si mesmo.
 No caminho da vida, optamos por trechos com mais ou menor ousadia, deparamos com novas realidades e possibilidades desconhecidas que alteram nossas expectativas. O conhecer modifica o conhecido. As experiências passadas são construções provisórias, sujeitas a revisões drásticas.
 A racionalidade humana se baseia em duas vertentes dos meios e dos fins, ou seja, se o meio é mais eficaz para o melhor objetivo (fim), é o custo beneficio da vida. Então a racionalidade evita equívocos desnecessários. Eliminar as incongruências entre meios e fins, não nos leva ao paraíso, mas evita o “inferno”. Aquilo que vale apena não é fácil, então quando apostamos em algo primeiro pagamos o ganhar equivale concorrer com uma grande quantidade, portanto as possibilidades de derrota são maiores, então a consciência nos torna covarde no ato da decisão que nos faz pensar. Portanto: quando penso, logo êxito.
O que aconteceria se o auto-engano fosse banido da existência humana, como seria se a verdade objetiva prevalecesse sempre, em um mundo em que ninguém já mais se enganasse a si mesmo (local), ou sobre si mesmo (local). Podemos então encontrar valores positivo no auto-engano na vida prática. Isso pode analisado em um trabalhador que na sua vida adulta percorreu o uniformemente o mesmo caminho todos os dias, da sua casa a fabrica e vice versa, numa rotina medíocre este é igual a todos e a ninguém. Pó a caminho do pó, um “gado de rebanho resignado a cumprir a seu destino bilogico, mas sob a uma membrana, esconde-se um homem subterrâneo e vive secretamente sob fantasias de sonhos. Fiel ao naturalismo do destino se converge de forma disciplinar ao finito, não estudou, não aprende um oficio, não faz carreira, mas chega um tempo na sua vida em que a intoxicação da juventude esmorecem. Não projetou, apenas sonhou (quimerismo).
Ao contrario deste, o empreendedor se sustenta naquele que se acovarda de ir a frente que se isola do mundo. O olhar gelado da razão, se os meios congelam, os fins definham. Mas o empreendedor não desiste, uma força o intima, irradia e inflama sua mente a subjetiva vitória, fracasso para muitos, o impele a frente da opressiva probabilidade objetiva de fracasso.
O funcionário anônimo cometeu um suicídio irreal na sua juventude, onde deveria dobrar a aposta em que deveria fazer do absurdo a matéria prima do empreendedorismo. Ele se mantém fiel a tenacidade da juventude, mas com a tenacidade de uma aranha e sempre se sentindo um recém- convertido. Este sempre duvida, recomeça, sem aplausos, sem prêmios é o auto-engano. A honestidade e difícil, se ele (funcionário) acreditasse naquela verdade do bom funcionário se realizaria?
Se do calculo racional resulta a prudência covarde, que seria de Davi sobre a vitoria sobre Golias (auto-engano e Davi), sua inexplicável certeza da vitoria pela temeridade inocente da juventude, nasce o milagre humano.
O maior erro de todos os humanos seria nunca ter errado. Condenar a todos que perderam seria condenar os que acertam na aposta de um projeto. O valor da busca por mas idiota que seja e auto-enganada se revelara a posteriori, não depende do valor da obra alcançada.
Se todo empreendedor investisse so quando tivesses certeza, o mercado definharia. O economista Lords Keynes chama de spirit animal, que é o calculo racional e ação empresarial. A cegueira protetora do empreendedor, filtra a incerteza e exacerba o brilho da realização, portanto é no auto-engano que o empreendedor se realiza. Então o dom de mentir com sucesso para si pode ajudar a manter a chama da vida acesa no momento em que a sobrevivência esta por um fio. O exemplo esta no filme de Beline: “A vida é Bela”, em que o personagem disfarça a realidade do campo de concentração e, transforma tudo em lúdico, para que seu filho não perceba os horrores. É auto-engano. Relatos de que pessoas de Auschwits, que estavam relacionados a crença na cegueira irracional, suportavam melhor, independente do dogma religioso ou político,todos tinham a força da fé em lhe salvar. Alguns ainda tentavam catequizar os outros (escritor Primo Levi).
A mobilização de recursos para sobrevivência explica ausência dos episódios de suicídio nos campos de concentração o que elimina o luxo da depressão, mas só após que olharam para traz que entraram em depressão, então praticaram o suicídio. Então a morte é a fronteira da liberdade, e não alvo da vida, mas seu ponto final. A morte nos priva de um universo de possibilidade a nossa frente: tudo que poderia ser,  mas não será mais. A perda nos acompanha desde início da caminhada, tudo que poderia ter sido mais não foi. Viver é fazer escolha, é aposta em uma alternativa e ignorar as várias outras. O mundo sempre foi assim, não precisa se matar para perder a vida. Enquanto há vida nem tudo está perdido, o remorso e o arrependimento,são lutos do passado errado que não foi vivido. A depressão do agora e condição de crescimento espiritual, e a hibernação da vida que se recolhe para retornar renovada.
A busca do auto conhecimento (conheça-se a si mesmo) e o principio da moderação, ou seja, na da em excesso. O primeiro voltado para a verdade sobre si mesmo e o segundo e o caráter pratico da prudência. Mas busca do auto conhecimento não é o excesso da moderação. O auto conhecimento se desfaz com a clarividência,nenhuma mentira, despistar, nada de peças pra enganar,como seria alguém que não consegue se enganar a si mesmo, ou sobre si mesmo? Como seria sem a ilusão, o sono sem o sonho? Imunidade no anilam spirit de keynesiano. Como seria agir em total transparência, e o que seria aquele que quando não se ousa amar em reserva é que o amor já esta doente. Na mente do homem “curado” do auto-engano não haveria lugar para nenhum pensamento sobre si, seu futuro, e a capacidade de mudar as coisas que não o satisfizesse o mais rigoroso teste do realismo e objetividade.  
Com o avanço do conhecimento se alarga o desconhecido, então o saber cresce a duvida. O desconhecido depende do gral de interesse, se alguém passar uma tarde em uma cidade histórica pode dizer que a conhece, mas se morar nesta cidade e estudá-la poderá afirmar que não a conhece totalmente, nenhum saber é final. A certeza absoluta seria afirmar que o desconhecido tem que ser desconhecido, pois o limite e a fronteira é intransponível ao conhecimento (ópio das crenças). A mente aberta é uma janela aberta para o desconhecido, um radar em alerta, o pensamente se nega ao dogmatismo, uma dificuldade é uma luz.
 Sob a ótica do senso comum, conhecer é a familiaridade, diz a linguagem comum, daí: eu sei = eu estou familiarizado, mas se o objeto revela uma anormalidade ou se comporta de modo diferente, então se percebe que não se conhecia quanto imaginava. Então se tentara domá-la, ou apaziguar a imaginação, ai se retorna a familiaridade. Na abordagem cientifica, alem de falha e inimiga do esforço do conhecer. A sensação subjetiva do conhecimento com a familiaridade é ilusória e inibidora da curiosidade interrogante de onde brota o saber. Portanto o familiar e o mais difícil de ser conhecido verdadeiramente. A familiaridade da visão, não nos permite ver, mas sim a partir da familiaridade cega. Na abordagem cientifica a objetividade substitui a familiaridade e pré-reflexiva de conhecimento como critério de saber. Quando se busca o conhecimento em um ser humano não se quer a sua subjetividade, pois a sua objetividade não e sua propriedade e um atributo daquilo que ele concebe. Para chegarmos a compreensão do mundo como ele é, temos que abrir Mao do nosso mundo, transcender o nosso ponto de vista pessoal, parcial, irrefletido e limitado para buscar. Temos que concebê-lo como se não existíssemos.
