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Graduado em Historia.

segunda-feira, 16 de janeiro de 2012

A EVOLUÇÃO DA ÉTICA NA POLÍTICA 
 INTRODUÇÃO
Historicisaremos os conceitos de ética no tempo e espaço para melhor entender como cientista político as relações sociais principalmente no campo político para que não sejamos preconceituosos ou julguemos com olhar apenas em nosso contexto. Entre a teoria e a pratica há a práxis, isso quer dizer com base no pensamento do psicólogo americano experimentalista do behaviorismo Skinner (104/1990): o ser humano só começa a praticar a educação só depois que esquece tudo aquilo que foi apreendido teoricamente com os conceitos, ou seja, o organismo responde ao ambiente externo. Então o cientista político deve entender a ética de espaço histórico como produto do meio e não terá o direito de manipular, caso contrário este estará agindo ativamente como sujeito e não como analista cientifico. Dialogaremos com os autores clássicos que nos possibilitará o entendimento como Sócrates, Platão e Aristóteles que refletira na reprodução da ética moral, principalmente na política da sociedade Clássica: Grécia e Roma. Depois partiremos para a ética religiosa de Santo Agostinho e Tomas de Aquino, ou seja, patrística e escolástica, pois estes foram grandes contribuidores do comportamento da sociedade de suas épocas. Sequencialmente esporemos sobre o contexto ético de transição da sociedade feudal para a sociedade moderna com os teóricos absolutistas que deram a nova base de comportamento e formação de Estado da nova sociedade, entre eles trabalhares os pensamentos de Nicolau Maquiavel e sua obra “O Príncipe”, que determinará o contexto epistemológico de uma política em que o rei poderia usar os meios que seria justificado pelos fins, ou seja, o que importava era o Estado  em detrimento dos súditos. Perpassando por este contexto incipiente de governos absolutistas podemos citar também Thomas Hobbes e sua obra O “Leviatã”. Dentro de uma perspectiva religiosa observaremos a defesa da Teoria do Direito Divino feita por Jean Bodin e Jacques Bossuet.
Com o inicio das revoluções burguesas no século XVII é notório se ver inúmeras mudanças ocorrerem no mundo dentro de vários aspectos, seja na política, na economia ou dentro dos aspectos sociais. A ética ganha uma nova roupagem, pois ela faz parte de um processo dialético, como diz Max, “o mundo estar em constante transformações”. Nesse momento vamos compreender o mundo dentro da razão dos ilustrados em John Locke que dedicou-se também à filosofia política. No Primeiro tratado sobre o governo civil, critica a tradição que afirmava o direito divino dos reis, declarando que a vida política é uma invenção humana, completamente independente das questões divinas. No Segundo tratado sobre o governo civil, expõe sua teoria do Estado liberal e a propriedade privada, rompendo com o modelo tradicional da época. E não podemos falar de um novo modelo de comportamento de sociedade, de governo, governabilidade, ética e moral na política sem tomar como base o pensador Barrão de Mostenquieu, onde possibilita a volta ao pensamento indutivo, à forma humana, ao equilíbrio do Neoclassicismo foi o legado que homens como Montesquieu deixaram para a arte do século posterior. A teoria política criada por ele e que se reflete na divisão dos poderes estatais, por exemplo, são aulas de vida para acadêmicos e políticos até os dias de hoje. Montesquieu defendia a divisão do poder em três: Poder Executivo (órgão responsável pela administração do território e concentrado nas mãos do monarca ou regente); Poder Legislativo (órgão responsável pela elaboração das leis e representado pelas câmaras de parlamentares); Poder Judiciário(órgão responsável pela fiscalização do cumprimento das leis e exercido por juízes e magistrados).
O mundo contemporâneo não seria o mesmo sem a contribuição de Jean Jacques Rousseau, onde em seus pensamentos o estado de natureza, está descrito principalmente em seu livro Discurso sobre a Origem e Fundamentos da Desigualdade Entre Homens e O Contrato Social.
