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segunda-feira, 24 de outubro de 2011

ASSASSINATO DE KADAFI - QUEIMA DE ARQUIVO




CORPO DE KADAFI
É difícil querer acreditar que os Estados Unidos estejam preocupados com a forma da morte do ditador líbio Kadafi. Mas apos a morte deste ex-representante líbio que foi mantido no poder como um gerente de uma loja de conveniência dos americanos de produto petrolífero, mas que perdeu seu valor pelas conseqüências das quedas de governos ditadores nos espaços petrolíferos. O assassinato de Kadafi “despertou’ na Anistia Internacional e a (ONU), que já pediu uma investigação às circunstâncias de captura e morte do coronel.
A pesar do comandante das forças do governo interino da Líbia que capturou Muammar Gaddafi assumiu a responsabilidade pela morte do ex-líder. Em entrevista exclusiva à BBC, Omran el Oweib disse que o coronel foi arrastado para fora do cano de drenagem onde ele foi encontrado, deu cerca de dez passos e caiu no chão ao ser atacado por um grupo de combatentes furiosos. El Oweib afirmou que era impossível dizer quem deu o tiro fatal no ex-líder líbio, mas assume a responsabilidade da morte de kadafi. O comandante disse ainda que tentou salvar a vida de Gaddafi, mas que ele morreu na ambulância a caminho do hospital, nos arredores de Sirte.
 O presidente dos Estados Unidos Barack Obama apóia uma investigação por parte da ONU. A secretária de Estado, Hillary Clinton, afirmou apoiar "não só a investigação pedida pela ONU, como também a que o Conselho Nacional de Transição (CNT) afirma que será levada a cabo". O porta-voz da Comissão de Direitos Humanos da ONU, Rupert Colville, alertou, para a existência de "quatro ou cinco versões diferentes sobre como morreu" o ex-ditador. A organização da "Human Rights Watch" (HRW) confirma que "o assassinato de um prisioneiro é uma séria violação das leis de guerra e é um delito que deve ser julgado pelo Tribunal Penal Internacional" e contou, pelo menos mais 53 aliados de Kadafi que foram executados.
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Mas será que é de fato este o interesse, não só dos americanos, mas da comunidade européia com a Itália, França e etc., será uma manobra disfarçada de defensores dos direitos humanos para evitar possíveis constrangimentos aos países do “eixo do bem”. Veremos com o texto extraído de “CARTA MAIOR”, abaixo com o tema “Os gangsters imperialistas” do Professor de Relações Sociais da UNAM (Universidade Autônoma do México) e colaborador do jornal mexicano La Jornada. Leia o texto completo.
OS GANGSTERS IMPERIALISTAS
Kadafi foi assassinado para que não fosse levado a nenhum tribunal, onde poderia contar tudo o que sabia sobre as relações entre seu governo e a CIA, o governo e os serviços de inteligência britânicos, Sarkozy e seus “barbudos”, Berlusconi e a máfia, e poderia também lembrar quem são Jibril e Jalil, principais líderes atuais do Conselho Nacional de Transição e, até bem pouco tempo, seus fieis agentes e servidores. O artigo é de Guillermo Almeyra.
Um vídeo, publicado pelo Le Monde, mostra Muammar Kadafi capturado vivo e lichado por seus inimigos. Ele não morreu, portanto, em um bombardeio da OTAN quando fugia em um comboio nem em consequência das feridas recebidas quando o levavam em uma ambulância. Ele foi simplesmente assassinado para que não fosse levado a nenhum tribunal porque aí poderia contar tudo o que sabia sobre as relações entre seu governo e a CIA, o governo e os serviços de inteligência britânicos, Sarkozy e seus “barbudos”, Berlusconi e a máfia, e poderia também lembrar quem são Jibril e Jalil, principais líderes atuais do Conselho Nacional de Transição e, até bem pouco tempo, seus fieis agentes e servidores. A lista dos limões espremidos é longa: o panamenho Noriega, agente da CIA convertido em um estorvo, salvou-se do bombardeio ao Panamá que tentava assassiná-lo e jamais foi apresentado em um tribunal legítimo. Saddam Hussein, agentes dos EUA durante a longa guerra de oito anos contra os curdos e contra o Irã, teve sim um processo em um tribunal, mas composto por funcionários dos EUA e carrascos, nada de sua defesa política ganhou repercussão e terminou enforcado de modo infame. 
BIN LADEN X OBAMA
Bin Laden, agente da CIA junto com os talibãs durante toda a guerra contra os soviéticos no Afeganistão e sócio do presidente George Bush na indústria petroleira, foi assassinado desarmado em uma grande operação típica de gangsters e foi lançado ao mar para que não falasse em um processo e para que nem sequer sua tumba pudesse servir como ponto de encontro a todos os que no Paquistão e no Afeganistão repudiam o colonialismo dos criminosos imperialistas.
Agora, os imperialistas franco-anglo-estadunidenses acabam de utilizar a barbárie e o ódio inter-tribal para se livrar de Kadafi que, como prisioneiro, era um perigo para eles. O novo governo líbio que surgirá depois de uma luta feroz entre os diversos clãs e interesses que integram o atual CNT, poderá renegociar assim a relação de forças entre as diferentes regiões e tribos sem o kadafismo e sob a tentativa imperialista de submetê-lo, mas afogou o passado em um banho de sangue e nasce coberto de horror e de infâmia perante o mundo.
Kadafi não será lembrado pelos líbios como um novo Omar Mukhtar, o líder da resistência ao imperialismo italiano enforcado pelos fascistas, porque antes de ser assassinado por seus ex-sócios e servidores também foi responsável por inúmeros crimes e enormes traições. Mas seu linchamento cairá como uma mancha a mais sobre seus executores e sobre os mandantes da turba feroz que o despedaçou aplicando-lhe a pena de morte selvagem que os imperialistas decretam contra seus agentes que precisam despachar. (Tradução: Marco Aurélio Weissheimer).
O CINISMO
Os corpos de Kadafi e do filho, mortos em Syrte, depois de maquiadas as marcas de linchamento.  “Devia haver um inquérito tendo em conta o que nós vimos”, insistiu. Rupert Colville considerou que os “dois vídeos” da morte de Kadafi são “muito inquietantes”.
Puro cinismo. É só perguntar ao Conselho de Transição da Líbia que cotou em US$ 1,7 milhão a recompensa por Muammar Kadafi, vivo ou morto. O líder do grupo, Mustafa Abdel Jalil, disse também que a oposição apóia uma iniciativa paralela, de um empresário, que oferece US$ 1,6 milhão pela captura do general. Será esse o primeiro calote do Conselho? E quem é o empresário dos petrodólares? O assassino ganhou US$ 3,3 milhões. A pergunta que se faz, a anistia internacional e a ONU: e a morte de Bim Larden? Será que não são essas atitudes que explicam o crescimento do ódio ao imperialismo americano?
VIVO OU MORTO!
Referencias


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