A DUPLA EXPUSÃO DA SUBJETIVIDADE
Na evolução da ciência moderna se desenvolveram estratégia distinta de aproximação do alvo comum do conhecimento objetivo, o empirismo baconiano e o racionalismo cartesiano. A mente humana da epistemologia de Bacon e um covil de erros, tudo conspira para  afastá-lo do conhecimento. Todo cuidado e pouco que ídolos tomem conta de sua mente, pervertendo e infectando todo intelecto da sua mente.
O que é real? Na filosofia atomista de Demócrito, o mundo como apreendemos pelos sentidos, não é o mundo tal como ele é.
O AUTO-CONHECIMENTO:  LIMITE DO REDUCIONISMO CIENTÍFICO.
O sujeito se debruça sobre si mesmo como objeto e indaga: ate onde a abordagem rigorosamente cientifica do auto-conhecimento pode nos levar? O filosofo norte-americano Thomas Nagel – uma auto-estrada gloriosa no conhecimento objetivo do mundo, um verdadeiro beco sem saída quando se trata de contribuir para o avanço do auto-conhecimento, ou seja, quando esta em jogo não e o mundo como ele é, mas sim o nosso mundo.
Quando apreciamos uma paisagem há uma interconecção entre sistema ótico e sistema nervoso que remete ao sistema neuro em que as sensações nos permitirá reconhecer o objeto. E inconcebível a noção da experiência subjetiva seja idêntica da configuração objetiva correspondente no cérebro ou possa ser de algum modo, reduzida a ela. Não é. Há um ato intransponível entre o ver de dentro, de quem sente, pensa e ver,  e o ver de fora da abordagem cientifica.por mais que se avance com tecnologias como os ressonância magnético da eletroencefalografia e da neurovisualização em geral, mas o conhecimento cientifico será externo a experiência de quem esta sendo investigado. Mas a subjtividade humana é soberana em seus domínios e não será as suas prerrogativas. o caminho a percorrer é muito longo e incerto, mas não descarta a possibilidade da ciência mostrar de modo convincente.nenhum saber e final. Que nada e o que parece.assim como o homem primitivo viveu num mundo de sonho em relação aos fenômenos da natureza, nos mesmos ainda vivemos em um mundo de sonho em relação a nos mesmo e pouco ou nada sabemos sobre as causa verdadeiras das nossas ações na vida prática. Se um dia ocorrer essa descoberta, o nosso auto-engano terá sido cósmico.
DIALOGO, MAIUEUTICA E AUTO-CONHECIMENTO   
Conheça-se a si mesmo- o auto-conhecimento é o viver que leva o viver ao outro viver. Se a vida errada e irrefletida e conseqüência inevitável do autodesconhecimento satisfeito consigo mesmo, a vida ética pressupõe o empenho e a capacidade do homem de buscar de forma continua e incessante a verdade sobre si. Sócrates não se apresenta como interlocutor da verdade ou do credito positivo ou doutrina a ser inculcada na mente do interlocutor, mas há um duplo movimento: render a ignorância e extrair a luz da escuridão, a mente do outro e o lócus privilegiado da ação, este e instado a reconhecer um duplo auto-engano, ele imagina a conhecer o que de fato não sabe, mas ele sabe mais do que imagina saber. “só sei que nada sei” e a condição de ignorância que Sócrates assume. A vida filosófica e o auge de uma alma, e que a morte bem refletida, vale a penas se morrida. A orientação fundamental da filosofia socrática não é o auto conhecimento como um fim em si, mas como o caminho que leva a se incorporar ao aperfeiçoamento do ser.
Conheça-se a si mesmo, não e a busca do conhecimento objetivo como que trouxe a neurociência, mas parece que o saber externo nunca e final, o saber sobre nos e sempre inicial. A existência da maiêutica socrática, alem da pletora da abordagem terapeuticas em psicologia direta ou indiretamente tributaria dela, e testemunho da opacidade da mente humana, para o próprio homem. Ao contrario dos saberes positivos que o tempo assimila, destrói e ultrapassa, a injunção socrática do auto conhecimento tem o dom da eterna atualidade.
 A INTROSPECÇAO E AUTO-ENGANO: EPISTEMOLOGIA.
Por mais que se queira buscar e viver a experiência interna do outro, mas o centro de gravidade de nossa mente será sempre a nossa própria experiência subjetiva. Ninguém se move de si. Nem os sofisticados neurocientistas poderá ver de fora, é a humanidade inteira quando se trata dos processos e estados mentais de cada um.
As percepções internas são de difícil acesso para nomeá-las a não ser por analogia de aprendizagem que ocorrem nas impressões sensoriais externas, quando alguém esta sonhando ou alucinando certa sensação, alguém pode acordar e mostrar que foi imaginação, ao acordar se reconhece o auto-engano, mas a realidade da sensação vvida no sonho é inespugnável. O cognitivo da introspecção e aguda, quando não são conteúdos simples,como: dor de dente, mas a busca do auto-conhecimento em sentido amplo. Acesso privilegiado de cada indivíduo a sua mente (pensamentos, desejos, sentimentos, fantasias, ao contrário das sensações simples.
Dos vários filósofos que buscaram o auto-conhecimento que mais sintetiza foi Wittengenstein: “nada é tão difícil quanto não se enganar a si próprio”. Para Froyd, Nietzsche foi o que chegou mais longe na busca do auto-conhecimento. A ignorância do homem sobre si mesmo estamos fadados a nos mal entender, não há ninguém que não seja desconhecido de si mesmo. Vale para toda eternidade. Montaigne declara que quem se examina de perto nunca se vê duas vezes no mesmo estado.  Não se pode aplicar a si,  o mesmo juízo completo,simples, sólido, sem confusão nem mistura e nem exprimir com um só palavra. Nada e igual a nada, o auto-conhecer modifica o conhecido. Na observação do mundo externo, em condições normais, o objeto tem uma existência separada e independente do sujeito, o que abre espaço para entendê-lo como ele realmente é. Na introspecção já mais é assim. O problema do sujeito no objeto, não é exclusivo de autoconhecimento de introspecção.
Ao ouvirmos nossa voz gravada tendemos a errar em dizer que e nossa ou não mais do que o aparelho polígrafo, quando estamos com a estima baixa, tende ao não reconhecimento da voz, em estado de elevada estima, tende erroneamente a reconhecer a voz que não é nossa. A interferência da subjetividade aparece da variação da capacidade de identificar a própria voz gravada. O auto-engano esta na inconsistência nas respostas oferecidas pela condutividade térmica e medida pelo polígrafo, e as respostas dada oralmente pelo sujeito, de outro, e como se o corpo soubesses corretamente, embora ignorando saber, aquilo que a mente ignora, embora acreditando saber. Apesar de ser nossa a voz, mas está vindo de fora, imagine a quantidade de vozes que ouvimos cotidianamente, pois as interpretações são de conjugações mentais e emocionais que resultaria em trapacear a sim mesmo.