A definição da natureza humana é um equilíbrio perfeito entre o que se quer e o que se tem. O homem natural é um ser de sensações, somente. O homem no estado de natureza deseja somente aquilo que o rodeia, porque ele não pensa e, portanto, é desprovido da imaginação necessária para desenvolver um desejo que ele não percebe. Estas são as únicas coisas que ele poderia "representar". Então, os desejos do homem no estado de natureza são os desejos de seu corpo. "Seus desejos não passam de suas necessidades físicas, os únicos bens que ele conhece no universo são a alimentação, uma fêmea e o repouso".
Desenvolveremos os principais conceitos norteadores de ética que regerá e rege sobre as sociedades principalmente as ocidentais, mas que serve de conceito básico universal que pode haver pequenas diferenças ou variações lingüísticas, mas o resultado sempre estará próximo da definição.
  FILOSOFIA MORAL
Para Aristóteles o homem é um ser que age de acordo com seus valores. Significa que as coisas e as ações que realizam podem ser hierarquizadas de acordo com as noções de bem e de justo compartilhadas por um grupo de pessoas, em um determinado momento. O homem é um ser moral, e que avalia suas condutas com bases em seus valores.
Moral - Vem do latin mos mor- “costumes”. É um conjunto de regras e normas que orientam o comportamento humano e tem como base os valores os valores de uma comunidade. Como as comunidades se distanciam no tempo e espaço, então os valores podem ser diferentes entre comunidades que reflete em códigos diferentes.
E se deve refletir: - O que devo fazer para ser justo? - Quais valores devo escolher para guiar minha vida? - Há uma hierarquia de valores que deve ser seguida? - Que tipo de ser humano devo ser nas minhas relações comigo mesmo, com meus semelhantes e com a natureza? - Que tipo de atitude devo praticar como pessoa e como cidadão ?
ÉTICA - Vem do grego ethikos – modo de ser, comportamento e se aplica a disciplina filosófica que investiga os diversos sistemas morais elaborados pelo homem, para compreender os fundamentos da normas e proibições própria a cada um e explicar seus pressupostos, ou seja, as concepções do sobre o ser humano que o sustenta. Portanto a ética e uma disciplina teórica sobre uma pratica humana, que é o comportamento moral, mas não se restringe a reflexos teóricos dos vlores humanos que se originam no desenvolvimento sociológico, antropológico, religioso etc.
Como filosofia prática e teórica deve instruir como a ética de desejo de unir o saber ao fazer, Istoé, aplicar o conhecimento sobre o ser para o que deve ser.
MORAL E DIREITO - As normas morais e jurídicas são estabelecidas pelos cidadãos e se relacionam a regular estes grupos. Aspectos comuns entre morais e jurídicas: Apresentam como imperativo, devem ser seguidas por todos; Através das normas propõem melhor convivência entre ambos; São orientados pelos valores culturais interno de uma comunidade; Tem caráter histórico- mudam conforme transformações histórico-sociais.
DIFERENÇA ENTRE MORAL E DIREITO:
MORAIS – são cumpridas com base na convicção individual; Jurídicas – devem ser cumpridas se não serão punidos pelo Estado, e está prevista na legislação, enquanto a moral, a sansão esta ligado a sua consciência moral do sujeito.
 A esfera da moral e mais ampla e atinge diversos campos da vida, enquanto a do direito e mais especifica que nasce da interferência de conduta social.  O direito e constituído que tudo e permitido, menos o que a lei proíbe. A moral não se restringe a um código formal, mas o direito sim. O direito mantém uma relação estreita com o estado, a moral não.  O direito pode intervir com a força coercitivas do estado, como policia e judicial, a moral ela se ajusta a sociedade, portanto os filósofos as considera a liberdade.
MORAL E LIBERDADE - A consciência e que difere homem e animal, é o que a racionalidade consegue dirimir o bem e mal, falso e verdadeiro.
CONSCIENCIA MORAL - Faculdade de formular conduta e fazer diferença e formular juízos, para escolher entre as circunstancias o melhor caminho para sua vida, e assim que o homem constrói sua liberdade. Assim a consciência moral e liberdade estão intimamente relacionada, então só se pode julgar moralmente uma ação se uma pessoa quando esta ação foi praticada em liberdade.  Quando não se tem escolha (liberdade), quando se age coagido, é impossível decidir entre o bem e o mal (consciencia moral). Ex: um filho é obrigado a sequestrar um pai, sob determinação de criminoso. Mas quando estamos livre para escolher uma ação, assim nos tornamos responsáveis por nossos atos, ai podemos ser julgados moralmente.
