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Belem, PARÁ, Brazil
Graduado em Historia.

terça-feira, 30 de novembro de 2010

IIMIGO DO MEU INIMIGO É MEU AMIGO (- - = +)

No desenvolvimento deste texto elaboraremos o reconhecimento dos esteios teóricos ideológico de aplicação na formação do perfil psicológico e intelectual dos agentes das instituições ou entidades, para a constituição do Estado que se recria dos Aparelhos Ideológicos do Estado (AIE), e que se mantém no Aparelho Repressivo do Estado (ARE), sejam elas, no campo formal da educação ou informal como os sindicatos, partido políticos, a mídia, como os cursos de formação de agentes de segurança e formação de militantes.
Analisaremos os regulamentos de formação e de manutenção da Policia Militar, seja na reprodução da hierarquia e disciplina e sujeição dos agentes como voluntários ao próprio risco de vida. O texto base de dialogo serão os de Althusser sobre "Aparelhos Ideológicos de Estado" e a fusão dos argumentos de autores como Norbert Elias, Foucault. Consequentemente se traçará um histórico das policiais e os seus principais clientes na linha de inimigo, até chegar a policia política do período de governo militar que irá transitar à agente humanizado com os problemas comunitários.
Serão expostos dois fatos, narrados em dois blogs: PT de Mosqueiro com Carta de Repúdio; e blog da Governadora Ana Júlia que narra a inauguração da rádio Praiana em Mosquiro do Deputado Wladimir Costa. Os fatos nos dão consistência para comprovar que o autor tem razão quando se confunde: movimento popular, partido político e Estado de direito como administração pública.
A trama de um cenário teatral na ponte de Belém/Mosqueiro, serve para dar uma noção ao leitor de como se estabelece a relação dos autores envolvidos na refrega hostil de policiais e manifestantes. Mas a ficção é toda baseada nos textos disponíveis e narrativa de pessoas que participaram no local. O dialogo dos texto que permeiam entre policia e política que se relacionam na prática, existe uma ligação inevitável entre ambas, havendo momentos que se fundem, compondo força que reconhece regras e nem limitações. Policia e política tem o mesmo radical, politeia. Originam–se da polis grega que é núcleo básico da convivência humana, e passou para o latin politia, com o mesmo sentido: governo de uma cidade, administração.
Usaremos letras de musicas para simbolizar os fatosos, pois acreditamos que a musica é o meio mais natural de alcançar os objetivos da comunicação. A música foi um dos principais elementos de expressão cultural da década de 1980, constituindo-se em um instrumento de contestação, reivindicação e inconformismo da sociedade. Essa expressão cultural fez com que a população pensasse na situação política e social do País, não apenas em suas relações pessoais. Movida pelo rock, gênero musical que mais se identifica com os anos 1980, a indústria fonográfica se transformou e passou a investir nesse novo ritmo que, com recursos tecnológicos e guitarras elétricas, exprimiu os sentimentos e valores da classe média e dos jovens, principalmente. A partir de então, o rock nacional se consolidou e conquistou uma grande parcela do mercado musical brasileiro, sempre interagindo com a sociedade. Os anos 1980 marcaram a participação
As fontes aqui usadas são do blog da governadora do estado do Pará e do blog do PT de Mosqueiro, que lançou o documento “Carta de Repúdio”, além de fotos do evento. A teoria de Althusser implica uma ligação umbilical entre Estado e aparelhos ideológicos, Althusser nega explicitamente, de que a ideologia (ou o sistema de ideologias) das classes oprimidas obtenha a hegemonia mesmo antes de tais classes terem conquistado o poder de Estado. Essas instituições se comportariam como aparelhos ideológicos de Estado, de acordo com a visão de Althusser.

INAUGURAÇÃO DA RÁDIO EM MOSQUEIRO.
Estou dando ênfase para esse fato, pois tenho a certeza da importância histórica. Foi inaugurada a rádio praiana de Mosqueiro com a participação do idealizador, Deputado Wladimir Costa, Deputada Regina Barata e seu esposo, o Vereador Amauri, Administrador de Mosqueiro Sr. Ivan José dos Santos e a Governadora Ana Júlia Carepa.
Terça-Feira, 25 de maio de 2010.
 As fontes abaixo é do blog da governadora e as palavras é da mesma. “A luta de mais de sete anos do povo do Mosqueiro virou realidade ontem: a rádio Praiana FM já está no ar e é mais um espaço aberto, democrático para o povo do Mosqueiro. A entrada no ar da Praiana tem o esforço do deputado federal Wladimir Costa, o Wlad. Ontem mesmo dei entrevista na Rádio Praiana, falando sobre como está o nosso governo, quais os desafios transpostos e os que iremos vencer. Sempre na luta e de mãos dadas com o nosso povo!
 Seunda-Feira, 24 de maio de 2010 No ar, a rádio Praiana. De Mosqueiro
A Rádio Praiana FM (104,9 MHZ) entra no ar hoje. Vou estar junto com o povo do Mosqueiro, hoje à tarde, no momento em que a rádio entrar no ar.
A rádio Praiana FM é um sonho antigo dos mosqueirenses, uma luta de 7anos, em que os moradores reivindicam a liberação do sinal pela Anatel, a Agência Nacional de Telecomunicações.
Quarta-Feira, 26 de maio de 2010 As palavras de Wlad na inauguração da radio praiana em Mosqueiro. Vejam as personalidades atrás dele que consegui identificar: gov. Ana Júlia, Dep. Regina Barata e o Administrador de Mosqueiro Sr. Ivan José dos Santos.

Wlad
"Mosqueiro hoje recebe muitos presentes. Tem as patrulhas mecanizadas que a Regina Barata reivindicou pra gente, tem o NavegaPará que vai chegar aqui através do governo e a grande estrela desta tarde é a Praiana. E a segunda grande estrela é a governadora que fez a Praiana possível e foi eleita, por unanimidade, madrinha da Praiana FM.
Essa rádio não é minha, não é particular. Essa rádio é da população do Mosqueiro. Eu poderia muito bem importar os radialistas de Belém, mas aqui não trabalha ninguém que não seja do Mosqueiro. Seria um ato de extrema irresponsabilidade não colocar o povo daqui pra trabalhar numa rádio que não é minha, que não é da governadora, é de todos nós. Uma rádio comunitária.
O Mosqueiro tem a minha alma, o meu espírito e o meu amor! A luta de vocês é a minha luta"! (Do deputado federal Wladimir Costa, o Wlad, no dia 25 de maio, dia em que a Praiana entrou no ar). Fotos de Liza Soane, da equipe do blog. Postado por Blog Ana Júlia.
A sociedade brasileira buscou maneiras de reagir e se libertar do controle do Estado. As rádios que foram limitadas na liberação, devido o grande controle da censura nos anos de chumbo. Nesse sentido, surgiram, naqueles anos, alguns modos de produção cultural que buscavam o acesso mais democrático à cultura que mesmo na dificuldade, mas as produções musicais tinham mensagem critico social ao contexto político. A rebeldia civil foram ao ousadismo com as criações de rádios ilegais que despertavam reações ao status quo. Essas rádios representaram inovação, intervenção e criatividade, diante do período. Estavam diretamente ligadas à comunicação e à esfera política. Representaram a luta contra o controle que era exercido sobre os meios de comunicação e de radiodifusão por parte do Estado, objetivando garantir um espaço para a comunidade, buscando quebrar o controle das informações, divulgar o que não eram publicadas pelas emissoras autorizadas por canais de massa. Expressavam o verdadeiro exercício do direito democrático a informação do universo da comunicação como coisa pública.
Um exemplo foi às rádios livres ou rádios piratas, que o grupo do vocalista Paulo Ricardo, do grupo Rotações Por Minuto (RPM) retratou na música que embalou os anos 80. É uma pena que no Estado Pará, rádios fazem inversões dos interesses da década de 80, e que são usadas ainda como privilégios de poucos, que fazem de instrumentos de massa de manobra.

RPM
Rádio Pirata
“Abordar navios mercantes
Invadir, pilhar o que é nosso
Pirataria nas ondas do rádio
Havia alguma coisa errada com o rei
Preparar a nossa invasão
E fazer justiça com as próprias mãos
Dinamitar um paiol de bobagens
E navegar o mar de tranqüilidade
Toquem o meu coração, façam a revolução
Que está no ar, nas ondas do rádio
No submundo repousa o repúdio
E deve despertar
Disputar em cada freqüência
Um espaço nosso nessa decadência
Canções da guerra quem sabe, canções do mar
Toquem o meu coração, façam a revolução
Que está nas ondas do rádio
No ‘underground’ repousa o repúdio
E deve despertar”