Se fizermos uma pergunta se somos ou não honesto com nos mesmo, ou se trapaceamos, mentimos e dissimulamos toda vez que questões desembaraçosa aflora a consciência,mas como crer,  delibera honestidade, então ai não iria trair a si mesmo, mas uma suspeita. Armadilha ingênua. O desonesto não precisa se convencer de que desonesto. Então ai precisamos fazer um balanço mal explicado para convencermos de alguma coisa. Mas como saber, ninguém e bom como juiz de si mesmo, então seria preciso considerar alguém que faça isso sem parcialidade a seu respeito, mas para ser imparcial, alguém deve conhecer a nos por dentro, conforme Aristóteles. Então seria necessário a confissão de si para outro, mas suponhamos que sejamos desonesto com nos mesmo.mas se preciso contar tudo a um terceiro, isto e uma prova de que desconfio de mim.mas se desconfio de mim a ponto de buscar juízo externo, então como confiar em um relato confessional que faço. Quando a desonestidade está fraca e anêmica ela deseja parecer honesta, mas quando esta forte ela já nos convence de que já o é.
A MOTIVAÇÃO E AUTO-ENGANO: PSICOLOGIA MORAL
  A abordagem da psicologia moral procura determinar a direção predominante e os conteúdos particulares das crenças enganosas que formamos sobre, sobre, ou para nós mesmos. Nas lembranças de cada homens tem coisas que ele só revelara pra seus amigos e tem coisas para si próprio e tem outras que tem medo de revelar ate para si mesmo e há homens honesto que considera isso, quanto mais respeitável mais considera isso.
Os círculos concêntricos do ocultamento de si descritos pelo homem subterrâneo tem um centro comum. Na mente de cada ser tem coisas que ele prefere que estranhos não saibam, e mais perto do centro, coisas que os íntimos não devem saber, mas há coisas também que ele próprio – o centro alerte que determina o que os outros devem ou não saber – preferem não saber. O auto-engano do ponto de visto psicológico e a continuação do engano interpessoal por outro meio. A idéia e que o centro precisa se proteger para preservar ou prestigiar o valor de sua existência. Há uma resistência interessada em por parte do sujeito que filtra os conhecimentos que os outros poderão ter acesso e bloqueia de acesso que ele mesmo tem de sua mente. A rendição da guarda e o colapso dessa resistência protetora do centro que implicaria em dupla perda: respeitabilidade dos de fora e de si mesmo a sensação de que é honesto e respeitável.
A opinião dos outros no fundo é a nossa. E a opinião do que temos da  opinião dos outros sobre nos. Parecer bom e cuidar e zelar par que sejamos respeitáveis perante todos e merecedores da a provação alheia, não basta o decisivo é sentir-se e acreditar-se bom. O ponto cardeal do individuo a sós consigo é convencer-se sinceramente de que e honesto por dentro e merecedor da aprovação interna e externa. O auto-engano não esta no esforço de cada um parecer o que não é, mas na capacidade de sentir e de acreditar de boa fé que somos o que não somos. As águas do auto-engano bebem em varias fontes, se o desejo de pensar bem de si mesmo leva-nos ao auto-engano com freqüência, o mesmo se aplica simetricamente de propensão mórbida à auto condenação ou ao desprezo e repugnância por si próprio.
A experiência na qual vivemos não é um experimento controlado nem se presta ao método experimental, como tornar claro e evidente, nessas circunstancias os enganos qu alimentamos e as mentiras que contamos para nos mesmos. Esse fato pode ser observado na ciência, como Darwin que lutava contra a propensão de mentir para si mesmo então uma ameaça nos subterrâneo da ciência em que tinha um amor próprio a domar seu pensamento. O ideal da objetividade cobra do sujeito do conhecimento uma disciplina que não e apenas técnica e intelectual, a ética e imprescindível, boa conduta da mente da honestidade de não se dar por sabido o que se ignora, o respeito a evidencia de não se dar por convencido e a disposição de não facilitar as coisas para si  mesmo. Wittegenstein aconselhou um aluno seus; “você não conseguira pensar decentemente se não quiser ferir-se a si próprio. Há uma distancia entre o desejo de saber e o descoberto, de um lado, a crença auto-enganada do sabido e do descoberto, de outro se esconde a diferença entre o admirável e o grotesco nos anais da ciência. Se o auto-egano na vida especulativa é risível, na vida pratica é pode ser trágico.
O fevor religioso mobiliza aquilo que o homem tem de melhor e mais genuíno e colocá-lo aquilo que tem de pior, da mesma fonte sincera e sagrada que se gera o amor pelo próximo também se cria a cegueira que santifica a perseguição e extermínio do semelhante. Combinação de grandeza e perversidade – de uma superestrutura divina no acreditar a serviço de uma infra-estrutura demoníaca do fazer. O grau direto desta força é acreditar. A conduta inquisitória nos revela ate que ponto o auto-engano do fanatismo religioso. As sentenças do auto-de-fé tinham uma clausura  em que os hereges que fizessem retratações seriam privilegiados a forca sem passar pelo fogo, par o devoto isso era uma blasfêmia, tomados por um senso de justiça divina, estes tomavam os hereges das autoridades religiosas e seqüestravam e os queimavam em carne viva em praça pública. O dirigente nazista Hinmmler, o executor dos crimes considerados de crime era considerado como o “Inácio de Loyola”. A um fio secreto ligando o auto-engano trágico de coletividade com imagem delirante de justiça, regeneração e superioridade e o auto-engano de unidades simples, ambos tem haver com as parcialidades que temos sobre e juízos motivacionais. O auto-engano coletivo em grande escala é a resultante trágica e grotesca de uma multidão de auto-enganos sincronizado entre si no plano individual.
Há situações que vista de fora e de longe, parece absurda e desumana, mas não foram para aqueles que estiveram perto e dentro e as viveram. Pessoas terríveis covardes, porem tão humanas quanto nos. Guerras, epidemias, hiperinflações, fomes, nos revela com raras exceções, comportamentos e traços de caráter que desmentem as ilusões que alimentamos sobre nos mesmos em tempo de paz e normalidade. Não há nada mais do que fácil do que apontar s erros, preconceito e fanatismo dos outros enquanto permanecemos cegos e insensíveis para os nossos próprios.
ENGANAR O PRÓXIMO COMO A SI MESMO
O auto-engano não e a ignorância simples de não saber e reconhecer que não sabe. Ele é a pretensão ilusória e infundada do autoconhecimento – o imaginar que se é sem sê-lo. O acreditar convicto de que seduz e ofusca, a fé febril que arrebata, a certeza de saber sem saber.  Quando alguém assume em publico que não tem vaidade esta se referendando como possuidor de forma bruta. Afinal para quem este esta mentindo para si ou para o público. O hipócrita e calculista, ele mede os efeitos de seus atos, e coloca-se na posição do outro para acertar a pontaria. Esse alguém não esta sendo hipócrita, pois ao assumir a público que não tem vaidade, provavelmente não diria, pois não tropeçaria em suas próprias palavras, essa contradição não tinha a intenção de enganar cinicamente os outros. Esta tomado para si a tal ponto que não pode admitir nem para si que a possui. Pois mentindo para si este evita o desprezo para si mesmo. O auto-engano e aqui de tal ordem que prejudica a inteligência e a capacidade de enganar o outro.