VIRTUDE - Qualidade ou ação que dignifica o homem, ou seja, a pratica eterna do bem que corresponde ao uso da liberdade com responsabilidade moral: prudência, polidez, fidelidade, prudência, justiça, coragem, generosidade etc.
VÍCIO - Se opõe a virtude e, a pratica do mal que corresponde ao uso da liberdade sem responsabilidade moral: violência, infidelidade, insensatez, injustiça, covardia, e mesquinhez etc. Erich Fromm, afirmou que responsabilidade e virtude é primordial do ser humano que se realiza nas possibilidades da vida.
LIBERDADE – DETERMINISMO - Se há responsabilidade moral quando há liberdade pessoal, então somos livres para decidir? Que liberdade e essa?
TRÊS FATORES PARA DEBATE
1º - ÊNFASE DO DETERMINISMO – liberdade não existe, o homem e sempre determinado, seja por natureza biológica (necessidades instintos), histórico social (leis, normas, costumes). As ações individuais são causadas por e determinadas por fatores ou constrangimentos sociais, e a liberdade seria uma ilusão. Filosofo materialista – Helvetius (1715 a 1771) e Holbach (1723 a 1789).
2º - ÊNFASE NA LIBERDADE – o homem é sempre livre, apesar do criador desta teoria aceitar interferência externa, social e interna, como desejos e impulsos etc., mas sustenta que o homem esta em liberdade moral acima destas citadas acima. Em que ele sempre determina através de escolha e pode agir livremente a partir de sua autodeterminação. Jean Paul Sartre, “o homem esta condenado a ser livre”.
3º - DIALÉTICA ENTRE LIBERDADE E DETERMINISMO – o homem e determinado e livre ao mesmo tempo, não se excluem, mas se completam. Então faz sentido pensar em uma liberdade absoluta nem uma negação absoluta da liberdade. A liberdade e sempre uma liberdade concreta de liberdade concreta, sempre situada no interior no interior de um conjunto de um conjunto de condições objetivas de vida. Embora a nossa liberdade seja restringida por fatores objetivos que cercam a nossa existência concreta, podemos sempre atuar no sentido de alargar as possibilidades dessa liberdade, e isso será tanto mais eficiente quanto maior for a nossa consciência a respeito desses fatores> Espinosa – Hegel – Marx. Apesar de muitas diferenças entre eles, mas o ponto em comum é a liberdade é a compreensão da necessidade (dos determinismos).
TRANSFORMAÇÕES DA MORAL - Indivíduos reafirmar e consolidar a moralidade já existente, mas ele pode negá-la e contribuir para a transformação dessa moralidade, então essa relação entre individuo e sociedade e considerada como dialética, influencia, em que um individuo através de uma educação a universalidade de normas e condutas morais, mas pode haver contestação e um grupo ou um individuo pode transformar.
SÓCRATES – PLATÃO - ARISTÓTELES
 ÉTICA PARA SÓCRATES - Estava na razão, pois há um saber universal que demanda a partir da essência humana, em que se pode conceber a fundamentação de uma moral universal. E o que é essencial no ser humano é a sua alma racional, o homem é razão. E é na razão que se deve fundamentar as normas e costumes morais, portanto aética socrática é racionalista.
ÉTICA PARA PLATÃO - Aprofundou corpo e alma, dizia que muitas das vezes o corpo por ser a fonte de desejo e paixões do homem, desviando seu caminho para o bem ou mal. Então defendeu a necessidade de purificar do mundo material, para se alcançar a idéia do bem. Pois o home não consegue alcançar o bem sozinho, portanto necessita da cidade Polis. No plano ético, o homem bom é também o bom cidadão.