Síntese Carta de repúdio do PT de Mosqueiro.
Com base nas fontes do texto “Carta de Repúdio” No blog do PT de Mosqueiro. A direção do PT Mosqueiro faz um subjetivo histórico partidário do governo do PT, nos anos de 1997/2004 em Belém, na administração do então prefeito Edmilson Rodrigues (hoje PSOL) em relação ao de Duciomar Costa, o cracterizando como governo neoliberal, repressor e desviador de verba da saúde para a Guarda Municipal, além de arrochar os salários do funcionalismo público. Responsabiliza o prefeito pelas casas em grande quantidade a venda devido a falta de compromisso com os mosqueirense. O Taxa de desgoverno em todos os sentidos. Mas que o Portal foi o único beneficio de Duciomar. Após varias mobilizações sem retorno e, para completar o administrador de Mosqueiro o Senhor Ivan(selina), acionou a promotoria do Fórum que funciona na ilha para ir até o centro comunitário do Maracajá. O promotor adentrou o bairro para intimidar a população a não mais fazer nenhum outro ato público e sim procurar as “vias legais”. Recolheram 1037 assinaturas na forma de um abaixo assinado explicitando os vários problemas da população mosqueirense.
Na inauguração da rádio do Vladimir Costa, em Mosqueiro. Estava prevista a vinda do Wlad, de Duciomar Costa e de Ana Júlia. Os manifestantes levaram faixas, cartazes, um caixão representado a morte da saúde pública da ilha, narizes de palhaço, apitos e o mesmo abaixo assinado que fora levado ao promotor, para ser entregue ao Prefeito. Este não apareceu. O documento então foi entregue nas mãos da governadora pelo Presidente do Diretório Distrital do PT de Mosqueiro, Leirson Azevedo.
“Em meio ao alvoroço, Vladimir Costa encenou uma peça de teatro se colocando do lado do povo do Maracajá e prometeu uma audiência com Duciomar Costa que não ocorreu”. Fonte: Blog PT de Mosqueiro que tem como tema – Carta de Repúdio. Na data do dia 23 de junho de 2010.
O DISFARÇE
Uma das fotos acima mostra a governadora abraçando uma senhora e Wlad com o microfone, além de um policial fardado atrás da Governadora, e um oficial da PM, olhando para o lado, de camisa de tecido branca por cima de uma camiseta de meia branca, com relógio de pulso no braço esquerdo em que a mão sustenta um microfone de ouvido que substitui um “PTT” de radio de transmissor ‘HT”. A imagem já mostra a preocupação dos agentes do (ARE), Aparelho Repressivo do Estado, que não conseguem disfarçar o que a iconografia (foto) não mostra: a manifestação dos moradores de Mosqueiro liderado pelo presidente do PT local. As informações tanto do Blog da governadora que omite já na defesa e prova de cumplicidade a favor de seu parceiro político, Duciomar Costa, não registra a crise, apesar de ter recebido o documento de solicitação de pedidos dos moradores. Ate porque o movimento era na sua maioria de militantes do PT, ou pelo menos as lideranças.
O principal instrumento de trabalho do policial é a sua própria vida. Portanto, não seremos nós que iremos sacrificar o ser humano que dinamiza as ações policiais e que defendem os cidadãos, enquanto estes dormem, se divertem, trabalham, oram, discutem e sonham, existe alguém que pouco aparece, nesses momentos, mas que geralmente quando aparecem é por um fato trágico. É porque o seu trabalho infelizmente só aparece nesses instantes. Aos milhares de policias que dedicam a sua vida.
ORAÇÃO DO POLÍCIAL
Senhor,
Deste-me a missão de proteger famílias,
olhai pela minha enquanto cumpro minha árdua missão.
Dai-me hoje Senhor:
Astúcia para perceber;
Coragem para agir;
Serenidade para decidir.
Permita Senhor!
que em frações de segundos, possa decidir com justiça,
o que outros levarão horas para analisar e julgar;
Que os ignorantes compreendam minhas limitações e a complexidade do meu serviço;
que eu tenha sempre a certeza do retorno ao aconchego do meu lar;
que eu ande pelo vale da morte sem ser molestado,
mas se acontecer, não me deixe entrar em desespero;
e que meu inimigo seja meu precursor
Mas, se tombar, ó Senhor!
Que aconteça rápido,
e que seja cravado na sociedade,
que minha missão foi cumprida com
“DIGNIDADE, ACIMA DE TUDO!”
DEUS ABENÇOE A TODOS NÓS POLICIAIS!!!
AMÉM!!!

QUEM FERE COM FERRO COM FERRO SERÁ FERIDO.

                              Conspiração                                                        Jatene e Wlad
No dia 25 de Setembro de 2010, sábado, às 21:00h, oito dias antes da eleição, na Praça da Matriz de Mosqueiro, o candidato Wlad estava pedindo voto em trio elétrico para o candidato do PSDB, Simão Jatene. O mesmo Wlad que bajulou a governadora Ana Júlia e a lhe posicionava com madrinha de sua rádio. Nesta momento Jatene ja aparecia com margem bem avançada nas pesquisas. Isto que consideramos de "ética política". 
Este autor estava presente em Mosqueiro e próximo ao comício de Wlad e apreciava tudo com detalhe. O arauto que berrava ao microfone estimulado ao som auto e que criava uma espécie de paralisia política nos vários cabos eleitorais, além das pessoas presentes ao local. As músicas eram tocadas com a intenção de provocar sensações de frenesi corporal, reflexo dos efeitos psicóticos causado pelo nível em demasiado dos decibéis da carreta que sustentava o trio elétrico. Mas certo momento uma musica que soava como um hino para àqueles que fizeram parte da geração dos anos 80, que combatiam politicagem e a rapina de políticos principalmente de quem trata da cultura musical como um produto de marketing do “pão e circo” para a promoção do sofista a “profissional Político de Brasília”. O som era balado pela musica de “Legião Urbana”, em duas de suas músicas, Que país é esse? e Tempo Perdido, que retrata pontos distintos da sociedade brasileira nos anos 1980. Na primeira, faz uma crítica à falta de ética e moral tanto dos bandidos quanto dos políticos e evidencia nossa dependência externa; na segunda, expressa a esperança de uma sociedade que, apesar dos problemas, vai “Sempre em frente”, em busca de um país mais justo. Com todos aqueles efeitos de som e imagem, era quase impossível alguém perceber nas mensagens das letras das musicas e Russo que tanto mobilizou a sociedade a dizer não a hipocrisia política no Brasil.

QUE PAÍS É ESSE?
Legião Urbana
Renato Russo
Nas favelas, no senado
Sujeira pra todo lado
Ninguém respeita a constituição
Mas todos acreditam no futuro da nação
Que país é esse?
Que país é esse?
Que país é esse?
No Amazonas, no Araguaia iá, iá,
Na Baixada Fluminense
Mato Grosso, nas Gerais e no
Nordeste tudo em paz
Na morte eu descanso, mas o
Sangue anda solto
Manchando os papéis, documentos fiéis
Ao descanso do patrão
Que país é esse?
Que país é esse?
Que país é esse?
Que país é esse?
Terceiro mundo, se for
Piada no exterior
Mas o Brasil vai ficar rico
Vamos faturar um milhão
Quando vendermos todas as almas
Dos nossos índios num leilão
Que país é esse?
Que país é esse?
Que país é esse?

TEMPO PERDIDO
Legião Urbana
Renato Russo
Todos os dias quando acordo
Não tenho mais
O tempo que passou
Mas tenho muito tempo
Temos todo o tempo do mundo...
Todos os dias
Antes de dormir
Lembro e esqueço
Como foi o dia
Sempre em frente
Não temos tempo a perder...
Nosso suor sagrado
É bem mais belo
Que esse sangue amargo
E tão sério
E Selvagem! Selvagem!
Selvagem!...
Veja o sol
Dessa manhã tão cinza
A tempestade que chega
É da cor dos teus olhos
Castanhos...
Então me abraça forte
E diz mais uma vez
Que já estamos
Distantes de tudo
Temos nosso próprio tempo
Temos nosso próprio tempo
Temos nosso próprio tempo...
Não tenho medo do escuro
Mas deixe as luzes
Acesas agora
O que foi escondido
É o que se escondeu
E o que foi prometido
Ninguém prometeu
Nem foi tempo perdido
Somos tão jovens...
Tão Jovens! Tão Jovens!...
No mesmo período da inauguração da radio praiana de Wlad, e que tinha como madrinha a governadora, para ser certo, no dia 08 de junho os mesmos manifestantes realizaram outra mobilização, próximo à Ponte Sebastião Oliveira (Belém-Mosqueiro), reuniram-se, as comunidade do Maracajá, do Furo das Marinhas, do Doroty Stang, do Mártires de Abril e do Paulo Fonteles. Fazendo um grande ato reivindicando não apenas saúde pública, mas também transporte, construção de creches, iluminação pública, limpeza e manutenção de vias etc. Fecharam a pista e iriam liberá-la quando da chegada de uma autoridade do município para conversar.
Em vez disso, apareceram a Guarda Municipal, a Polícia Militar com a guarnição da ROTAM.
Estava a frente da mobilização o presidente do PT de Mosqueiro o Leirson. Os manifestantes esperavam que a Guarda Municipal de Belém é que fosse fazer a negociação. Para surpresa, quem fez foi a Policia Militar.
Esperavam que fosse a GUARDA MUNICIPAL,  em função do seu histórico menos agressivo e mais tolerante (entrevista pessoal com L.A) em Julho de 2010. Constituição Federal 1988 – “O art 144 - § 8º - Os Municípios poderão constituir guardas municipais destinadas à proteção de seus bens, serviços e instalações, conforme dispuser a lei”. Este texto constitucional já era uma profecia nas transformações que viria a ser a partir de 2001, da transição de uma policia Estadual política para uma policia cidadã, com aplicação de currículos para agentes de segurança pública, na transformação mais precisamente dos agentes do que propriamente dos órgãos. Em 1994 o governo de Fernando Henrique Cardoso, através do ministro Bresser Pereira ao assumir a direção do Ministério da Administração Federal e Reforma do Estado (MARE), propôs que a reforma administrativa fosse encaminhada ao Congresso Nacional em agosto de 1995. Este plano diretor que prevê a municipalização de serviços públicos como educação, saúde e sem duvida dentro em breve a segurança pública. Os constituintes de 1988 tiveram a grande sacada de citar a criação de guardas, que vem sendo planejada e executada de forma gradual e forma progressiva, de açodo com as necessidades e peculiaridades dos espaços culturais nas diversidades brasileiras. As guardas municipais adotam uma administração horizontal, menos hierárquica e burocrática, além de ser um modelo de segurança que vem sendo adotada em países republicanos nas Américas, conseqüência dos europeus. As guardas municipais seguem regulamentos, mas com disciplinas administrativas, apesar de ter orientação de cunho militar, mas que os seus quadros de agentes não são sujeitos inteiramente a rituais militares. O exemplo é a Guarda Municipal de Belém, que foi fundada em 1991 com 150 alunos, sendo que apenas 147 permaneceram. Todos os cargos hierárquicos de inspetores com exceção de alguns subinspetores que não eram da carreira de oficiais e sargentos das três forças armadas, além de que todos os integrantes homens que formaram até a nona turma foram de primeira categoria.

Formatura 1ª turma Guarda Municipal e Belém (1991)
Historicamente os guardas municipais de Belém, na sua maioria reagiram contra a completa militarização da corporação, apesar da reação dos comandos contra a categoria que exoneraram, demitirão e suspenderam centenas de guardas. Os motivos que levam a Guarda de Belém, a não ser militarizada por completa são vários: a filosofia de instituição cidadã, nos moldes comunitários como as polícias - japonesa, americana e canadense; e as experiências dos guardas masculinos que comportam 80% do quadro efetivo que vieram das força armadas e não se adequaram aos princípios militares. Portanto escolheram a Guarda Municipal do que a Policia militar. E claro que ainda não e o sonho dos cidadãos de um órgão de segurança pública, mas já é um primeiro passo.