Por pior que seja aos olhos dos outros, nenhum homem consegue suportar uma imagem horrível e repugnante de si mesmo por muito tempo. O odor do nosso próprio escremento não nos ofende tanto quanto os dos outros. Remover a paixão louca do homem por si, é feder na suas próprias narinas se auto considera como imundo. Goethe – “se conhecesse a mim mesmo me desatava a fugir”. Portanto o homem subterrâneo prefere não saber. O homem não se vê no próprio tom desagradável da dos ouros o que é uma vaidade suplementar.
O homem que odeia a si mesmo não é capaz de amar alguém. O amar o próximo como a si mesmo passa pelo amor próprio. Mas amar a todos equivale a não amar ninguém. Distribuir o amor de forma igualitária seria destruir o amor. Quem diz que amam o próximo como a sim mesmo não pensa no que fala ou esta mentindo – exemplo: alimente-se e dorme enquanto tem gente dormindo e passando fome nas esquinas. Se o amor próprio vem primeiro, o auto-engano não ficara atrás, e impossível enganar o próximo como a si mesmo.    
  A LÓGICA DO AUTO-ENGANO
 A QUADRATURA DO CIRCULO.   
Enganar o outro não é problema a ética sofre, mas a lógica não grita. A arte de manipular o outro em beneficio próprio: a criança choraminga, o craque catimbeiro se contorce de dor no gramado, o sedutor jura amor eterno, o autor plagia, o sonegador burla o fisco, o demagogo promete e o político corrupto simula espírito publico. O credito fácil da vitima e o grande é grande aliado do enganador. A assimetria de informação que existe entre nos e o que permite fazer um quadrado na mente do meu interlocutor.
A quadratura do circulo em minha própria mente é preciso que eu minta para mim mesmo, e ainda por cima que eu acredite na mentira, é como fazer cócega em si mesmo. Obviamente há limite para o que somos capazes de nos fazer acreditar, pois seria difícil ter visões comendo merda. A mentira aberta se ela entra em campo, derrota-se a si mesma. Mentir pressupõe a intenção não revelada de falsear a realidade, e isso independentemente da verdade do que se diz. E como se chamar alguém e dizer que vai lhe contar uma mentira, mas vai ter que acreditar, pois é seu melhor amigo. Não é pedir demais! O auto-engano é incompatível com a intenção consciente de enganar-se a si próprio. Pela sua própria natureza reflexiva e auto-referente não pode ser deliberado ou planejado de forma calculada. É mais ou menos como o blefe, trapacear, fraude ou engano a terceiro. E a noção do auto-engano voluntario e deliberado, em que o mentiroso trama e calcula sua próxima mentira. É uma contradição lógica.
O hipócrita interior que vive em segredo e diferente do social que nos ronda e assedia dissimulado e sabe que a melhor maneira de persuadir é não persuadir. A mentira que contamos a nos mesmo não mente, seduz, se reveste do semblante da verdade para melhor mentir. O exemplo é do político que se declara ate a morte e que acredita que o melhor candidato, com a melhor das intenções e absoluta boa fé, capaz de realizar promessa que ele como eleitor ou observador imparcial, já mais acreditaria.
A diferença entre enganar o outro e enganar si mesmo, o auto-engano é por natureza, uma ocorrência passiva, ou seja, fechada à atenção consciente. Não há lugar para má-fé e a tapeação interpessoal. Ela é fatal para o trabalho subterrâneo e anônimo do hipócrita interior. Estamos tão acostumados a nos disfarçar dos outros que acabamos nos disfarçamos de nos mesmos que pode haver uma descontinuidade entre ambos.as mentiras que contamos aos outros são premeditadas e a nos não são. O auto-engano viceja em câmara escura. E claro que nem toda vez que alguém engana outro seja premeditado, muitas vezes a mentira se torna tão involuntária como a transpiração. Assim como o engano interpessoal, nem sempre é involuntário, mas com certo tempo começa a cobrar, sob pena de ser exposto a execração publica, uma tenção consciente de quem pratica. O hipócrita social quando se atrapalha nas suas próprias mentiras está falido, no auto-engano é oposto: o caráter involuntário e espontâneo do processo é indispensável, se a atenção consciente o ilumina e a mentira se revela no que é, o auto-engano perde o apelo, murcha e definha. Tentar forçar o auto-engano, é mesmo que tentar obrigar alguém a acreditar em algo. Quem contra a vontade é convencido, cala e obedece, mas não se da por vencido. A toda ação repressora corresponde a uma reação igual e contrária.
A importância do poder não se restringe a palanque, a trono. O mesmo tipo de resistência surda à de cima tende a prevalecer na dinâmica do auto-engano. Querer não é poder. A mente humana é capaz de coisa virtualmente milagrosa quando se trata de apostar no imponderável ou enquadrar o círculo. Nem o céu a limita. Se desejo convencer-me de  algo que não acredito, ou desfazer –me de algo em que não consigo deixa de acreditar, o Maximo que posso fazer é buscar mecanismo indireto que me conduza à crença desejada.
LIMITES DO COMPORTAMENTO PROPRICIATÓRIO
O choro involuntário pode ser ligado ao transporte situacional, como lembranças de infortúnio, tristeza, desespero ou dor, serve para disparar o gatilho do choro,mas a arte também pode provocar uma cadeia de choro, pois se quiser chorar sem a introspecção,basta seguir a arte do teatro etc. a magia da arte do transporte situacional é que ela nos faz esquecer de nos mesmo e sentir sem ta sentindo.
 Se você quer dormir e não consegue, você precisa adormecer a atenção ao problema ate que a onda do sono encubra a sua mente.
O PARADOXO DA MORTE ANUNCIADA
O que foi e não foi não pode ser mudado. O que será e não será, ninguém sabe ao certo. Na experiência subjetiva que temos do tempo, os futuros não percorridos (sentenças jamais escritas) pertencem à arvore do passado de uma forma distinta dos galhos e troncos (sentenças escritas) os galhos futuros (sentenças a serem escritas) não pertencem a essa arvore,mas ao povir. Nada descarta a possibilidade de que estejamos enganados de que o futuro, seja na verdade, tão fechado quanto o passado.