ÉTICA PARA ARISTÓTELES - Qual era o fim ultimo do homem? Era a felicidade. Para Aristóteles a felicidade não se confunde com o simples prazer dês sensações ou o prazer das riquezas e conforto material, ma na vida teórica o que promove o que há de mais humano a razão. O homem comum poderia aprender através do hábito.   A virtude moral é o meio-termo e o vício se dá ou na falta ou no excesso. Por exemplo: coragem é uma virtude e seus contrários são a temeridade (excesso de coragem) e a covardia (ausência de coragem). Tanto platão como aristoteles a etica esta relacionada a vida politica. Aristoteles se refere mesmo a etica como sendo um ramo da politica, ja que a etica trata do bem estar individual e a segunda trataria do bem comum a todos.
POLÍTICA - Na filosofia aristotélica a política é um desdobramento natural da ética e esta é um desdobramento da virtude que é um desdobramento do conhecimento que deverá combater em um eterno processo a ignorância que é o vício. Portanto, tanto a ética como a moral compõem a unidade do que Aristóteles chamava de filosofia prática.
EUDAIMONIA – (Endorfinas)
A eudaimonia está além do princípio do prazer. Traduzimo-la como sendo “felicidade”, mas é uma felicidade que se pauta numa qualidade imorredoura: a virtude. Impossível, portanto, falar sobre a felicidade aristotélica sem enveredar pelo conceito da virtude. A felicidade eudaimônica seria uma decorrência do exercício da virtude, ou seja, trata-se de algo que não depende de um elemento externo ou fugaz para me fazer feliz, pois vive em nós, é parte constituinte daquilo que somos e que nos tornamos com o exercício da construção humana. Não é “biologicamente garantido”, conforme nos tentam fazer crer os geneticistas, procurando genes da felicidade. Uma pessoa pode até ser bioquimicamente mais bem provida para o prazer, gozando de um bem estar sensorial superior e vivendo à base do gozo das próprias endorfinas, mas ainda assim, ela depende. Depende do externo para que sua bioquímica se ative. Depende do outro, objeto de seu gozo. E, viciada em gozar, perde sua felicidade tão logo este algo externo se esvaia pela própria natureza temporal e efêmera das coisas.
A partir desta perspectiva, podemos dizer que a felicidade aristotélica, eudaimônica, é uma disposição efetiva da alma, e não apenas afetiva. A disposição afetiva deriva do afeto (num sentido literal, “daquilo que nos afeta”), é reativa a algo, enquanto a disposição efetiva vem de dentro para fora. Brota da virtude e não está separada de sua práxis, ou seja, não é mero conceito, mas conceito posto em prática. Muito mais do que “virtude em potência”, para Aristóteles trata-se de virtude em ato.
Muitos autores apreciam definir a felicidade eudaimônica como sendo “a felicidade verdadeira”, em contraste à “falsa felicidade” que depende de fatores externos e se pauta no gozo sensório. Podemos contra-argumentar, dizendo que mesmo a felicidade efêmera, que se pauta no princípio do prazer, é verdadeira para quem a sente. E, mesmo que passageira, é eterna enquanto dura, parafraseando o poeta. Justamente por isso, não cremos que seria adequado definir a eudaimonia como felicidade “verdadeira”, pois não é falso de forma alguma dizer que um homem apaixonado, por exemplo, não está vivenciando a felicidade quando está ao lado de seu objeto de afeto. Ele de fato está, e seria prepotência intelectual chamá-lo de tolo. Sua felicidade, apesar de dependente, é inteiramente verdadeira, e isso nos diz o senso comum. Mas, sendo passageira, é fatal que desemboque num sofrimento posterior. Tudo muda, mas nada inteiramente. A paixão pelo outro se torna ressentimento pelo eventual abandono, ou tristeza pela eventual morte, mas a busca pela felicidade persiste. Melhor seria, portanto, definir a eudaimonia como uma felicidade auto-orientada, em contraste à felicidade extra-orientada da hedoné. O exercício da virtude, segundo nos ensina Aristóteles, confere ao sujeito um gozo imorredouro, não-efêmero, que se basta por si.
