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Belem, PARÁ, Brazil
Graduado em Historia.

segunda-feira, 29 de outubro de 2012

A DEMOPROFETIZAÇÃO ou DEMOCRASATANIZAÇÃO

CAPA FALSA DO JORNAL LIBERAL
Mas será que quem arquitetou esta imagem, criando uma capa falsa do jornal liberal, estava “demoprofetizando” uma derrota ou “democrasatanizando” o adversário? Confesso que quando comecei a escrever este texto fiquei confuso para ser fiel a neutralidade. Ate aonde uma disputa eleitoral levará o ser humano aos limites da “imoralidade” para se chegar ao seu objetivo, por mais que seja válido. Pensei: - “será que aquele que tanto nos condenamos, sim, o Führerr, que tinha como ministro de Propaganda de Adolf Hitlero, Dr. Paul Joseph Goebbels que usou meios para alcansar os objetivos do sentimento nazista: a educação e a propaganda de culto a imagem a Hitler, e levar a sociedade alemã ao antisemitismo e a guerra mundial como defesa do arianismo. As imagens de candidatos abraçando velhos, carregando no colo criancinhas, defendendo criminosos, como resultado da falta de atitude e interesse de grupos antagônicos ao seu, mas justificando seus atos. Prometendo melhorias na saude, lazer, educação, cultura, esporte, saneamento e etc..
Essas práticas são graças a Goebbls que produzia filmes emocionantes, mostrava uma alemanha melhor, próspera e feliz. Estimulava o patriotismo, o heroismo e o nacionalismo. Mas foi uma frase sua que pensei que estivesse decontextuslizada, do Ministro da Propaganda de Adolfo Hitler, Joseph Goebbels disse: “Uma mentira dita cem vezes acaba virando verdade”. E esta frase nunca esteve tão presente nas propagandas de campanha política, onde informações são jogadas ao eleitor via televisão, rádio, internet e material escrito numa rapidez onde o eleitor nem sempre consegue discernir o que é verdade e o que é mentira.
Ate aonde vai os imites da democracia, ou será que de fato é um jogo? Então mais do que nunca não da pra negar o teórico Nicolau Maquiavel: “se o objetivo a ser alcançado fosse de suma importância, qualquer meio para alcançá-lo seria aceitável. Tratava-se de uma ideologia que pregava o relativismo da ética e da moral, muito do que se pratica hoje no mercado, na política ou em qualquer seguimento”.
Mas qual seria de fato a interpretação do termo originário em seu discurso: “os meios justificam os fins”. O adjetivo “Maquiavélico” e o substantivo “Maquiavelismo” se revezam tanto no senso comum como no senso crítico, seja no campo político, assim como nas “fofocas” cotidiana. Mas penso que tal discurso extrapola a política e contamina as diversidades do publico e privado. Será que só se interpreta que o maquiavelismo está fundado na rasteira, passar a perna, ou seja, tirar proveio para si, em detrimento do outro?
Ao nos aprofundarmos na frase, devesse de imediato usar de quaisquer meios que será não explicado, mas justificado, é só se auto-enganar que seus objetivos é o mais justo e conveniente a todos e pronto. Mas parece que na democracia todos querem os mesmos fins, a questão está nos meios, e que de fato gera toda a crise de relacionamento social. Então se criam métodos que são as adversidades ideológicas de como se deve eliminar o “inimigo” ou adversário que trava a transição dos meios para os fins, do ideal para o real, e o homem como espécie não é imortal, então passam a se consumir com disputas de idéias para se alcançar o real. Então penso que Sartre esta certo: “o homem esta condenado a sua própria liberdade, ai vem a crise do existencialismo, a ansiedade, a angustia de se perpetuar no mundo visível de Platão, ou de Santo Agostinho, em “Cidade de Deus”, mas no mundo terreno.
A questão está na capacidade cognitiva do homem criar aparelhos (ideológicos e repressivos) de eliminar o adversário para evitar o confronto físico (guerra) como ferramentas (os seus meios) para eliminar o adversário.
Então os meios são imbricados com as adversidades culturais, pelo ponto de vista espacial, histórico e econômico. Isso não quer dizer que todos os meios sejam legitimados para todos, mas apenas para alguns. Porém, os resultados obtidos sempre são provenientes da capacidade de lubridiar ou enganar o adversário, através de ações que para si é legal, mas para o inimigo é imoral. Mas se algo sair errado houve falha na execução dos meios, ou seja, faltou mais astúcia.