O tempo passado e presente, anima o universo e de todas as coisa que o constitui, sendo que passado e presente se equivale, são apenas dois nomes, separados pela ignorância humana. O universo seria um livro editado e já escrito tudo em detalhe e que estaria constituído em seu rodapé um ser bípede. O livro não escrito de antemão, mas o que se escreve nele não passa pela autonomia de nossas mãos. A conjectura laplaciana Poe em cheque é a crença de que o animal humano esteja genuinamente escolhendo o que faz e o que deixa de fazer na vida. Se aceite ou não a uma idéia de um universo fechado à escolha humana, não há como incorporá-la a nossa realidade. Mas se for fechado é verdadeira então o auto-engano da humanidade é absoluto. Então a subjetiva sensação de liberdade ao agir no mundo é patético. Se o determinismo é falso, como tudo em nossa experiência subjetiva nos faz crer então o auto-engano não é absoluto e universal. Autodesconhecimento humano não chega a tanto. Ele é uma contingência de seres falíveis e limitados na arte de auto-conhecimento. A assimetria na percepção humana do tempo ajuda entender uma classe importante e auto-enganos.o passado é plástico, o presente efêmero é o futuro incerto. O auto engano pode ser a negação do passado e do presente.
CENAS DE UM DESPERTAR NEGOCIADO
Sono é habito. Quando está bem enraizado, adormecer despertar são quase são quase automática.mas quando a rotina se quebra e o habito do sono descarrilha, a vontade do sono consciente precisa ser mobilizada. Ao de adormecer passa a defender de comportamento propiciatório adequado um agente químico soporífero) e o ato de acordar passa a exigir ao contrario.
O grande álibi do auto-engano, e a promessa de dormir só mais quinze minutos e cumprida, verdade ou mentira. A facilidade espontânea de acreditar naquilo que vai de encontro aos nossos desejos. A fome do sono do corpo, como é natural, alimenta e embriaga a mente de dormir. A verdade que mente é uma inocente culpada. Inocente porque verdadeira; e falsa quando chega a hora. O cúmplice do hipócrita interior é a disposição de acreditar no ouvinte, mas toda crueldade tem limites; se alguém resolver que vai dormir só quatro horas por noite, a platéia inferior recebera com gargalhada. A armadilha dos quinze minutos é a falsa capacidade regenerativa (Don fênix) é a propensão da verdade que sabe mentir.
DELÍCIAS E ARMADILHAS DO AMOR PAIXÃO
O engano pessoal baseado na dupla coincidência do auto-engano recíproco e culpado, assim não se sabe quem engana quem. De um lado o auto-engano com seu arsenal de verdades com apetites que mentem; de outro o alvo perfeito – o auto-engano com apetite de mentiras. A mais doce canção de liberdade vem do cárcere. O exílio engrandece a pátria. Os pobres não riem da riqueza dos ricos para quem sofre com o trabalho, o ócio é um premio ardente e desejável. A garota de corpo dourado cheia de graça, é sempre a que vem e a que passa, nunca a que fica.
Existem dois núcleos de interesses: apetite por sexo e amor na vida privada, e apetite por riqueza e poder na vida pública, alem de fixações involuntárias de crença e o exercício de prometer auto-engano. Os apaixonados perdem o sono, dançam na chuva e ouvem estrelas, loucos um pelo outro. Unidos na manhã radiante do amor-paixão, vitoriosos, nada de mau os alcança, exceto os seus próprios enganos.
A paixão entre os sexos, quando ela explode, é o nada que é o tudo. Os amantes se idealizam em tanta beleza no impossível, imploram, juram, prometem e suplicam amor eterno. A certeza de que já mais amará outro é arrebatadora. A carícia é bênção, o beijo é reza e a copula é comunhão. O que estava escrito é pecado negar. O único problema que o orgasmo, não dura para sempre. O amor-paixão é amor mortal- eterno enquanto dura, infinito enquanto brilha. Depois de sexo ardente, o sol da certeza não brilha, a sobra da duvida aumenta. A tirania libertadora oprime a esperança desafogada e a beleza luminosa embaça. A ilusão da largada, se esgota. Aos amantes só resta a desilusão e a volta a mesmice.
O prometer apaixonado engana, mas não mente. A melhor maneira de enganar o outro e estar auto-enganado. O amor entre ambos formam um par perfeito, o apelo da paixão é mais forte que eles. Ambos acreditam sinceramente um no outro e entre si. A paixão do inicio não é a paixão desde o fim. O jovem apaixonado que jura amor eterno é o conjugue infeliz no casamento que promete no calor do leito, divórcio em breve e núpcias a seguir. Estarão mentindo. Só o tempo dirá. Quanto o cumprimento das promessas só o tempo dirá. Mas na integridade no valor da verdade no instante da promessa, como duvidar (Hamelet – Shakespeare).
Quando o amor que sinto jura a mim mesmo que é todo verdade, acredito, sim, no que diz, e ai de quem suspeite falsidade!
A HIPINOSE DE UMA BOA CAUSA.
Convencer a si mesmo – no inicio e ao longo de uma jornada, de que vale apena apostar alto numa grande estratégia de ascensão e liderança na vida pratica é outra história. Para embalar o ouvido e empolgar a platéia interna, a música tem que vir de dentro. Ela precisa seduzir e nos convencer sinceramente de que sabemos o que queremos,merecemos o que pleiteamos e estamos justificados em nossos próprios olhos em nutrir tais pretensões. Mas se o querer por qualquer motivo é inconvicto, e ilegítimo para nos mesmo. A ambição não cola e não decola.
A busca do poder na vida pública nos ensina, que nenhum líder, inspira mais confiança em seus seguidores do que aquela que depositamos em nos e demonstramos ter. duvidar de si para o líder, duplamente nocivo: diminui o entusiasmo e mina a inspiração, alem de inocular desconfiança e desanimo nos seus seguidores.
O caráter espontâneo do processo de formação de crença do líder aparece com clareza nos seus argumentos a argumentos contrários a tema polêmicos, mas a convicção exagerada são estupidez, pensar a favor de si mesmo, cultivar e respirar as crenças que tanto nos revigora por nelas acreditarmos, tem o efeito oposto. Premiado entre os imperativos conflitantes do saber e do agir, o líder engajado não hesita. O hipócrita interior no dorme no ponto, o auto-engano é a boa consciência. Encontre um grupo de pessoas firme que não hesite e o faça responder sobre temas polêmicos como: aborto, eutanásia, pena de morte, esterilização gratuita e etc., os argumentos devem ser a favos e contra, sendo que um é plausível e outro é absurdo, por algum tempo depois pergunta a elas se recordaram? A hipnose da boa causa é cega, elas só recordarão dos pontos plausíveis que sustentam seus argumentos favoráveis e os contrários que se opõem a ela, tudo com maior naturalidade.
O revolucionário vive fora de si, possuído por uma verdade que o transcende, é o porta voz da providência, é a encarnação humana e incorruptível da vontade geral, o seu corpo fala e o coração pensa. Se você pensa na vitoria, dorme e sonha com a vitoria, você está fadado a vitória um dia. A vitória tem a força irresistível da fatalidade, Nenhum sacrifício é demais. A honestidade e a boa fé da cegueira são a senha do auto-engano e sua condição de eficácia.
O auto-engano revolucionário é o recurso a autoridades mais altas que sancionam ações e golpes mais baixos, deuses e profetas mortos são mais dóceis: a autoridade dos mortos não afligem e é definitiva. Cromwel derrubou a monarquia britânica com a brandindo a bíblia, o aiatolá revolucionário encontrara tudo que precisa no Alcorão, a seita japonesa “a verdade suprema” tirou do quietismo budista a sacão espiritual para jogar  gás venoso o metro de Tóquio. Robespierre, o incorruptível implantou o terror e operou a guilhotina, invocando a moral rousseauniana.