Podemos ser eventualmente bem sucedidos em nossas paixões, e nos tornamos felizes. Tornamo-nos infelizes quando a paixão acaba, ou quando não é correspondida. A paixão exige correspondência. Já o amor por si só se basta, pois não depende de objeto, é virtude de quem sente. O ser apaixonado demanda vorazmente seu objeto, enquanto que o ser amante, exercendo sua virtude para além do princípio do prazer, sente-se feliz por simplesmente amar. O prazer do amor está na percepção da própria capacidade de amar, seja este amor correspondido ou não.
OBS: HEDONE - Do grego hedone, prazer. Diz-se da doutrina que considera o prazer como a essência da felicidade ou que exalta o prazer como suprema norma moral. Nestes termos, os únicos critérios para a avaliação de uma dada ação são o prazer e a dor, ou, dito de outra forma, o prêmio e o castigo.
ETICA ESTOICISTA – fundada por Zenão de Cício (336 – 263) sábios estóicos como, por exemplo Marco Aurélio e Sêneca, defendiam a razão a qualquer preço. Os fenômenos exteriores a vida deviam ser deixados de lado, como a emoção, o prazer e o sofrimento. Toda realidade é uma realidade racional, todos os seres, natureza e os homens fazem parte realidade. O que chamamos de Deus é a fonte de toda realidade. Integrados a natureza, não existe nem um outro lugar ou fugir, alem do próprio mudo que vivemos, portanto ao morrermos nos dissolvemos neste mundo. Então estes defendiam no plano ético defendiam atitudes de austeridade física e moral, baseada em virtude, ante o sofrimento, a coragem ante o perigo, indiferença, ante a riqueza material. O ideal seria o estado plenitude serena para lidar com os sobressaltos da existência, fundada na aceitação e compreensão dos princípios universais  que regem toda a vida.
ÉTICA EPICURISMO - os epicuristas, seguidores do pensador Epicuro, defendiam que o bem era originário da prática da virtude. Defendiam a ATARAXIA - O corpo e a alma não deveriam sofrer para, desta forma, chegar-se ao prazer. Defende a administração racional e equilibrada do prazer, evitando os desejos insaciáveis que terminam em sofrimento. Identifica o medo da morte como um dos principais fontes de todos os medos. - “acostuma-te que a morte para nos não é nada, visto que todo bem e todo mal residem nas sensações. A consciência clara de que a morte não significa nada para nos proporcionar a fruição da vida efêmera, sem querer acrescenta-lhe tempo infinito e eliminando o desejo de imortalidade. Não existe nada de terrível na vida para quem esta perfeitamente convencido de quem não há nada de terrível em deixar de viver. E tolo portanto quem diz ter medo da morte, não porque a chegada desta lhe trará sofrimento, mas porque o aflige a própria espera: aquilo que nos perturba quando presente não deveria nos afligir enquanto esta sendo esperado. Então, o mais terrível de todos os males, a morte, não significa nada para nos, justamente quando estamos vivos, e a morte que não esta presente: ao contrario, quando a morte esta presente, nos e que não estamos presente.
ÉTICA DE PIRRONISMO – DE PIRRO DE ÉLIDA (365-275) nenhum conhecimento é seguro tudo e incerto. Devia se contentar com as aparências das coisas, desfrutar o imediato captado pelos sentidos e viver feliz em paz, em vez de se lançar em busca de uma verdade plena, pois seria impossível ao saber se as coisas são como é. Então esta e uma forma de ceticismo.
ÉTICA DE CINISMO – significa cão, se propuseram a viver como os cães da cidade, sem conforto e sem propriedade. Socrático extremista, em que o homem deveria conhecer a si mesmo e desprezar todos os bens materiais. Diógenes o filosofo mais destacado era conhecido como “Sócrates demente”, não tinha apreço a cidadania, pois se considerava um cosmopolita.
O BARRIL E A ESMOLA
Zombavam de Diógenes. Além de morar num barril, volta em meia era visto pedindo esmolas ás estátuas. Cegas por serem estátuas, eram duplamente cegas porque não tinham olhos – uma das características da estatuária grega.
Perguntaram a Diógenes por que pedia Esmolas ás estátuas inanimadas, de olhos vazios. Ele respondia que estava se habituando á recusa. Pedindo á quem não o via nem o sentia, ele nem ficava aborrecido pelo fato de não ser atendido.