A PROPAGANDA DO MITO
Lembro que a campanha eleitoral na mídia para prefeito em Belém de 2012, começou com a imagem de seres humanos humildes e simples, que vieram de origens pobres; filhos de imigrantes, alem de filhos de interioranos, neto de sindicalista, mas todos pobres coitados que conseguiram tornar-se um herói a custa de sua própria luta, sem apoio de governos e de todos. Portanto um vitorioso que veio a este mundo para se tornar um “messias”. Chamamos isso de culto ao personalismo. Mas ao passar os dias de campanha vinham as aparições de suas habilidades e competências. Em seguida mostravam que o povo tinha necessidade de seu know-how, pois usavam da psicologia da necessidade do povo de um herói. Mostravam suas entidades ou ONGs (terceiro setor) que funciona como poder paralelo ao estado, mas se foram capaz de fazer tanto com uma entidade, imagina com o estado na mão. Mas na verdade é o inverso, quem tem necessidade psicológica são estes, devido a sua carência afetiva resultado de alguma falha familiar ou na relação social que o frustrou.
Chegaram os debates, começou o linchamento moral, quem tiver menos pecado vence, ou então, com o poder da persuasão com retórica, se não, apelavam para o poder financeiro, para contratação uma marqueteiro de campanha, para arquitetar a destruição do adversário e personificar o contratante como ídolo político ou um mito.

A ESPETACULARIZAÇÃO DA DEMOCRACIA LÚDICA
Uma eleição hoje se compara a um reality show. Os marqueteiros preparam os candidatos com cursos de como se comportarem diante da câmera e do público (showmam), viram artistas, comparados a atores. Nesta eleição foi visível o “polifisionomismo” dos candidatos, se igualando ao personagem de Carminha da novela global, “Avenida Brasil”. Outra estratégia é de como provocar o adversário para desestabilizá-lo. Mostrar ao eleitor que o adversário tem uma patologia: esquizofrenia, compulsividade, falta de controle emocional (O idiota). O candidato é orientado a tomar remédios controlados, ser um comediante quando necessário discursar como música para os eleitores.
É a espetacularização da democracia de fazer inveja ao próprio Goebbels se tivesse vivo. Os militantes e simpatizantes entram em delírio diante do espetáculo, não se importando mais com a racionalidade. O dia da eleição vira uma festa como afirmou o desembargador Ricardo Nunez, presidente do Tribunal Regional Eleitoral (TER-PA) e a presidente da Junta apuradora, a juíza da 98ª Zona Eleitoral, Graça Alfaia, avaliaram: "Foi feita a festa da democracia..”.
A frase destes dois magistrados é um equivoco para a seriedade que deve ser o dia da eleição, mas é a realidade de como se trata o processo eleitoral, ou seja, o lúdico eleitoral. Mas o lúdico continua para quem vence, e uma tortura para quem perde. O exemplo do depoimento Edmilson Rodrigues que lamenta o resultado e diz que vai fiscalizar nova gestão, alem: - "O eleitor belenense já fez opções e confirmou seu erro depois, um exemplo disso são os oito anos desta administração (Duciomar Costa parceiro político de Zenaldo) que se encerra no final do ano, mas, infelizmente, eles (eleitor) terão que comprovar isso na pele (sofrimento)".
Mas o lúdico continua para quem vence, a exemplo de Zenaldo que seguiu com seus militantes e simpatizantes com trio elétrico para a Doca de Souza franco. Nada diferente de uma final de uma copa do mundo, em que o campeão com seus torcedores se deliram com o feito, contrário ao perdedor.
Só que para Goebbls a razão não deve ser perdido pelo candidato, mas envolver no maximo o eleitor a espetaculariazação, para que este não racionalize e sempre haja pelas paixoes e não desperte de seu sono. Assim racionalize o seu voto e se conecte com o seu mundo real. A razão tem que prevalecer sobre a emoção depois de amanhã, dia das eleições, onde definiremos os homens públicos que comandarão.