 A inocência do prometer revolucionário tem a pureza da fantasia libertina de uma virgem. A experiência de longo período na oposição suscita a certeza da ilusão sobre a possibilidade da vitoria e transformação do mundo por meio da ação política. O paraíso prometido é fruto da mais dedução da dialética do devir histórico. Conquistado o poder as soluções caíram como fruta madura. Como é belo o futuro na aurora da revolução.
A FORÇA DO ACREDITAR COMO CRITÉRIO DE VERDADE
Sonhar e acreditar no sonho é o sal da vida. Viver na retranca sem a esperança e sem aventura, não leva ao desastre, é verdade, mas também não leva a nada. Pior, leva ao nada da resignação amarga e acomodada que é a morte em vida, é o cadáver adiado que procria. O problema não esta em sonhar, mas na qualidade do sonho e na natureza da aposta. Aquilo que somos e aquilo que fazemos podem ter pouco a ver com aquilo que acreditamos ser ou estar fazendo. Pessoas que vivem por máxima paixão, vivem na máxima fragilidade. O acreditar é aliado do instinto. O homem com sua malícia está indo, a natureza com sua inocência esta voltando. As relações humanas são os que são: a paixão entre o sexo detesta a temperança e a paixão política tem horror a dúvida, nem todo erro implica auto-engano. É a exacerbação a crença de que verdade foi encontrada e as certeza e convicções que nos impele a frente tem o valor cognitivo de uma revelação divina que trai o processo espontâneo, contrabando e auto-engano.mas duvidar dói, então a certeza que tenho sobre a verdade é a dúvida. A força de acreditar faz milagre, é verdade, mas não a torna critério de verdade. O home é um deus quando sonha e um poeta quando reflete, sob a ótica do auto-engano, o contrário dessa verdade não é menos verdade, o homem é um mendigo quando sonha, mas compartilha algo divino quando reflete.
PARCIALIDADE MORAL E CONVIVENCIA HUMANA
FRONTEIRA DA IMPARCIALIDADE: INDIVÍDUO E ESPÉCIE
A parcialidade é inerente a condição humana. Todas as coisas se ajustam a nossa visão sem nos pedir licença, ao nosso olhar. Se a retina comporta o infinito do horizonte, porque sentir se humilde e diante da vastidão do cosmo. Visto reverso é um cisco no céu. Se o sistema solar não passa de um ponto no universo infinito, como não se sentir irrisório diante do infinito da vastidão do cosmo?
O funcionamento interno da nossa mente, funciona igual ao nosso metabolismo. A parcialidade natural dos sentidos e do corpo, corresponde no campo psicológico, a parcialidade espontânea da vida mental de cada um: nossos sentimentos, desejos, crença e interesses, tudo aquilo que se relaciona a nossa pessoa tem uma magnitude de importância subjetiva. O mental é solidário com o orgânico, mas felizmente mais flexível. O home pode medir os outro as partir das suas experiências, como o paladar que serve de parâmetro para conhecer e julgar e perceber os outros a partir de sua perspectivas internas.
 Ninguém pode viver fora d sua individualidade, despencaria no abismo do desespero, ao amar ao próximo como a si mesmo, se auto-destruiria, se alguém dessa forma existisses, não e viveria por muito tempo, seria um homem esvaziado de sua humanidade.
Uma opção seria nos transportamos a outros seres, como fez o filosofo Xenófanes, os cavalos fariam imagens de seus deuses com a imagem de cavalos e bois como boi, cada um deles fariam imagem de suas divindades com os corpos iguais aos seus corpos. Outra opção seria nos transportamos para fora do universo, a pretensão seria nos conhecer de fora, perceberíamos que somos uma grande quantidade de mosca ou formigas brigando, se dizimando, lutam entre si, se armam ciladas, se roubam, dão cambalhotas, brincam,nascem, morrem. Um minúsculo animal está destinados a perecer tão rapidamente, a uma guerra, a uma epidemia. O drama contado por alguém de fora sobre a humanidade, sobre a frieza analítica e crítica perde a dramaticidade, não teria nenhum significado. Ao sair de si, olhar para si, e voltar para si, o ser humano cai momentaneamente em si, mas em nenhum momento transcende definitivamente a si mesmo ou deixa de ser quem é. Ao caminhar sobre a sombra da distancia que ele mesmo alimenta o que o afasta de si, o animal humano se descobre diminuído e aterrado por sua própria sombra.
 O CENTRO SENSÍVEL DO UNIVERSO
Os limites da imparcialidade existe e não podemos transcendê-los, mas quando se passa da parcialidade natural de cada um por si próprio. Qual o limite? A população ao receber uma noticia de grane impacto como a tragédia da queda de uma avião, muitos se consternariam com as vitimas e a família, mas horas depois,poucos estariam comentando,pois cairia no esquecimento. Imagine uma pequena pane de um avião em que o piloto teria que fazer um pouso forçado, mas pela ignorância dos passageiros há uma grande fobia que provoca desequilíbrio e gritos. Passado o susto, vários passageiros do suo estariam contando a seus familiares, mas o fato não foi ao ar por emissoras, este fato trouxe efeitos em que pessoas não mais usaram avião, tiveram pesadelos e insônias, mas nada aconteceu de pior. Será que se houvesse uma outra opção de correr o risco de acidente, mas com a probabilidade de morrer no Maximo dois passageiros  para evitar o grande desastre para evitar o acidente trágico com morte, os passageiros do pequeno acidente se voluntariavam ao risco, inclusive um de nos estaríamos lá. O juízo da balança. Quantos d nos estaríamos disposto a aceitar a salvar estranhos, se a mesma possibilidade de escolha fosse feita as vitimas do outro avião não haveria nenhuma duvida. É claro que nos também não teríamos duvida também. A preferência espontânea por si mesma, ganha proporção de uma paixão subterrânea.    
DISSIMULAÇÃO SOCIAL E PARCIALIDADE MORAL
Ninguém consegue pisar fora do círculo da sua individualidade e ser o outro para si próprio. A hipocrisia é um tributo que vício presta a virtude. Tem pessoas que preferem ser respeitadas e elogiadas pelo que não são, a serem tido em menor pelo que são. Um ladrão bem sucedido no furto ou na fraude desfila sua riqueza sobe o olhar deslumbrado dos que estão a sua volta com o mesmo orgulho e presunção de um novo rico perfeitamente honesto em seu negócio.
 A dissimulação social é a arte de administração de impressões, exemplo: pessoas que finge o que o seu interlocutor está falando, do falso amigo. O dissimulado se ampara no véu da moralidade socialmente aceita, a fim de encobrir ações que desmentem o que ele aparenta ser. O padrão moral e transgredido e o ator social pode sair ileso da trama, mas não há duvida sobre o caráter da ação. Cada um de nos é um juiz  competente com uma noção adequada de certo ou errado. Cobrar dos políticos mais ética é fazer caridade com dinheiro dos outros.