É mais ou menos uma imagem que pode ser usada para definir as relações entre a sociedade e o poder. Tal como as estátuas gregas, o poder tem os olhos vazados, só olha pra dentro de si mesmo, de seus interesses de continuidades e de mais poder.
A sociedade, em linhas gerais, não chega a morar num barril. Uma pequena minoria mora em coisa mais substancial. A maioria mora em espaços um pouco maiores do que um barril. E há gente que nem consegue um barril para mora, fica mesmo embaixo da ponte ou por cima das calçadas.
Morando em coisa melhor, igual ou pior do que um barril, a sociedade tem necessidade de pedir não exatamente esmolas ao poder, mas medidas de segurança, emprego, saúde e educação. Dispõe de vários canais para isso, mas, na etapa final, todos se resumem numa estátua fria, de olhos que nem estão fechados: estão vazios.
Foram tantas as historias de sabedoria e humor de Diógenes. Conta –se que ele morava em um barril e que certa vez Alexandre, o Grande, que, ao encontrar Diógenes, ter-lhe-ia perguntado o que poderia fazer por ele. Acontece que devido à posição em que se encontrava, Alexandre fazia-lhe sombra. Diógenes, então, olhando para  Alexandre, disse: "Não me tires o que não me podes dar!" (variante: "deixe-me ao meu sol"). Essa resposta impressionou vivamente Alexandre, que, na volta, ouvindo seus oficiais zombarem de Diógenes, disse: "Se eu não fosse Alexandre, queria ser Diógenes."
PERIODO GRECO ROMANO – A FILOSOFIA PAGÃ E A PENETRAÇÃO DO CRISTIANISMO.
Ultima fase da filosofia clássica que corresponde a fase de expansão militar romana, desde as guerras púnicas, iniciada em 264 aC, ate a década do império romano e fins do século V. principais pensadores: Sêneca, Cícero, Plotino, Plutarco, repassaram mais as contribuições culturais da Grécia. A progressiva penetração do cristianismo no decadente império romano é uma das carecteristicas fundamentais desse período. A difusão e a consolidação do cristianismo, através da igreja católica, que atuou em dissolver a força da filosofia grega clássica, que passou a ser qualificada como pagã.
ÉTICA MODERNA (NICOLAU MAQUIAVEL)
A convicção medieval era que o governante deveria seguir a moral cristã. Era essa a chave do bem governar. Mas Maquiavel mostra, usando a história e a experiência, que sempre venceu quem pensou mais no êxito do que na moral ou na salvação da alma. Nem por isso devemos ser cruéis de propósito: ele recomenda praticar o bem sempre que possível, o mal quando necessário. Só que o governante não tem garantia de sucesso. Este sempre é incerto. Um homem privado pode, se respeitar leis e regras, vencer na vida; vive no quadro de um sistema que premia e pune; mas um governante, que não tem rede a protegê-lo, não tem segurança disso.
Para a ética cristã, as atitudes dos governantes e os Estados em si estavam subordinados a uma lei superior e a vida humana destinava-se à salvação da alma. Com Maquiavel a finalidade das ações dos governantes passa a ser a manutenção da pátria e o bem geral da comunidade, não o próprio, de forma que uma atitude não pode ser chamada de boa ou má a não ser sob uma perspectiva histórica. O Estado pode praticar todo tipo de violência, seja aos seus cidadãos, seja a outros Estados. Ao mesmo tempo, o julgamento posterior de uma atitude que parecia boa, pode mostrá-la má.
Para ele, a natureza humana seria essencialmente má e os seres humanos querem obter os máximos ganhos a partir do menor esforço, apenas fazendo o bem quando forçados a isso. A natureza humana também não se alteraria ao longo da história fazendo com que seus contemporâneos agissem da mesma maneira que os antigos romanos e que a história dessa e de outras civilizações servissem de exemplo. Falta-lhe um senso das mudanças históricas.
Como consequência acha inútil imaginar Estados utópicos, visto que nunca antes postos em prática e prefere pensar no real. Sem querer com isso dizer que os seres humanos ajam sempre de forma má, pois isso causaria o fim da sociedade, baseada em um acordo entre os cidadãos. Ele quer dizer que o governante não pode esperar o melhor dos homens ou que estes ajam segundo o que se espera deles.