Mas, voltando ao tema da mobilização dos manifestantes que se surpreenderam com a PM que foi a negociadora. A surpresa foi por dois motivos: primeiro, queriam a Guarda Municipal, pois queriam desgastar o prefeito Duciomar Costa do PTB, por uma questão ideológica partidária e histórica, tendo em vista que Duciomar se tornou o grande adversário, símbolo da luta política dos militantes do PT em dois pleitos eleitorais. O primeiro foi em 2000 na disputa do segundo mandato de Edmilsom Rodrigues que saiu vitorioso, e hoje está no PSOL. Outra disputa foi contra a própria candidata que Duciomar Costa apóia, a governadora Ana Júlia Carepa que perdeu em 2004 para o atual prefeito de Belém. O discurso do texto da ‘Carta de Repúdio”: “No dia 24 de maio aconteceu a inauguração da rádio do Vladimir Costa, em Mosqueiro. Estava prevista a vinda do próprio deputado federal, de Duciomar Costa e de Ana Júlia. Levamos faixas, cartazes, um caixão representado a morte da saúde pública da ilha, narizes de palhaço, apitos e o mesmo abaixo assinado que fora levado ao promotor, para ser entregue ao Prefeito. Este não apareceu. O documento então foi entregue nas mãos da governadora pelo Presidente do Diretório Distrital do PT de Mosqueiro, Leirson Azevedo.”
Segundo, percebiam que a Guarda é um órgão de segurança mais tolerante nas suas negociações com os movimentos sociais, o que de fato e verídico. Mas isso nos faz analisar que muitas das vezes não são sós os órgãos de segurança publica que são autoritários, mas os próprios lideres de movimentos que não estão abertos para as mudanças, agindo com anacronismo a posturas de contextos ditatoriais, expressando seus desejos de que haja reação violenta da polícia para legitimar sua ação, transformando seus participantes em “mitos”, como no passado. Como o próprio texto “Carta de Repúdio” deixa claro: “Inclusive lembramos daquele fatídico 19/04/1996 quando os policiais tinham ordens para desobstrução da pista e assassinaram vários trabalhadores”.

O ESPETÁCULO
Cena l
A síndrome da caça – a caça passa a se identificar com o caçador como se estivesse no mesmo lado. Mas o fato é que o caçador estava apenas representando um estereótipo de “coelhinho amigo”, na intenção de encurralar a caça para a arapuca. A tática do negociador é cansar a vítima.
O Capitão Éricles da ROTAM cumprimentou os lideres praiano e vice versa.
Só festa, afinal de conta, quem estava presente eram os companheiros da policia militar.
Poxa vida!
Acabou o tempo da policia autoritária, né!
Pois agora o governo do PT é democrático.
O companheiro Leirson até deu um grito de força: - “Está tudo em casa camaradas! É a policia cidadã que está aqui, o nosso problema não é com a governadora, mas com a prefeitura antidemocrática de Duciomar Costa”.
Pois era sem duvida isso que levou os manifestantes a saírem de casa em grande quantidade, pois confiavam no Leirson, presidente do PT de Mosqueiro, o que significava grande influência política no governo do PT. E claro, já mais a Policia Militar iria reagir contra o movimento de forma agressiva.
De inicio houve acordo entre os manifestantes e comandante da PM. Contudo que comparecesse alguém da Prefeitura para negociar. La pelas tantas horas da tarde, não compareceu ninguém da PMB.

Cena ll
O caos.
Sábado, 8 de junho, dia de veranista se dirigirem para Mosqueiro. Quilômetros de congestionamento.
Pressão total de telefonemas para o prefeito e principalmente para governadora que vai concorrer ao pleito em outubro à reeleição. O que pesa na balança, meia dúzia de manifestantes ou o apoio do prefeito e mais os veranista.
Os bastidores. A rainha e o príncipe se reúnem e determinam.
Decidido.
(Telefone vermelho). Ligação direta ao comandante da PM.
(“Núcleo duro da governadora”) - Alô comandante! A ordem é: - Plano “A”. Cumpra.
(CMT). - Ok, cumpriremos!
(CMT). – Capitão, sal neles, não quero vestígios.
(Capitão) - Sim senhor! – Pooositivo, operante.
O Capitão determina a saída imediata dos manifestantes.
(Os manifestantes): cadê o prefeito, já chegou?
(Capitão) – Não.
(Manifestante) - aaa, então, só com a presença dele.
(Capitão) - Ê negão eu já falei pra saírem!
(Capitão) - atenção guerreiros! Em forma! Eeem frente!
Tropa - Huuu!!!
O grito de guerra
“Guerreiro é superior ao tempo
Debaixo de chuva ou debaixo do sol,
Guerreiro da ROTAM e o que dura mais.
Guerreiro não morre,
vai guerrear no inferno (...)”
Resultado: bombas de efeito moral, gás lacrimogêneo, spray de pimenta, tonfada, tiro de borracha. Os samangos baixaram o cacete!!!
E os manifestantes pediam socorro a leirson para que mandassem os companheiros do choque parar.
Alguns manifestantes logo no inicio até pensaram que os PMs estavam fazendo um treinamento e até resistiram como atores figurantes.
É sumano, mas o “Tropa de Elite”, com fome, cansados ganharam o Oscar de melhor apresentação cinematográfica, até Tom Hanks, Paul Newman, Robert De Niro, Jack Nicholson, Marlon Brando, os aplaudiram. E o diretor dos coadijuvantes (Leirson), recebeu o premio de melhor diretor no circuito de “palmas no bumbum”.
O maquiador teve muito trabalho para criar os pobres coitados! Perna quebrada, olho inchado, teve manifestante que até hoje estão no oceano atlântico perdidos.
VARIAÇÕES LINGUISTICAS.
E a falta de conhecimento de voz de comando militar do professor Aldo, que confundiu na hora que o capitão Éricles, gritou para tropa “aaauto”, para parar de uso de energia, afinal polícia não bate “usa de energia”. O professor Aldo, pensou que o capitão, estivesse lhe chamando para negociar. Por este triste equívoco do professor! Que partiu ao encontro da tropa, que na interpretação do Capitão, o professor partiu de encontro à tropa. Que pena! O professor foi parar na seccional do Mosqueiro, para fazer um curso de interpretação de texto - “auto não é Aldo”, com o "professor de Português" Mourão (delegado de policia civil Mosqueiro), além de fazer parte do grupo que está em “formação de quadrilha” juntamente com o os dois filiados do PT, que já tem seus uniformes de quadra joanina “os cangaceiros”, ou seja, o seu traje tem marcas de “tiro à queima roupa”.
Portanto, todos irão se apresentar nos palcos da prefeitura de Belém, para que seja escolhida a melhor performance teatral de dança folclórica que terá como convidado de honra os excelentíssimo(a) senhor(a): Prefeito Duciomar Costa e a Governadora Ana Júlia.
Ora! Então o Capitão Éricles, foi bonzinho, arranjou uma estratégia de colocar uma comissão dos manifestantes para dançar com o prefeito.
A sensação que temos é que os manifestantes se sentiam desamparados e não tinham a quem recorrer, o prefeito não lhes recebia para solucionar as necessidades básicas de um cidadão e pra completar a Governadora que vem de um partido dos trabalhadoes que historicamente defendia a classe trabalhdora, agora manda a polícia reprimi-lo.
A música "Inútil", do Ultraje a Rigor, demostrá a frustração e a decepção da sociedade brasileira com o momento que o País vivia. Na década de 80 ela foi tocada em todos os grandes comícios das “Diretas Já”, tornando-se, ao mesmo tempo, a esperança de mudança e a frustração pelas derrotas das classes trabalhadoras. Inútil mostra que a situação não é apenas resultado das ações (ou falta delas) dos políticos, mas também do povo, da sociedade que, reprimida por muitos anos, retorna à cena política, mas acaba se decepcionando com o governo que criou.

INÚTIL
ULTRAJE A RIGOR
“A gente não sabemos escolher presidente
A gente não sabemos tomar conta da gente
A gente não sabemos nem escovar os dentes
Tem gringo pensando que nós é indigente
Inútil
A gente somos inútil
A gente faz carro e não sabe guiar
A gente faz trilho e não tem trem para botar
A gente faz filho e não consegue criar
A gente pede grana e não consegue pagar
A gente faz música e não consegue gravar
A gente escreve livro e não consegue publicar
A gente escreve peça e não consegue encenar
A gente joga bola e não consegue ganhar”.