PARCIALIDADE MORAL: EXEMPLOS E DISCUSSÃO
Uma pesquisa americana comprovou que de cada dez motoristas, nove se acham acima da media, mas não comprovam a estatística, mas pode ser que muitos dos que se declaram abaixo da media podem estar na verdade acima da média o que não superestimam a sua pericia ao volante. A foto é que a opinião pessoal dos motoristas, baseadas na opinião interna que eles tem sobre suas habilidades, não bate com suas percepção externa e generalizada dos que interagem com eles nas ruas. Fica perceptível assim, como cada um de nós descobre nos outros as mesmas falhas que os outros descobre em nós.
A paternidade do sucesso costuma ser intensamente disputada. Quem no tribunal silencioso da própria alma, julga o que tem o que merece ou recebe mais do que dá? O estado depressivo a mente leva o homem se privar da boa vontade de si mesmo, e fácil desprezar a morte quando não há perigo. Na vida publica e privada não deve se enganar na distancia da calmaria engana, pois todos estão dispostos a prometer, seguir e se for possível em ameaça de morte ate morrer pelo Estado (Maquiavel),mas em tempo de calmaria o conforto toma conta e estes se afastam. Muitas das mulheres que decidem a parto normal se o uso do anestésico,  mudam de opinião no instante do parto. Após o parto retornam a opinião original, inclusive varias chegam a culpar os médicos pelo anestésico. Como entrar numa guerra sem acreditar na culpa do inimigo, como entrar num debate sem estar coberto de razão.
O rei Davi deseja a mulher (Betsabéia) do soldado Urias, e este a engravida, o rei preocupado com os problemas culturais em a mulher poderia se apedrejada por adultério. O rei preferiu sair pela porta da dissimulação social, já que o soldado estava em concentração. Mandou o rei chamá-lo para que ficasse com sua esposa e coabitassem. Mas o guerreiro tentou ao rei que deveria estar junto aos demais, visto assim que o seu soldado era extremamente fiel, determinou que o general Joabi colocasse no fronte de guerra. Após se certificar que sua estratégia criminosa deu certo, Davi simula pesar, mas casa-se como a viúva. A vida retornou ao seu curso normal.mas Davi desagradou ao Senhor (consciência). Tempo após, o profeta Nata descreve ao rei que um homem rico que tinha muitas ovelhas ao receber um visitante lhe trata com um banquete, mas que este tirou o única ovelha de um súdito pobre que tinha esta única. O rei se indigna e manda que o homem avarento pague quatro vezes, alem da pena de morte. Mas o profeta diz que o homem é o próprio rei, o ardil do profeta iluminou o ponto cego da consciência do rei.  O rei cai em si.
O profeta não acusa o rei, aguça o senso de justiça e o provoca a cortar a própria carne. Assim foi retirado o monstro e atiçado a fera, retira a mascara e ergue o espelho. A injustiça que Davi não tinha dificuldade de descobrir no outro, a ponto de condená-lo com tamanha severidade,mas não era capaz de ver em si, apesar da tamanha diferença entre os dois fatos. O auto-engano do menino Davi levou-o a enfrentar Golias, o auto-engano do rei fez com que ele banisse da memória ativa o assassinato de Urias. Mas a visão  repugnante do próprio crime refletido no espelho da consciência (ardil do profeta) rompe o dique da memória e da culpa represada. O cordão sanitário do auto-engano arrebenta e o passado se insurge. Davi desmascara Davi. O ponto cego enxergou.
O CANTO DA SEREIA INTERTEMPORAL
A arte de ouvir, negociar e administrar impulsos dentro de nos mesmo, envolve o exercício e uma autoridade interna – intrapessoal – que nos expõe a um campo minado de emboscada e possibilidade de auto-abuso.
As sereias eram criaturas sobre-humanas: ninfas donas de uma beleza e de magnetismo sensual. Viviam sozinhas numa ilha do mediterrâneo, mas tinham o dom de atrair os navegantes graças ao irresistível poder de sedução do seu canto. Então atraídos os navios batiam nos recifes, estes naufragavam e foram tragados pelas sereias, o litoral era um cemitério de ossadas. A literatura declara duas soluções: Orfeu e Ulisses.  
A mitologia grega fala do canto da sereia que ninguém conseguia vencer e não ser tragados por tal trama. Orfeu com poder mágico da música tocou com sua flauta e superando tal canto, o que evitou seus tripulantes a morte. Ulisses não tinha nada de pode para superar tal canto, mas reconhecia a sua fragilidade por tanto, no momento da passagem no local em que todos eram encantados mandou que todos tripulantes tampassem seus ouvidos com cera, e ordenou que o amarrassem e que ninguém deveria desamarrá-lo, pelo contrario deveriam cada vez mais ajusta. Ulisses sabia que não suportaria,mas queria ouvir, queria se seduzir por algo que o enlouqueceria, queria ter conhecimento da experiência no tempo e no espaço do canto da sereia, não queria se furtar do desejo, do prazer imediato, não importando o sacrifício, o que salvou Ulisses não foi a consciência da falsidade moral do canto da serei,mas da sabedoria de não superestimar em momento algum a sua capacidade de resistência ao poder de sedução das sereias .atando-se ao mastro do navio, ele abriu mão temporariamente de sua liberdade de escolha no presente para salvar a sua vida e liberdades futuras. Mortal, mas capaz de respeitar os limites, soube lidar racionalmente com a miopia temporal, criando um estratagema para proteger-se dela.
O que é o canto da sereia: é o bar, é vicio das drogas, é o habito e o prazer de fumar charuto que Darwin tinha e que o levou ao câncer da boca, apesar de saber, é o sono envolvente de um motorista no volante do carro, é a mulher obesa que paga por doces incontrolavelmente e a clinica de emagrecimento, é o Vico do jogador que paga por suas apostas e perde todo seu dinheiro, destruindo a si mesmo e demais como família, é o estudante que tem o sonho de ser um médico, mas que não abandona suas vaidosas fantasias e deixam os estudos para cima da hora da prova. Esses conflitos serão intrasubjugados em assembléias internas de cada um. O primeiro é o eu-agora: jovem entusiasta, inebriado pelos desejos, sempre disposto a desfrutar o que o momento lhe oportuniza,mas com vista curta, mas decidido a crucificar o futuro. O bem imediato é sua razão de ser.
O eu-depois, sempre colidindo com os vícios dos desejos imediatos, sempre repressor e moderador, ou seja, e a oposição. Sempre desconfiado, cauteloso, sempre num mar de duvida, mas sempre enxergar mais longe do eu-agora,mesmo que tenha que sacrificar o presente. O eu-depois no fundo o eu-agora, visto de longe e de fora, a luz do seu próprio passado, mas no silêncio das paixões do momento e a partir de um ponto do futuro.
A arte de viver esta internamente ligada entre essas duas forças, o eu agora sem perspectiva disciplinador do eu-depois, um primata desmiolado e impulsivo, ração de sereias, mas o eu-depois sem o entusiasmo do eu-agora, é um calculista e previsível, um ente surdo a qualquer chamado que ameace o seus futuro, o robô e o macaco precisam um do outro. E provável que o eu-depois tenha mais assento nas assembléias internas, a medida que o fogo da paixão devido a intoxicação da juventude vão ficando para traz, pois ai pode haver abuso de poder e não havendo equidade.