FALTA DE ÉTICA NA EDUCAÇÃO
Citaremos um fato que proporcionará um debate entre os membros da equipe para provocar a interação com demais mestrandos, sendo que o tema proposto tem propósito apenas de laboratório em que os membros estarão horas como sujeitos que vai reagir  na manipulação dos fatos com base nos seus interesses, portanto com a ética internalizada que move as suas necessidades fundamentais o que não se deve confundir com desejos inerentes a vícios, mas deverá finalizar como cientista político, ou seja, interpretar com a precisão dos clássicos teóricos que fundamentam a divergência conflituosa entre os diversos autores que estavam envolvidos no cenário temporal e espacial, confirmando que os fatores que envolve um evento político deve ser investigado no subsolo do problema.
ESCOLAS: EMAÚS – TEN. REGO BARROS.
A rede globo, através do jornal Nacional fez uma série de reportagem sobre a educação no Brasil, e no dia 20/05/2011 a visita foi no Estado do Pará mais propriamente em Belém. A Blitz da educação visitou duas escolas, a primeira foi a Escola Tenente Rego Barros, pelo bom aproveitamento no IDEB, com nota 6,9, salários dos professores de 2.470 a 7.000 reais, segunda foi a Escola do EMAUS, situada no Bairro do Bengui que teve o pior aproveitamento no IDEB 1,4. O salário base do professor 1.090 reais. São vários os motivos para as realidades que as duas diferem: na primeira - Ten. Rego Barros, educação que adere alunos de filhos de militar da Aeronáutica e os professores da união com salários altos. Na escola do EMAUS, fundada no início da década de 1980 com a vanguarda de Padre Bruno, seus professores são todos da rede pública estadual com salários abaixo da Escola Rego Barros.
Em debate:
 CONCLUSÃO
Definimos o texto como parâmetro evolutivo da ética nos contextos históricos, tendo como pressupostos os principais teóricos clássicos que influenciaram e influenciam paradigmas comportamentais de uma sociedade no ato de deliberar seus lideres políticos a parlamentares e executivos estatais. Os cidadãos de uma sociedade individualista do statu quo em contexto, visualiza a desintegração do Estado, muito dos quais não percebem que esse fenômeno faz parte de um processo de transformação em que o sociólogo Karl Marx justifica com a dialética do materialismo histórico. Sendo que cada fase segue orientações teóricas como regras de uma cartilha. Portanto, não é conveniente prejulgar os ídolos políticos no presente como responsáveis por equívoco desastre que se generalizam no corpo social como um câncer político (falta de ética). A explicação para este fenômeno sedimenta-se nos próprios germes de destruição que são gerados pelas suas próprias contradições, ou seja, a falta de ética que “cancerija” o Estado para seu fim e a comprovação da síntese do modelo econômico feudal que se fundamentava nos Estados absolutistas e monarquias e que permeia para a minimização do Estado (Adam Smith), portanto se consolida para um Estado burguês e sequencialmente para um novo modelo econômico: socialista. Então as regras de posturas éticas se redefinirão por outros comportamentos, já que na existirá a instituição mantenedora de privilégios de uma das classes convencionado pelo contratualismo dos iluministas. Concluímos este texto de forma não conflituosa, mas explicando as transformações como reflexos de ebulições no subsolo das superestruturas que fraturam de forma gradual as organizações tradicionais que se mantém ao longo de uma fase. Então geram crises existenciais que se confundem com o caos. Então a falta de ética dos dirigentes políticos é o germe de destruição do Estado.
RERERENCIA BIBLIOGRÁFICA
 ALMEIDA, Agassiz Filho e SOARES, Vinícius de Campos Barros; Novo manual de Ciências Política
Maquiavel, Nicolau; O Príncipe
Hobbes, Thomas; Leviatã
Jean Bodin, Os seis livros da República
Boussuet, Jacques; A Política tirada da Sagrada Escritura 
MARX, Karl; O Capital
 MARX, Karl; O manifesto Comunista
ROUSSEAU, Jean Jacques; Contrato Social;

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