A sátira fantasiosa acima são fontes de inspiração das descrições na “Carta de Repúdio”: “(...) policiais da ROTAM também passaram a atirar e lançar bombas contra os comunitários. De 10 a 15 pessoas foram atingidas pela truculência da tropa da ROTAM. Dois filiados ao Partido dos Trabalhadores que também lutavam pela garantia de seus direitos levaram tiros à queima roupa e tiveram que passar por cirurgia”. “Ademais, uma das lideranças do movimento em Mosqueiro, o professor Aldo Rodrigues, também foi acusado de desacato à autoridade, perturbação da ordem e formação de quadrilha pelo Capitão Éricles”.
Pelo menos o governador não era o Almir Gabriel que no seu governo do dia 19/04/1996, dezenove sem terra morreram em confronto com a PM,  e nem no governo de Jader Barbalho que enquanto inaugurava o monumento da cabanagem, a PM eliminava Quintino, o “cangaceiro paraense’. E a companheira militante do PT, Ana Júlia berrava nos microfones contra esses governos intolerantes.
Obs. No texto “Carta de Repúdio”, os dirigentes do PT de Mosqueiro, não acusam a governadora de nada, a não ser o pedido de providência contra os policiais. A exceção, vem de Marcello Santos Chaves que faz comentairos dos fatos narrados no texto e critica a direção do PT de Mosqueiro que não criticam a determinação política do governo do Estado em mandar a polícia agredir os manifestantes. Acusa o governo de Ana Júlia de postura reacionária e vícios a governos anteriores. Além de afirmar que quem pede (PT Mosqueiro) punição ao ARE. Texto copiado do comenterio de M. S. C. “carta de Repúdio” PT Mosqueiro: “é uma iniciativa política de visão obtusa* e limitada, bem como corporativista em termos partidários, pois os militares apenas apertaram o gatilho, mais quem aponto as armas em direção a manifestação popular de Mosqueiro fora o GOVERNO DO ESTADO em consonância com o governo DUCIOMAR em rítimo de coligações partidárias para o pleito 2010”.
Obtuso: adjetivo indicando uma pessoa com falta de inteligência; rude, bronco, estúpido, a que falta nitidez; confuso.
A data do comentário e do dia 12 de Junho de 2010. As 19:14h. Belém-PA.
Marcello Santos Chaves se identifica como Conselho de Ética da Articulação de Esquerda – PT.
É primo, como já dizia a vã filosofia de vovô: “muda-se os cachorros, mas a colera é a mesma”.
Entendeu? – a governadora tinha acabado de fazer acordo com o PTB de Duciomar Costa (líder dos Deputados petebistas que estavam no acelera Pará, mas que fecharam com Jatene, no 2º turno). Sabe aquela estorinha do: “quem quer vim comigo, quem quer vim comigo...” É vim mesmo e não vir.
Pois é gente, o fato é que o “príncipe” disse pra “rainha”: “o problema é teu Naná! Ou uma ou outra: ou tu mandas os teus “piquenos” desobstruírem a ponte, ou então manda a polícia cidadã comunitária”.
O fato é que nem Leirson sabia que a sua líder, governadora tinha acabado de fumar o charuto da paz com o prefeito. Logo, no entendimento de Leirson, a PM era considerado fogo amigo, mas para sua surpresa! “O presente de grego”.
Mas é assim, foi esse mesmo Leirson que liderou uma votação diferenciada na ilha, apesar do desgaste da governadora Ana Júlia, ele diminuiu o índice de rejeição em Mosqueiro que historicamente o PT nunca teve boa votação.
E pra melhorar a situação, Ana Julia aprontou mais uma: sabe aquela história do mito do Átila, rei dos hunos, que ganhou a fama de que nos campos que seu cavalo trotava, capim já mais crescia, e, qualquer séquito ao avistá-lo desapareciam só de pavor do General?
Pois daí gerou a termo: um grande general vale mais que um milhão de guerreiro. ‘’Arte da Guerra”. Sun Tzu.
É mano, e não é que a governadora no seu desespero colocou em prática essa filosofia! Chamou o “general” Almir Gabriel para comandar o seu “pelotão” rumo ao abismo.!
Pronto, agora confirmou a tese de Nicolau Maquiavel que: “os fins justificam os meios”, mas ai parece que inverte não é? Os meios que justificam os fins!
Por que?!
Olha só. Quem começa com Jader Barbalho, depois com Duciomar e Wlad, e por fim, com Almir Gabriel. Qual será o resultado dessa equação?
Jader Barbalh Beijando ana Júlia                              Ana Júlia e Almir Gabriel

Posso perguntar?
Ou você vai querer ajuda dos universitários?
Será que a mãe Dina adivinha?
A resposta é!
Fim: visite o site do TJE Pará 2010.
As fotos acima parecem até de uma noite de festa de 15 anos da “chapeuzinho vermelho” com os disfarçados príncipes encantados que disputam a mão da “ninfeta” para o casamento. O primeiro dá-lhe o beijo; o segundo dança a valsa com a letra romântica de: “quem tem medo do lobo mau, lobo mau, lobo mau....”
Éeee, a vovó que estava certa, quem se mete com os lobos maus, lobos maus será!
Portanto, Ana Júlia escolheu os seus parceiros esquecendo a historia que construiu junto com os companheiros do PT no Estado do Pará, que tinha como principais adversários do povo: Jader Barbalho, Almir Gabriel e mais tarde, o “imperador do pão e circo”, Deputado Wladimir Costa que vive gritando no seu jingle musical “E nessa festa quem manda e as mulheres (...)”, mas que ajudou Jatene a derrotar duas companheiras candidata a governadora do PT (Maria do Carmo e Ana Júlia). Só faltou ressuscitar Jarbas Passarinho, aluno do General Golbery do Couto e Silva, filósofo da doutrina de segurança nacional para sugerir a governadora: - Companheros, “ou ame-o, ou deixe-os” (aos militantes).
Agora companheiros cabem aos caciques “o núcleo duro” da (DS) do partido dos trabalhadores (Puty, Botelho e pelos irmãos Marcílio, ex-marido de Sua Excelência que também é secretário de Projetos Estratégicos, e o Maurílio, secretário de Estado de Desenvolvimento, Ciência e Tecnologia) “o quarteto mais que perfeito” a refletirem: quem é povo? – Jader, Almir Gabriel, Wlad... (Roger Chartier).
Com o seu grande alcance junto a todas as camadas da sociedade e sua capacidade de despertar as mesmas emoções e sentimentos em indivíduos de diversas localidades, a música é uma forma de politizar a sociedade. Ela se consolidou como um elememnto de construção da sociedade brasileira, É também uma das principais alavancas do desenvolvimento social”. parece que a cabeça de alguns miltantes se confunde: ve seu personaem político que tanto lutou para combater os dos passados e gora estarem juntos! Belchior ja falou.
COMO NOSSOS PAIS
Belchior
Não quero lhe falar,
Meu grande amor,
Das coisas que aprendi
Nos discos...
Quero lhe contar como eu vivi
E tudo o que aconteceu comigo
Viver é melhor que sonhar
Eu sei que o amor
É uma coisa boa
Mas também sei
Que qualquer canto
É menor do que a vida
De qualquer pessoa...
Por isso cuidado meu bem
Há perigo na esquina
Eles venceram e o sinal
Está fechado prá nós
Que somos jovens...
Para abraçar seu irmão
E beijar sua menina na rua
É que se fez o seu braço,
O seu lábio e a sua voz...
Você me pergunta
Pela minha paixão
Digo que estou encantada
Como uma nova invenção
Eu vou ficar nesta cidade
Não vou voltar pro sertão
Pois vejo vir vindo no vento
Cheiro de nova estação
Eu sei de tudo na ferida viva
Do meu coração...
Já faz tempo
Eu vi você na rua
Cabelo ao vento
Gente jovem reunida
Na parede da memória
Essa lembrança
É o quadro que dói mais...
Minha dor é perceber
Que apesar de termos
Feito tudo o que fizemos
Ainda somos os mesmos
E vivemos
Ainda somos os mesmos
E vivemos
Como os nossos pais...
Nossos ídolos
Ainda são os mesmos
E as aparências
Não enganam não
Você diz que depois deles
Não apareceu mais ninguém
Você pode até dizer
Que eu tô por fora
Ou então
Que eu tô inventando...
Mas é você
Que ama o passado
E que não vê
É você
Que ama o passado
E que não vê
Que o novo sempre vem...
Hoje eu sei
Que quem me deu a idéia
De uma nova consciência
E juventude
Tá em casa
Guardado por Deus
Contando vil metal...
Minha dor é perceber
Que apesar de termos
Feito tudo, tudo,
Tudo o que fizemos
Nós ainda somos
Os mesmos e vivemos
ainda somos
Os mesmos e vivemos
Ainda somos
Os mesmos e vivemos
Como os nossos pais...
Fim.

Ha várias análises do fracasso do governo de Ana Júlia, mas são declarações individualistas ou por grupos antagônicos a interesses do povo, que não vale apenas citar. Um deles cita 13 razões para Ana Julia perder a eleição.

QUANDO A ESQUERDA GOVERNA COM ADIREITA QUEM DITA É A DIREITA.
Ora, Como qualquer grupo pequeno-burguês dentro do movimento socialista, a tendência hegemônica (DS do PT) tendência da governadora Ana Júlia, se caracteriza assim: atitude desdenhosa frente à teoria e uma inclinação ao ecletismo; desrespeito pela tradição de sua própria organização; ansiedade por uma “independência” pessoal às custas da ansiedade pela verdade objetiva, nervosismo ao invés de consistência; disposição para saltar de uma posição a outra; falta de compreensão do centralismo revolucionário e hostilidade frente a ele; e finalmente, inclinação a substituir a disciplina do partido por vínculos pessoais e laços de camarilha. Naturalmente que nem todos os membros da oposição manifestam essas características com a mesma força. No entanto, como sempre ocorre uma tendência de sincretismo policromáticos, a pincelada é dado por aqueles que estão mais à distância do marxismo e da política proletária. O Rock do grupo engenheiro do Hawaii em Toda Forma de Poder sintetiza perfeito a confusão que a Democracia Socialista, tendência do PT de Ana Júlia, fez pra se manter no poder, muitos militantes esperam passar este pesadelo como relata o Marcelo que comenta a “Carta de Repúdio” do blog do PT Mosqueiro. ‘Se tudo passa, talvez você passe por aqui
E me faça esquecer tudo que eu vi”, essa frase reflete a falta de compromiso do governo com projeto político do PT.
Toda Forma De Poder
Engenheiros do Hawaii
Gessinger
Eu presto atenção no que eles dizem, mas eles não dizem nada.
(Yeah, yeah)
Fidel e Pinochet tiram sarro de você que não faz nada.
(Yeah, yeah)
E eu começo a achar normal que algum
boçal atire bombas na embaixada.
(Yeah yeah, Uoh, Uoh)
Se tudo passa, talvez você passe por aqui
E me faça esquecer tudo que eu vi
Se tudo passa, talvez você passe por aqui
E me faça esquecer...
Toda forma de poder é uma forma de morrer por nada.
(Yeah, Yeah)
Toda forma de conduta se trasforma numa luta armada.
(Uoh Uoh)
A história se repete mas a força deixa a história
mal contada...
Se tudo passa, talvez você passe por aqui
E me faça esquecer tudo que eu vi
Se tudo passa, talvez você passe por aqui
E me faça esquecer...
E o fascismo é fascinante deixa a gente ignorante e fascinada.
É tão fácil ir adiante e se esquecer que a coisa toda tá errada.
Eu presto atenção no que eles dizem mas eles não dizem nada.
Se tudo passa, talvez você passe por aqui
E me faça esquecer tudo que eu vi

AUTO DE RESISTÊNCIA
O numero elevado de auto de resistência é justificativa para contra-ataque de policiais. Além de autos de resistência a policia usa de outro instrumento jurídico desacato a autoridade e formação de quadrilha, muitas das vezes a intenção e de intimidar ou querer respaldar um ato de ação duvidosa. Os laudos de necropsias avaliados neste ano de 2010, indicam que os tiros dos policiais são em regiões letais como coração. Com objetivo de atingir a vitima. Os 25 laudos de 2009, 15 tiros são no tórax e 4, no peito. Em 2010 já foram 40 tiros, 30 deles, ou seja, 75% foram no tórax e na cabeça. Os outro 10 tiros, 25%, foram em regiões não leais e no abdômen. Dos casos apenas uma pessoa era branca que foi morta. A pesquisa é de Elaine Castelo, promotora de justiça de direitos humanos, destacou os números referentes aos casos de auto de resistências que constam nos relatórios da ouvidoria.