A PROPAGANDA DA PESQUISA
Em Belém nos dias 25 e 26, véspera da eleição do segundo turno para prefeito de Belém do Pará, entre os candidatos Edmilson Rodrigues, Deputado Estadual (PSOL), partido de extrema esquerda e Zenaldo Coutinho, Deputado Federal (PSDB), partido de extrema direita, foi publicado em várias redes sociais e se multiplicado a publicação de uma pesquisa eleitoral com uma capa do jornal o liberal, realizada pelo Instituto Vox Pópuli, nos dias 23 e 24, com entrada no TSE-PA, sob o nº 00339/2012, encomendado por Delta Publicidade S.A., (jornal liberal), com data de divulgação para o dia 24 de outubro, no jornal, “O Liberal” da empresa, “Organização Rômulo Maiorana”, acusada pelo PSOL de ser conivente de pesquisas maquiadas para beneficiar o PSDB, não quis publicar para omitir a queda provável de Zenaldo. Mas alguém teria revelado o resultado que apontava 52% para Edmilson Rodrigues (PSOL) e 48% para Zenaldo Coutinho (PSDB).
A imagem foi copiada do blog Santo Afonso, quando pesquisava na internet, mas assim que foi divulgado pela emissora de televisão local do Jornal liberal 2º edição no dia 27/10/2012 a pesquisa diferente e real, foi retirado imediatamente a imagem e as informações. Acredito que os editores do blog foi avisado da trama e golpe que usou a imagem do seu blog para veicular a noticia. O blog é de cunho religioso católico de uma paróquia de Fortaleza, Ceará.
O jornal Amazônia do grupo Rômulo Maiorana, através do Instituto Vox Populi desmentiu o resultado divulgado em pagina falsa do jornal Liberal que vêm sendo publicada nas redes sociais. A gerente de Negócios do instituto de pesquisas, Marlene Marzinetti, esclareceu que: "não existe resultado desta pesquisa, porque o trabalho encontra-se em curso. Informou que o setor jurídico das Organizações Rômulo Maiorana (ORM) identificou os responsáveis pela fraude e está tomando as medidas judiciais cabíveis. E informou que a pesquisa será publicada no jornal liberal de domingo, 28/10/2012 e divulgado no Jornal segunda edição de televisão.
O texto acima nos faz retornar as estratégias, tanto de Goelbbes (“Uma mentira dita cem vezes acaba virando verdade”), e mais do que nunca o uso da propaganda; outro teórico usado também neste cenário Maquiavel (os meios são justificados pelos fins).
Este texto não fará julgamento e nem defesa de ambos os lados, mas apenas analisar o objeto de estudo, portanto interpretar o fato com o uso de recurso de texto teórico para que perceba que nada se faz por acaso, mas com recursos intelectuais, ou seja, recursos históricos.
Então a sabotagem do uso de uma capa falsa de um jornal pode ter sido usada para caracterizar uma dissimulação ou simulação para uma boataria ou criar um falso esquema e responsabilizar alguém por tal ato ilícito. A criatividade foi tanta que mobilizou a comunidade virtual e depois as comunidades físicas. Portanto, despertando dúvidas quanto à legitimidade e a desconfiança da eficiência das pesquisas eleitorais que tanto se discute.