Quantas desculpas para se beber mais gole d álcool, é mais um assunto intelectual, porque está frio, aniversário, e natal, e fim de ano ou é porque estou com problema, ou então é porque é o ultimo gole, e tudo que deseja, menos por motivo de ser um alcoólatra.
O período da juventude é o início da fase da vida adulta é inevitável o Paulo da disputa, é impossível que um adulto tome decisão que venha piorar ou melhorar a vida de um jovem que ele já foi um dia, mas a disputa do eu-agora do eu-depois  pode influenciar pela autoridade da mente de um jovem pode resultar tanto na exploração do velho que ele um dia será pelo jovem que ele é como na exploração de velho que ele imagina ser.
No primeiro momento o eu-agora tiraniza condenado o eu-depois ao exílio, devido a miopia temporal. O eu agora faz empréstimos, sem se preocupar em o eu-depois vir a pagar. Mas o eu-agora que era o eu-depois, percebe que não tem força e perdeu assentos nas assembléias, então senhor e a senhora percebe que foi explorado pelo jovem que era sem chance nenhuma de se recuperar. Outro fato seria também do eu-depois não tiranize o eu-agora, em que este não viva ou não aposte no fogo da juventude para um gelo ciberiano, vivendo uma hipermotropia temporal do eu-depois, esse pseudojovem vive uma disciplina de aço, investindo em ações só para o eu-depois, exilando o eu-agora. Ele protege a sua velhice,mas perde a sua juventude.
O pseudo jovem trabalha sem alegria para um mundo caduco em que seu futuro previdenciário esta garantido. Vive como um velho sem ser, depois perceberá na sua velhice que foi explorado em sua vida por um jovem avarento. Foi um auto-engano. Ai se pergunta da tempo?
PARCIALIDADE MORAL E REGRAS IMPESSOAIS
Como Ulisses a sociedade amarrou-se as regras morais, mas a sociedade no processo de experiência com aprendizado vem encontrando um método de contenção e prevenção dos piores efeitos das parcialidades espontâneas que permeiam o nosso equipamento moral. A essência deste método é a criação de um código de condutas interpessoais com sansões penais com a função de padronizar o exercício do juízo moral. As necessidades dessas regras são para evitar que a sociedade entre em um abismo do conflito e da opressão, esta ligado ao tripé do viés: perceptível, sensível e moral.
O exemplo seria o código de transito em que a parcialidade moral da ampla maioria  dos motoristas se colocariam  a superestimar as suas habilidades ao volante. Ao dirigir seu carro, este poderia arbitrar em causa próprio sem se preocupar com as regras morais, pois a tentativa de cada um fazer o que é melhor para si redunda no que é pior para todos. A confiança de cada um nos demais e no respeito geral às regras desaba. Seria o paraíso infernal (caos).
Essas regras penais servem para cada um se proteger cada um dos outros é certo, mas principalmente de si mesmo. Sua primícia e criar fronteiras entre proibido e permitido. Cada usuário e livre para escolher a sua pericia, escolher o seu trajeto e viver  a sua fantasia dentro dos limites da lei,mas se ele invadir a pista do proibido ou o sinal do obrigatório, ele precisa ser chamado a si e ser lembrado de quem é.
Se houver um quase acidente envolvendo dois veículos, amos podem ir embora, pois não aconteceu o fato, mas se acontecer estranhamento nos olhares não há lei transgredida, a norma da civilidade foi rompida, mas o nervo da justiça não foi tocado. O estilo de convivência foi estranho, mas a gramática foi preservada.
Mas se no acidente me machuquei e o condutor foi embora sem me dar apoio,não tinha testemunha, não tinha como fazer boletim de ocorrência. Sinto-me injustiçado e vou fazer da minha forma. Sei onde mora o condutor e em um descuido deste, me enfureço e quebro o carro com um pedaço de pau. Logo em seguida é descoberto, sou preso e o brigado a pagar o prejuízo. Ninguém é juiz em causa própria, a minha atitude é hobbesiano. O que seria se as regras da justiça abrissem qualquer brecha par os cidadãos acertar as suas diferenças e os seus ressentimentos mútuos por si mesmo, por mais justos que sejam de fatos ou merecedor, as conseqüências seriam incontroláveis, a lógica do olho por olho, dente por dente alimentaria o combustível inflamável da inflação e deflação da moral. Bastaria um desentendimento, uma vaidade ferida, pressentimento de ameaça, para deflagrar um dominó em cadeia de atentados clandestinos, linchamentos e retaliações.
A regre impessoal formalizada em lei retira da esfera da competência dos cidadãos a faculdade de julgar em causa própria. A falta de um contrato social com regras definidas pode levar a um colapso social podendo desenvolver incertezas e barbarismo do amanhã, em que todos vão querer usufruir os desejos imediatamente sem critérios sociais.
ÉTICA CÍVICA, LIBERDADE E ÉTICA PESSOAL
A capacidade humana de julgar tende a enfraquecer exponencialmente a medida que nos aproximamos do centro de tudo aquilo que nos move e comove. O hiato em que ai esta, de um lado e o que deveria ser, de outro, não corre o menor risco de desaparecer ou minguar dramaticamente no futuro previsível. Na sociedade perfeita, os problemas fundamentais da existência e da realização humanas continuariam a ser exatamente a ser como sempre foram;mais os indivíduos não poderiam culpar o sistema, a sociedade injusta ou os outros por seus equívocos e frustrações e fracassos. Quantas racionalizações não cairiam por terra. A idéia de perfeição é uma utopia humana. O ideal é uma arma que se desnuda um mundo injusto e corrompido e opressivo. O problema que o imobilismo e a resignação também chegam lá. Se agir é muita vezes perigoso, mas se deixar de agir é fatal.
A arte da convivência esta ligada a arte da convivência externa com a interna com sigo mesmo. As regras impessoais da ética cívica são um mal necessário, existe não para nos salvar, mas para nos proteger de nos mesmos, mas muito pior do que isso e a corrupção e o pervertimento de um sistema judiciário, seria o grau zero da ética cívica. O propósito das regras impessoais cívicas não é o de tolher o individuo ou forçá-lo a se encaixá-lo a um projeto de vida que n ao é seu, mas sim de tornar possível a plena e livre expressão de sua individualidade. O grande desafio é encontrar um equilíbrio entre a ética cívica e da ética pessoal, contribuindo para uma sociedade de liberdade e justa. E é só com fundamentos da ética cívica legitima, enraizada e bem constituída que uma ética pessoal próspera – livre ousada e pluralista, pode prosperar.
GIANNETTI, Eduardo. Editora - Auto-Engano. Compania do bolso, Ano: 2005. 

3 comentários:

  1. Gostaria de saber quem é o autor desta excelente sintese.
    Mtnos Calil - em campanha permanente contra todas as formas de engano e auto-engano

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  2. Gostaria de saber quem é o autor desta excelente sintese.
    Mtnos Calil - em campanha permanente contra todas as formas de engano e auto-engano

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