Fonte: Jornal Diário do Pará. Caderno Policial. 28/11/2010. Domingo.
O grupo biquini cavadão, expressaram uma crítica à situação sociopolítica, caracterizada por desigualdades sociais, privilégios, falta de oportunidades, repressão, censura, imposição do poder e luta pela liberdade.

Estado Violência
Biquini Cavadão
Sinto no meu corpo
A dor que angustia
A lei ao meu redor
A lei que eu não queria
Estado violência
Estado hipocrisia
A lei que não é minha
A lei que eu não queria
Meu corpo não é meu
Meu coração é teu
Atrás de portas frias
O homem está só
Homem em silêncio
Homem na prisão
Homem no escuro
Futuro da nação
Estado violência
Deixem-me querer
Estado violência
Deixem-me pensar
Estado violência
Deixem-me sentir
Estado violência
Deixem-me em paz

APARELHOS IDEOLÓGICOS DO ESTADO (Althusser).
A teoria de Althusser implica uma ligação umbilical entre Estado e aparelhos ideológicos, Althusser nega explicitamente, de que a ideologia (ou o sistema de ideologias) das classes oprimidas obtenha a hegemonia mesmo antes de tais classes terem conquistado o poder de Estado. Essas instituições se comportariam como aparelhos ideológicos de Estado, de acordo com a visão de Althusser. Para Ele, a formação social, a qual é resultado de um modo de produção dominante, e que este, produz e reproduz as condições de sua produção através da reprodução dos meios de produção, ou seja, através da reprodução da força de trabalho. “Acreditamos, portanto ter boas razões para afirmar que, por trás dos jogos de seu Aparelho Ideológico de Estado político (governo militar), que ocupava o primeiro plano do palco, a burguesia estabeleceu como seu aparelho de Estado n° 1, e, portanto dominante, o aparelho escolar, que, na realidade, substitui o antigo aparelho ideológico de Estado dominante, a Igreja, em suas funções.
Leirson Azevedo juntamente com Aldo Rodrigues são professores e refletem a ideologia da escola formal e se tornam agentes multiplicadores dessa ideologia através da educação informal, principalmente partidário, como afirma o texto “Carta de Repúdio do blog PT de Mosqueiro”: “Vamos lembrar o que foi convencionado pelos foros do PT: é um partido de massas, socialista, militante e inserido nos movimentos sociais. É dever de cada um petista colocar em prática essas teses, nem o governo pode se eximir dessa responsabilidade. Como iremos esquecer o triste episódio da violência cometida pela polícia militar contra os professores na greve de 2008”.
E afirma a postura do Estado com um outro ato contra o principal agente idealisador, o professor. Como o conceito de Althuser declara: Os Aparelhos Ideológicos de Estado (AIE) se apresentam através de instituições distintas (públicas e privadas) e especializadas tais como igrejas, escolas, família, sistemas jurídico e político, sindicatos, veículos de comunicação, cultura. O par Escola–Família, substitui o par Igreja–Família. Para Althusser os aparelhos repressivos e ideológicos do Estado não se confundem, pois o repressivo, funciona através do emprego da força(violência), enquanto a ideologia é utilizada para os demais, como por exemplo: família, escola, igreja, judiciário, partidos políticos, sindicatos e outros. Faz uma distinção entre o poder do Estado e o aparelho do Estado, sendo o último o corpo das instituições que constituem o aparelho repressivo do Estado e o corpo de instituições que representam o corpo dos aparelhos ideológicos do Estado. O papel do aparelho repressivo do Estado consiste em garantir pela força (física ou não) as condições políticas das reproduções das relações de produção, que são em última instância relações de explorações.
Portanto, a ação do Capitão Éricles e reflexo de um agente do (ARE) Aparelho Repressivo do Estado), pois este age como oficial subalterno juntamente com seus comandados praças, conforme fonte de “Carta de Repúdio”: “o Capitão Éricles puxava os paus da barricada para um lado e os manifestantes tentavam impedir. O capitão citado puxou a arma e passou a atirar na barricada e contra as pessoas do manifesto. Os outros policiais da ROTAM também passaram a atirar e lançar bombas contra os comunitários”. As exceções são dos oficiais superiores que já representam o (AIE), agentes do Aparelho Ideológico do Estado. No estatuto do policial Militar do Pará: - O “art 15; § 1° - Posto é o grau hierárquico do oficial, conferido por ato do Governador do Estado e confirmando em Carta Patente”. A classe de oficialato da Policia Militar, em destaque do Pará, passam por cursos de formação com nível de graduação superior o IESP (Instituto de Ensino de Segurança do Pará, além de vários cursos em centros de referencias a nível internacional, como o ESG (escola Superior de Guerra), esses cursos são especialistas em ciências sociais, filosofia e sociologia, historia militar, psicologia de comando e liderança, etc..., e geralmente esses oficiais se aliam a princípios ideológico do grupo partidário hegemônico no governo, o exemplo está no próprio estatuto que os cargos a postos são conferidos por atos do governador. Portanto os oficiais superiores exercem cargos executivos no governo, inclusive tendo uma pasta particular, como a Casa Civil Militar. isso confirma que os agentes da policia fazem parte tanto do AIE e ARE.
O aparelho de Estado contribui para sua própria reprodução e também assegura para repressão as condições políticas do exercício dos aparelhos ideológicos do Estado. Daí a confirmação no texto: “Para piorar, a polícia do governo do Estado do PT ainda ataca os dirigentes petistas”. Ora, a partir do momento que os militantes do PT de Mosqueiro não se sujeitam ao seu governo que defendem, então não se comportam como agentes do AIE, estes serão submetidos ao ARE.
A ideologia é uma “representação” da relação imaginária dos indivíduos com suas condições reais de existência. Por isso, comumente se diz que a ideologia religiosa, moral, jurídica, política, etc. são “concepções de mundo”, ideologia = ilusão/alusão. Para o autor, a ideologia interpela os indivíduos enquanto sujeitos: só há ideologias pelos sujeitos e para os sujeitos, ela existe para sujeitos concretos. Podemos concluir que Althusser propõe uma estratégia política que prega a luta a se travar fora do Estado em sentido amplo, pois não considera a ideologia como algo determinado no processo de produção, preferindo vê-la como atribuição do Estado, com o objetivo de assegurar a dominação. Através do Estado, a classe dominante monta um aparelho de coerção e de repressão social, que lhe permite exercer o poder sobre toda a sociedade, fazendo submeter-se às regras políticas. O grande instrumento do Estado é o Direito, isto é, o estabelecimento de leis que regulam as relações sociais em proveito dos dominantes. Através do Direito, o Estado aparece como legal, ou seja, como “Estado de direito”. A dominação de uma classe é substituída pela idéia de interesse geral encarnado pelo Estado. O exemplo equivocado do texto escrito pelo blog do PT de Mosqueiro: “É inaceitável um governo que é do Partido dos Trabalhadores permitir que sua polícia massacre trabalhador que luta por seu direito. O próprio PT ensinou seus militantes a conhecer e fazer valer seus direitos”.A confusão interpretativa continua quando afirmam: “A representação do Partido dos Trabalhadores no Distrito de Mosqueiro exige uma atitude enérgica do governo do PT e do próprio partido, da direção municipal e estadual do PT, em relação aos policiais”. É, parece que a direção do PT de Mosqueiro, confunde que esta deveria pelo menos defender uma policia não política, que era o modelo usado na ditadura militar e referencias de sistemas nazistas e fascistas.
A educação que no referimos é a formal e informal com base na legislação brasileira LDB, conforme: “Art. 1º. A educação abrange os processos formativos que se desenvolvem na vida familiar, na convivência humana, no trabalho, nas instituições de ensino e pesquisa, nos movimentos sociais e organizações da sociedade civil e nas manifestações culturais”. No entanto, o texto afirma que as entidades políticas e sindicais: “o professor Aldo Rodrigues (...) é uma das poucas lideranças petistas dentro do SINTEPP que faz a disputa política contra o PSOL. O PT tem problemas de renovação de quadros, justamente porque passou a disputar a juventude diretamente contra partidos como o Socialismo e Liberdade, PSTU, PCdoB e outros”. A de convir que as entidades sejam laboratórios de formação de militantes para as disputas hegemônicas pelo Estado.
No fim do texto os dirigentes deixam um recado em caixa alta: “O PARTIDO, O PARTIDO É DOS TRABALHADORES, SEM PATRÃO E SEM REPRESSÃO POLICIAL.” Um verdadeiro paradoxo a realidade do modelo econômico capitalista que vivenciamos. Além de que o PT, é um partido eleitoral que dependendo do local, expressa práticas de governo social liberal e presa pelo status quo, pelos privilégios da regalia burguesa contraria a revolução do proletariado. Portanto, o texto em caixa alta condiz mais com princípios anarquista do que com socialista, contrapondo com o texto: “(...) foi convencionado pelos foros do PT: é um partido de massas, socialista(...)”.

Arquitetura da Formação Militar na Polícia do Estado Brasileiro
Policia e política tem o mesmo radical, politeia. Originam–se da polis grega que é núcleo básico da convivência humana, e passou para o latin politia, com o mesmo sentido: governo de uma cidade, administração. A designação mais recente para o termo surgiu na França, sendo o primeiro país a instituir em sua linguagem jurídica a expressão "polícia" com a função de preceder a justiça, tendo a vigilância o seu principal caráter. Em principio são atividades desenvolvidas no interesse da comunidade e não implicavam em restrição à liberdade e aos direitos, mas tão só, o desempenho de atividades do governo e administração visando o bem comum. No desenrolar da historia e atividades de doutrinas políticas e de teorias jurídicas, houve uma evolução semântica e cada uma dessas expressões ganhou sentidos próprios, definindo objetivos, atividades e métodos de ação que, a princípio não devem confundir-se, mas devem ser reciprocamente complementares.
Na prática existe uma ligação inevitável entre política e pólicia, havendo momentos que ambas se fundem, compondo força que reconhece regras e nem limitações. Ficou claro na transição do século XVll e XVlll, a burguesia superou o absolutismo, com um novo modelo político, que deveria ter o papel de guardião dos interesses dos grupos dominantes, que imporia obediência e regras, nasceu ai a expressão francesa État-gendarme – Estado-policia, igual a estado mínimo, relativo ás atribuições do neoliberalismo que vem tentando ressuscitar, sob aparência de sociedade livre. O apelo fácil a violência dos governos tanto dos democráticos como totalitários, assim sem qualquer disfarce sistema de governo buscam apoio para exercício do seu poder arbitrário numa polícia política.
A militarização da policia no Brasil se estabelece no inicio do século XX. Pois daí se compreende o apelo à violência, na concepção militar quem não segue as regras disciplinar e perturbam a ordem social, são classificados coinimigos, contra os quais todo o uso da força é valido. Portanto, a organização da polícia em moldes militares, continência, ordem unida, quartéis, fardas, patentes militares, isso reflete objetivos políticos. O liberalismo adotou fórmulas jurídicas para legalizar o autoritarismo dos governos. A concepção ficou sintetizada na frase de Washington Luiz: “Para os amigos tudo, para os inimigos a lei”. Os adversários políticos eram inimigos e a lei eram as regras fabricadas pelo grupo dominante, para cuja imposição se considerava justificada o uso de força.
A organização policial como militar profissionalizante vai acontecer com a contratação da missão francesa, que chegou a São Paulo em 1906, este estágio é importante para compreender o processo que levou a concepção militar as polícias estaduais. Esse processo está nos primeiros passos dados pela oligarquia paulista para organizar um pequeno exercito. O presidente de são Paulo que teve a iniciativa em 1904, Jorge Tibiriça, pediu ao Barão do Rio Branco, Ministro de Relações Exteriores, que informasse sobre os melhores exércitos da Europa e não sobe a melhor policia. Os fatos que levaram a essa atitude forma o temor de intervenção federal, devido ao inicio da República federativa e que se contrapunham o vicio centralista da monarquia e desejo de autonomia ou independência, dos Estados federados e o medo dos anarquistas que acabavam de chegar. O resultado foi uma corporação mais militar do que policial, inclusive na mentalidade. Esta superorganização policial-militar paulista serviu de modelo para outros Estados, generalizando-se a idéia que uma ao policia era que as tivesse nos moldes de rigidamente militares.

OS PRENÚNCIOS DE POLÍCIA
No Brasil desde o descobrimento, em 1500, o modelo militar vigora nos serviços policiais brasileiros. Primeiro, eles tiveram a função de proteger o território das invasões. Fase da exploração do pau-brasil. O rei de Portugal enviou expedições exploradoras, arrendou o Brasil e enviou expedições guarda-costas. As expedições de Gaspar de Lemos (1501) e de Gonçalo Coelho (1503) vieram fazer o reconhecimento do litoral brasileiro. Portugal arrendou o Brasil a um grupo de cristãos novos (judeus) chefiados por Fernão de Noronha. Este também recebeu a primeira Capitania Hereditária (1504). Por este trabalho, era permitido extrair pau-brasil e estabelecia a obrigatoriedade de fundar feitorias (armazéns fortificados). Para reprimir (combater) o “contrabando do pau-brasil”.
A política do mercantilismo no mundo europeu percorreu espaços nunca procurados por interesses econômicos, essa tendência gerou relações hostis como no Rio de Janeiro, em 1560, Mem de Sá, destruiu o forte Coligny. Em 1567, os franceses foram expulsos. Em 1614 uma expedição de Pernambuco, comandada por Jerônimo de Albuquerque, para reconquistar o Maranhão. Derrotando os franceses no forte de São Luis.
Após a expulsão dos franceses de São Luís, o comandante português Alexandre de Moura determinara que fosse realizada uma expedição militar para ocupar as terras, tinha por objetivo combater os ingleses, holandeses, expulsando-os dos domínios luso-espanhóis. Francisco Caldeira Castelo Branco, com uma guarnição de 150 soldados adentrou na baía de Guajará, construirão um forte chamado de presépio, no dia 12 de janeiro de 1616, fundaram a Cidade de Nossa Senhora de Belém.
As proximidades desses forte viviam os índios Tupinambás, no início a relação foi pacífica, mas devido os abusos dos portugueses que queriam escravizá-los, os Tupinambás acharam melhor expulsar os lusitanos da região, invadindo a cidade em 7 de janeiro de 1619, comandado pelo cacique guaimiaba (cabelo de velha). Os colonos refugiados no forte abriram fogo matando vários índios e o cacique.
Na conquista da Amazônia, além dos inimigos estrangeiros, os indígenas foram os principais grupos a serem exterminados e a serem subjugados a seus domínios. A força coercitiva do Estado sempre esteve envolvida em guerras, batalhas e revoluções. Seja qual for o momento: na fundação de Belém em que os autóctones são subjugados a catadores da floresta, perdendo a sua intima relação com a natureza de subsistência; na expulsão das organizações religiosas do projeto pombalino; na cabanagem; na vigilância policiada dos “corpos de trabalhadores”; na aplicação do código de postura de Antônio lemos que excluía maior parte da sociedade em detrimento de uma minoria privilegiada que ainda contava com o corpo de policiamento municipal que foi formado de imediato; e a partir de 1964, no regime militar, a polícia vai exercer o papel de polícia de repressão política.
E o fato que estamos abordando da policia militar contra os manifestantes da ilha de Mosqueiro em função da interpretação política equivocada dos seus lideres que são representantes da executiva do PT, que podemos fazer uma analogia com os fatos ocorridos na véspera da cabanagem entre os vários atores envolvidos: de um lado a situação da população pobre do Grão-Pará era péssima, mestiços e índios viviam na miséria total. Sem trabalho e sem condições adequadas de vida, os cabanos sofriam em suas pobres cabanas às margens dos rios; Os comerciantes e fazendeiros da região também estavam descontentes, pois o governo regencial havia nomeado para a província um presidente que não agradava a elite local. Embora por causas diferentes, os cabanos (índios e mestiços, na maioria) e os integrantes da elite local (comerciantes e fazendeiros) se uniram contra o governo regencial nesta revolta. O objetivo principal era a conquista da independência da província do Grão-Pará. Os cabanos pretendiam obter melhores condições de vida (trabalho, moradia, comida). Já os fazendeiros e comerciantes, que lideraram a revolta, pretendiam obter maior participação nas decisões administrativas e políticas da província.
Embora por causas diferentes, os cabanos (índios e mestiços, na maioria) e os integrantes da elite local (comerciantes e fazendeiros) se uniram contra o governo regencial nesta revolta. O objetivo principal era a conquista da independência da província do Grão-Pará. Os cabanos pretendiam obter melhores condições de vida (trabalho, moradia, comida). Já os fazendeiros e comerciantes, que lideraram a revolta, pretendiam obter maior participação nas decisões administrativas e políticas da província.
A situação era difícil de ser entendida, primeiro porque os patriotas(liberais-radicais) liderados por Batista Campos, não aceitavam a junta portuguesa e os isolaram. O governador das armas, comandante das tropas portuguesas, general José Maria de Moura não estava feliz com a eleição e posse dos vereadores tidos como independentes à política de predomínio português. O general comanda ataques e prisão dos vereadores. Em Muaná, o povo levantou suas armas e proclamou a tão desejada independência, foi sufocado com tropas armadas e fuzis, pelo militar português. No dia 13 de julho de 1823 a galera Andorinha do Tejo partiu para Lisboa, levando 267 presos muitos dos quais faleceram durante a travessia.
Os portugueses reforçarão as defesas de Val-de-Cães, a de Fortaleza da Barra, os fortes do Castelo e de São Pedro Nolasco impedindo a entrada de navios no porto. No dia 11 de agosto de 1823, uma nau de guerra, de bandeira brasileira, fundeou na baía de Guajará. O comandante, o capitão inglês (a serviço de D. Pedro I) John Pascoe Greenfell enviou, à terra, ofício do chefe da Esquadra Imperial, Almirante Alexandre Thomas Cockrane, de que o porto de Belém estava bloqueado e as forças imperiais exigiam a rendição de quem se opunha à Independência Brasileira, alegando que só restava o Pará ser integrado, e que ele se encontrava com uma esquadra de navios fora da barra, prontos para assegurar a adesão, o que de fato isso era um blefe. Além de informa que os portugueses que aderissem a independência seus bens seriam garantidos. General Moura tentou negar. Presidia a Junta Governativa D. Romualdo de Sousa Coelho que informou ao general que iria reunir um conselho para deliberar sobre a situação. Sobre pressão do povo que bradava a adesão. Em 15 de agosto de 1823, foi Proclamada da Adesão do Pará à Independência do Brasil, apesar de Moura tentar adiar.
A pesar de serem contrários a independência, os portugueses foram beneficiados na recém instalada Junta Provisória, e se conservaram no poder, os comerciantes e latifundiários portugueses. Os revoltosos invadiram as residências portuguesas e saquearam suas casas comerciais. Batista Campos, numa tentativa de evitar alguns desses conflitos, foi acusado por Greenfell como mais um agitador político. Greenfell executou cinco homens, como forma de reprimir as manifestações populares, e amarrou Batista Campos à boca de um canhão. Membros da Junta Provisória intercederam e recomendaram a transferência do Cônego para ser processado e julgado no Rio de Janeiro. Aprisionou 256 suspeitos, no porão do brigue “Palhaço”, Os soldados lançaram cal virgem no porão, matando 252 pessoas por asfixia.

O CONCÍLIO DO MEDO
Portanto, nota-se então que o monopólio da Força que descreverá Norbert Elias ou o poder de disciplinar apontado por Michel Foucault sustentam a sujeição a uma ideologia dominante. Logo, a repressão de Greenfell, nos faz pensar da mensagem ideológica do Estado que usa o seu Aparelho repressão. “As polícias, desde o formato inicial, tem como atributo comum à vigilância da conduta dos indivíduos e da massa, onde paradoxalmente, o medo assegura o comportamento socialmente correto, “a monopolização da força física reduz o medo e o pavor que um homem sente do outro, mas ao mesmo tempo, limita a possibilidade de causar terror, medo ou tormento em outros”. Na perspectiva de Foucault, o poder da disciplina tem como objetivo adestrar os indivíduos e conseqüentemente retirar e se apropriar deles. O processo de construção da cultura aborda o poder da disciplina para fabricar corpos submissos e “dóceis” visando aumentar suas forças em termos econômicos de utilidade e reduzi-las em termos de obediência como instrumento de dominação. Em qualquer sociedade o corpo está preso ao interior de poderes que lhe impõem limitações, proibições e obrigações, exercidos através da coerção e controle pelo emprego da disciplina. O ocorrido ficou conhecido como a “Tragédia do Brigue Palhaço.
Concluímos que após a Independência do Brasil, a Província do Grão-Pará mobilizou-se para expulsar as forças reacionárias que pretendiam manter a região como colônia de Portugal. Nessa luta, que se arrastou por vários anos, destacaram-se as figuras do cônego e jornalista João Batista Gonçalves Campos, dos irmãos Vinagre e do fazendeiro Félix Clemente Malcher. Terminada a luta pela independência e instalado o governo provincial, os líderes locais foram marginalizados do poder.
Um Outro rock musical brasileiro que retratou bem os anos 80, foi a música Proteção (1984), do Plebe Rude, que questionava a ação da polícia e do Exército que, ao invés de protegerem a sociedade, passaram a ser temidos por ela, invertendo seu papel em prol das imposições do Governo. Mais uma vez a música refletiu o contexto da sociedade brasileira, suas inquietações e busca pelas mudanças.

PROTEÇÃO
PLEBE RUDE
“Será verdade, será que não
Nada do que posso falar
E tudo isso pra sua proteção
Nada do que posso falar
A PM na rua, a guarda nacional
Nosso medo suas armas, a coisa não tá mal
A instituição esta aí para a nossa proteção
Pra a sua proteção
Tanques lá fora, exército de plantão
Apontados aqui pro interior
E tudo isso para sua proteção
Pro governo poder se impor
A PM na rua, nosso medo de viver
Um consolo é que eles vão me proteger
A única pergunta é: me proteger do quê?
Sou uma minoria mas pelo menos falo o que
quero apesar da repressão
Tropas de choque, PMs armados
Mantêm o povo no seu lugar
Mas logo é preso, ideologias marcadas
Se alguém quiser se rebelar
Oposição reprimida, radicais calados
Toda a angustia do povo é silenciada
Tudo pra manter a boa imagem do Estado!
Sou uma minoria mas pelo menos falo o que
quero apesar da repressão
Armas polidas, os canos se esquentam
Esperando a sua função
Exército brabo e o governo lamenta
Que o povo aprendeu a dizer não
Até quando o Brasil vai poder suportar?
Código penal não deixa o povo rebelar
Autarquia baseados em armas não dá
E tudo isso é para a sua segurança
Para a sua segurança”.

Basicamente podemos comparar o fato dos companheiros de Mosqueiro como dos personalidades atuantes no movimento da Cabanagem que foram vitimas do próprio sistema que defendiam. Leirson e Aldo foram execrados pelo seu próprio governo do PT, e os manifestantes que antes saíram às ruas para comemorar a vitoria de Ana Júlia foram violentamente agredidos pela força policial comanda pelo Capitão Éricles que teve atitude parecida de Greenfell, pois a situação era de caos e o aparelho repressivo do Estado tinha que agir em defesa daqueles pra quem de fato o Estado foi criado. O sujeito é interpelado pelo AIE, assumindo uma posição de submissão, a partir daí ocorre um reconhecimento mútuo entre sujeitos, e ao final uma garantia absoluta que tudo “está bem assim como está”. Mas, caso contrario o ARE entrara em ação. Portanto, nota-se então que o monopólio da Força descrito por Norbert Elias ou o poder de disciplinar apontado por Michel Foucault sustentam a sujeição a uma ideologia dominante.
Nos mais de 500 anos de Brasil a policia continua a mesma no seu aspecto de operação final, ou seja, repressora.
A Policia Militar se reproduz através do AIE e também do ARE, pois este no ato da sua formação sofre a ação ideológica do Estado e consequentemente a repressão do Estado quando este tem que assumir uma postura moral diante dos seus pares. Althusser afirma que: "(...) o Exército e a Polícia funcionam também através da ideologia, tanto para garantir sua própria coesão e reprodução, como para divulgar os valores por eles propostos". As instituições policiais militares são regidas por dois fundamentos básicos: hierarquia e disciplina, disseminados através de valores internos que garantem a coesão e reprodução do modelo. O Estatuto da Polícia Militar do Estado do Pará são parâmetros de direcionamentos ao sujeito policial. “O art. 2° - (...) é Instituição permanente, organizada com base na hierarquia e disciplina”. A ação ideológica do aparelho do Estado e conseqüente sujeição do indivíduo a servir voluntariamente, além de arriscar a sua vida pelo dever profissional deverá estar focado no: “art. 3°, b) Os incluídos na Polícia Militar, voluntariamente, durante os prazos que se obrigam a servir; art. 34 e 35 – todo cidadão, após ingressar na Policia Militar(...), terá caráter solene e será prestado na presença de tropa, tão logo o Policial-Militar tenha adquirido o grau de instrução compatível com o perfeito entendimento de seus deveres como integrante da Polícia Militar, conforme, os seguintes dizeres: Ao ingressar na Polícia Militar do Pará, prometo regular minha conduta pelos preceitos da moral, cumprir rigorosamente as ordens das autoridades a que estiver subordinado e dedicar-me, inteiramente, ao serviço Policial-Militar, à manutenção da ordem pública e à segurança da comunidade, mesmo com o sacrifício da própria vida". As ideologias possuem existência em um campo da realidade e visam à reprodução continuada do modelo dominante de sociedade, criando divisão de trabalho em um mecanismo onde a ideologia leva o sujeito neste caso o policial militar a reconhecer onde é o seu lugar no contexto social através da sujeição, que não está presente somente nas idéias, mas também em um conjunto de práticas, de rituais situados em um rol de instituições concretas, constituindo o que é denominado de Aparelho Ideológico de Estado (AIE).
Com o fim dos governos militares, há uma transição processual de uma policia política para uma policia cidadã ou comunitária que reconhece a diversidade social, o respeito ao indivíduo e a coletividade em todos os seus segmentos. Cidadania pressupõe o equilíbrio entre os interesses do indivíduo e da coletividade”. “A polícia cidadã, deve ser imparcial, reconhecer os movimentos de garantia das diferenças e das divergências, respeitar todos os seguimentos e garantir os espaços legítimos de manifestação. A mediação, constitui-se sua primeira e principal metodologia de ação e a repressão policial, a excepcionalidade”.
O Ministério da Justiça a partir de 2001, passou a exigir dos estados brasileiros uma profunda reforma nas bases curriculares das escolas de formação para Formação dos Profissionais de Segurança do Cidadão”, claro que essa mudança tem que ser acompanhada com modificações nos regulamentos, principalmente na Policia Militar, pois o atual no seu: “art. 3°, b) Os incluídos na Polícia Militar, voluntariamente, durante os prazos que se obrigam a servir”, ainda não Tratam seus agentes como profissionais, mas como voluntários. Na intenção de tornar homogêneo o curso, planejamento curricular, assegurar o princípio de equidade no processo de formação, unidade de pensamento e ações adequadas às necessidades sociais. Os currículos, amplamente debatidos, foram distribuídos em 06 áreas de estudo — missão, técnica, cultura jurídica, saúde, eficácia, linguagem e informação. As principais áreas temáticas englobaram cultura, sociedade, ética, cidadania, direitos humanos e controle de drogas.
O Poder de Estado, representado por um segmento politicamente institucionalizado a quem se delega o direito e o dever de instituir e executar o processo político-jurídico, além da coordenação da vontade do povo mesmo com o monopólio dos meios legítimos de coerção, em a tendência de contribuir com as mudanças filosóficas dos aparelhos de repressão, visualizando a cidadania para conciliar uma nova concepção ideológica de “polícia cidadã” e destruir a ideologia.
O que caracteriza o ARE são suas ideologias, sua conotação negativa é o seu sentido acrítico e dogmático, sua tendência a constituir-se como uma cosmo visão, tudo explicado, justificado ou rejeitado sob um único ponto de vista. Do sistema de segurança publica o Brasil exposto, em que nível o Poder de Estado interessa, de fato, as mudanças nos modelos existentes quanto ao seu funcionamento repressivo ou ideológico? Para Althusser os aparelhos ideológicos reproduzem as condições de conflito e não o resultado dele, ou seja: “a mudança de mãos do aparelho repressivo de Estado não muda em nada o seu caráter”.
O autoritarismo e a repressão também receberam críticas emblemáticas em Ideologia, de Cazuza (1988), que demonstra a insatisfação com a situação vigente.

IDEOLOGIA
CAZUZA
“Meu partido
É um coração partido
E as ilusões estão todas perdidas
Os meus sonhos foram todos vendidos
Tão barato que eu nem acredito
Eu nem acredito
Que aquele garoto que ia mudar o mundo
Freqüenta agora as festas do “Grand Monde”
Meus heróis morreram de overdose
Meus inimigos estão no poder
Ideologia
Eu quero uma pra viver
(...)
Pois aquele garoto que ia mudar o mundo
Agora assiste a tudo em cima do muro (...)”
O ofício de polícia sempre foi considerado um mecanismo meramente de contenção dos maus cidadãos (numerosas classes dominadas) na proteção dos bons cidadãos (classes dominantes).
A música Polícia dos Titãs, sucesso dos anos 80 e que é ainda hoje citada como referência para analisar o papel da polícia no contexto social brasileiro. Já naquela época se fazia uma análise crítica do que a instituição policial representava para a sociedade, revelando a idéia de que ela existia não para proteção dos cidadãos, mas do Estado.
O viés autoritário das policiais no Brasil é ranço dos regimes políticos dessa natureza, que se revezaram no poder ao longo de nossa história. Dentro deste contexto sócio-político, os policiais sempre foram treinados para “combater” como se todos fossem criminosos e “inimigo” seu.
Com a Constituição de 1988 que propõe mudança de paradigmas nas instituições policiais. A redemocratização do país abriu as portas para uma nova era nas instituições policiais, não tinham o respeito e o reconhecimento da sociedade, nem serem capazes de frear o incremento da violência e da criminalidade, por estarem despreparadas para enfrentar o problema.
A expressão “segurança cidadã”, mais adequada aos regimes democráticos, era apenas o primeiro passo. Seria preciso mesmo colocar em prática os fundamentos desta nova teoria, cujo foco principal é o cidadão. Este processo de aprendizagem do trabalho com a participação comunitária na política de segurança pressupõe transparência nas ações, subordinação à lei e defesa e promoção dos direitos humanos.
O poder público não poderia ficar de fora desse processo de mudanças no cenário da segurança pública nacional foi dado em 1998, com a criação da Secretaria Nacional de Segurança Pública (Senasp). A partir de então teve início a coleta, análise e gerenciamento de dados que têm possibilitado nortear as diretrizes da tão necessária transformação do tradicional enfoque da segurança pública. Não seria possível se basear no “achismo”. Assim, os dados empírico-estatísticos passaram a exercer papel fundamental, demonstrando as falhas e apontando os caminhos a serem seguidos. Era o conhecimento científico sendo aplicado em prol das mudanças. Os dados oficiais, expunham os pífios resultados obtidos com o modelo de repressão vigente, incapaz de conter a expansão da criminalidade.
Do policial moderno se espera profissionalismo, eficiência, ética, compromisso, competência, conduta ilibada, e, sobretudo respeito às leis, à cidadania e aos direitos humanos. Com tudo que não se inspire na musica e nos fatos do filme: “Tropa de elite”.

Tropa de Elite
Tihuana
Egypcio / Pg / Román / Baía / Leo / Jonny
"E agora o bicho vai pegar!
Tropa de Elite
Osso duro de roer
Pega um pega geral
Também vai pegar você...(...)
A música, principalmente através do rock, foi um espaço democrático, contestador e questionador que envolveu diversas questões nacionais, como pode ser percebido na música. Queremos usar a imagem poética da música dos Titãs “Polícia” para dar voz Àquele que ja sofreu na pele a sombria sensação do terror do medo nas açoes táticas de combate a criminalidade em que a polícia vai discriminalizando a todos que estão no espaço e tempo da operação.
POLÍCIA


TITÃS
Tony Belotto
Dizem que ela existe pra ajudar
Dizem que ela existe pra proteger
Eu sei que ela pode te parar
Eu sei que ela pode te foder
Polícia para quem precisa
Polícia para quem precisa de polícia
Polícia para quem precisa
Polícia para quem precisa de polícia
Dizem pra você obecer
Dizem pra você coperar
Dizem pra você tomar no cu
Dizem pra você filha da puta
Polícia para quem precisa
Polícia para quem precisa de polícia
Polícia para quem precisa
Polícia para quem precisa de polícia
Polícia para quem precisa
Polícia para quem precisa de polícia
Polícia para quem precisa
Polícia para quem precisa de polícia

A PROVA
A capacidade de governo do Estado - através da transição programada de um tipo de administração pública burocrática, rígida e ineficiente, voltada para si própria e para o controle interno, para uma administração pública gerencial, flexível e eficiente, voltada para o atendimento do cidadão. O governo brasileiro não precisa provar sua "governabilidade", ou seja, de poder para governar, dada sua legitimidade democrática e o apoio com que conta na sociedade civil. Os governos que usam discursos de caráter humanitário e equidade correspondente às aspirações de justiça social dos mais pobres, mas que na prática real usam dos aparelhos repressivos do estado, como no caso de Mosqueiro. Estas organizações partidárias estão fadadas a falência, tendo em vista que submeterá seus projetos de governo a aprovação popular em pleitos posteriores. Os governos dos estados brasileiros devem ser apenas facilitadores dos recursos públicos, pois agindo assim não minimizam o poder do estado, mas democratiza a participação popular na administração pública. Quem não tem competência política administrativa, com certeza, por desespero irá usar o ARE. Mas os agentes ideológicos partidários devem ser perceptíveis em não envolver pessoas como massas de manobras disfarçadas de resistentes a negligencias de governos autoritários.
Concluo este texto que não percebo em outro teórico uma metodologia que justifica a relação humana como “Ciências Sociais”, através da “Dialética do Materialismo Histórico” de Karl Marx.
Camaradas não confundam ganhar a hegemonia de um Estado como sendo o mais alto grau do movimento revolucionário, através do voto democrático. Como disse Marx: “trabalhadores do mundo, uni-vos”. Afinal, quando a esquerda governa com a direita quem manda é a cartilha da direita.

EXEMPLO
 Lula reúne-se com os governadores dos 26 estados e do Distrito Federal, 6 de março de 2007.
1. O degrau mais alto, da esquerda para a direita: ministro Fernando Haddad, gov. Luís Henrique da Silveira (Santa Catarina), ministro Tarso Genro, gov. Ivo Cassol (Rondônia), gov. Blairo Maggi (Mato Grosso), gov. Paulo Hartung (Espírito Santo) e gov. André Puccinelli (Mato Grosso do Sul).
2. Na fileira central, da esquerda para a direita: ministro Paulo Bernardo Silva, ministra Dilma Rousseff, gov. Aécio Neves (Minas Gerais), gov. Sérgio Cabral Filho (Rio de Janeiro), gov. José Roberto Arruda (Distrito Federal), ministro Guido Mantega (ao celular), gov. Cássio Cunha Lima (Paraíba), gov. Ottomar Pinto (Roraima), gov. Roberto Requião (Paraná), gov. Wellington Dias (Piauí), desconhecido, gov. Teotônio Vilela Filho (Alagoas) e gov. Jackson Lago (Maranhão).
3. Na fileira inferior, da esquerda para a esquerda: gov. Jaques Wagner (Bahia), gov. José Serra (São Paulo), gov. Marcelo Miranda (Tocantins), gov. Eduardo Campos (Pernambuco), gov. Eduardo Braga (Amazonas), presidente Luís Inácio Lula da Silva, vice-presidente José Alencar, gov. Yeda Crusius (Rio Grande do Sul), gov. Alcides Rodrigues (Goiás), Marcelo Déda (Sergipe), gov. Wilma de Faria (Rio Grande do Norte), gov. Waldez Góis (Amapá), Ana Júlia Carepa (Pará) e gov. Cid Gomes (Ceará).
4. O único governador ausente foi Binho Marques, do Acre. Mas que pertence ao partido do presidenteLula PT. Portanto, o Brasil está representado nessa foto.






Partidos                                                                              Nº de gov. por Estados
Partido do Movimento Democrático Brasileiro                                 9
Partido da Social Democracia Brasileira                                           6
Partido dos Trabalhadores                                                               4
Partido Socialista Brasileiro                                                              4
Partido Progressista                                                                         2
Partido da Mobilização Nacional                                                     1
Partido Popular Socialista                                                                1

Alguma dúvida sobre democracia!?
Pergunte ao LULA, com muito orgulho.
O velho comunista se aliançou é um verso da música “Vermelho”, obra do sambista amazonense Chico da Silva para o grupo folclórico “Boi Garantido”, de Parintins, uma explosão musical que sacudiu Belém na campanha de 1996 e ficou na história política como um dos jingles do partido dos trabalhadores a nível nacional. O rítmico arrastou milhões de pessoas, num grito unissonoro na levada a plenos pulmões nas ruas pela militância vermelha. A musica foi uma das responsáveis pela transformação política, principalmente em Belém na campanha de Edmilson Rodrigues (PT) em 1996 e na sua reeleição de 2000, a prefeitura. soava como um encantamento, como se a população ficasse hipnotizada e saia as ruas como se estivesse sob efeito de uma “droga alucinógena”, criando um efeito “nirvana”. A música também embala a torcida do internacional de Porto alegre e do Benfica de Portugal.

Ao som da música “Vermelho”, de Chico da Silva, o público entoava o que acabou virando o hino do Partido dos trabalhaores
BOI GARANTIDO (CHICO DA SILVA)
VERMELHO
A côr do meu batuque
Tem o toque, tem o som
Da minha voz
Vermelho, vermelhaço
Vermelhusco, vermelhante
Vermelhão...
O velho comunista se aliançou
Ao rubro do rubor do meu amor
O brilho do meu canto tem o tom
E a expressão da minha côr
Vermelho!...
O velho comunista se aliançou
Ao rubro do rubor do meu amor
O brilho do meu canto tem o tom
E a expressão da minha côr
Meu coração!...
Meu coração é vermelho
Hei! Hei! Hei!
De vermelho vive o coração
He Ho! He Ho!
Tudo é garantido
Após a rosa vermelhar
Tudo é garantido
Após o sol vermelhecer...
Vermelhou o curral
A ideologia do folclore
Avermelhou!
Vermelhou a paixão
O fogo de artifício
Da vitória vermelhou...
Dedico aqui a todos aqueles companheiros que se dedicaram a fundação do PT, e que hoje não são lembrados por esses que desfrutam da dormência do poder do Estado.
Tipo: Vera Lúcia da Matta Pinto, Paulo Jararaca, Finado professor Messias, professor Reginaldo, Paulo M. Pnto, Agostinho e os companheiros que militaram no Bairro do Tapanã, os manifestantes de Mosqueiro e o companheiro Leirson, além de Vera Eciane que suportou permanecer casada com com seu marido (Esaú), que foi demitido duas vezes do seu seviço público por se envolver em organização sindical. 

REFERÊNCIAS
ALTHUSSER, L. Ideologia e Aparelhos Ideológicos do Estado. 4. ed., Rio de Janeiro: Graal, 1985.
CARDOSO, Regina Célia. História da Intolerância – Estado Autoritário e Ideologia Policial. Ed, Associação Editora Humanista.
ARAÚJO, Esaú Cunha. História do Patrimônio Público Municipal de Belém.
FOUCAULT, Michel. Vigiar e Punir: nascimento da prisão. Petrópolis : Vozes, 1977
MAQUIAVEL, Nicolau. O Príncipe. São Paulo: Hemus, 1996
SODRÉ, Nelson Werneck. História militar do Brasil. Rio de Janeiro : Civilização Brasileira, [1965]. 439 p.
ELIAS, Norbert. Sugestões para uma teoria dos processos civilizadores", Vol. 2. Rio de Janeiro, Jorge Zahar Editor, 1994.
ELIAS, Norbert. Sugestões para uma teoria dos processos civilizadores", Vol. 2. Rio de Janeiro, Jorge Zahar Editor, 1994.
Alves Filho, Armando; Souza Júnior, José Alves; Bezerra Neto, José Maia. “Pontos de História da Amazônia”. Belém: Produção Independente, 1999. P.9
Fonte: http://anajuliacarepa13.blogspot.com/2010/05/no-ar-radio-praiana-de-mosqueiro.html
Fonte: http://ptdemosqueiro.blogspot.com/2010/06/carta-de-repudio_23.html
Fonte: Site da Polícia Militar do Pará - http://www.pm.pa.gov.br/a
Fonte: http://www.historia-actual.org/Publicaciones/index.php/haol/article/viewFile/149/137
Entrevista com Getúlio de Souza Fayal. Historiador.
- Legião Urbana (1986), Dois. [S.I.], EMI. 1 disco sonoro
- Id. (1987), Que país é esse 1978/1987. [S.I.],
EMI. 1 disco sonoro.