METODO CIENTÍFICO DE PESQUISA
Desde 1990 algumas pesquisas que não se concretizaram no Estado do Pará realizado pelo IBOP.
1990: o Ibope dizia que o futuro governador seria Xerfan. Jader foi eleito; 1994: o Ibope dizia que Jarbas Passarinho seria o governador e Almir, que era o terceiro na pesquisa, ganhou; 1996: o Ibope dizia que Ramiro Bentes seria o prefeito de Belém. Ganhou o Edmilson que era o quarto na pesquisa; 1998: o Ibope dizia que o Hélio Gueiros seria o Senador. Ganhou Luis Otávio; 2002: o Ibope dizia que Ademir Andrade iria para o segundo turno. Maria do Carmo, que era a quarta colocada perde para Jatene no 2º turno; 2006: o Ibope dizia que Almir Gabriel seria governador no primeiro turno e quem venceu foi Ana Júlia; 2008: pelo Ibope, Valéria seria prefeita de Belém. Terminou em quarto lugar, e Duciomar foi reeleito.
Agora iremos ver as pesquisas de 2012 para prefeito de Belém.
Edimilson Rodrigues em 2012 ao contrário da campanha de 1906, começou como preferido nas pesquisas, mas foi despencando com o processo eleitoral. Em 1996 Edmilson saiu de quarto colocado, atrás de Cipriano Sabino, Ramiro Bentes e Elcione barbalho, considerado como fenômeno, então eleito como prefeito de Belém. Em 2012, o candidato do PSOL, Edmilson Rodrigues, chegou a ocupar o primeiro lugar, com 47,6% das intenções de voto, à frente do candidato do PMDB, José Priante, que somou 18,6% . O terceiro colocado o candidato do PPS, Arnaldo Jordy, 7,1%. Em quarto lugar Zenaldo Coutinho (PSDB), com 6,8%. O petista, Alfredo Costa, e o radialista Jeferson Lima (PP) encontram-se empatados com 4,3%. Anivaldo Vale (PR), com 3,1%. Os demais candidatos com menos de 1% na corrida eleitoral. Período de 8 a 12 de julho de 2012. A pesquisa, encomendada pelo Instituto Amazônico de Planejamento, Gestão Urbana e Ambiental (Iagua), foi registrada na Justiça Eleitoral sob o número PA-00029/2012. Por muitos Edimilson já estava eleito.
O psolista venceu o 1º turno com 32, 5% a frente do tucano com 30%, mas no 2º turno veio a virada, Zenaldo venceu com 56,61% e Edimilson Rodrigues com 43,39%. Apesar de que o Diario Online apresentar uma pesquisa em que apontava Edimilson com 51% e Zenaldo com 49%, isso no dia 26/10/202. O blog do Edir Veiga aponta a véspera larga vantagem a Zenaldo (57,%), Edimilson (42,3).
Existem dois tipos de pesquisa, por amostragem e população. As diferenças são: pesquisa por população é o tipo de levantamento que obtém informações de todas as pessoas de um grupo. 100% dos participantes. Há exatidão na hora das respostas.. Margem de erro é zero; pesquisa por amostragem se faz aleatoriamente, mas com metodologia cientifica e que se usa uma parcela do corpo total.
Há muita desconfiança sobre os critérios de pesquisas em períodos eleitorais. Mas de fato pouca gente sabe como funciona, então reproduz discurso do cotidiano que teve um mote, para deturpar os fins da eleição. A resposta para esta questão está na metodologia da pesquisa. Para fazer qualquer tipo de levantamento quantitativo que precisaria ouvir um grande número de pessoas, é realizado um cálculo que permite a criação de uma amostragem (percentual de perfis de pessoas que vale por um todo). Mas a estatística é uma ciência que, se aplicada da forma correta, retorna resultados suficientemente e precisos.
Como se faz na prática uma pesquisa e como se define a margem de erros que tanto incomoda as pessoas por ser excluído da pesquisa?
Uma pesquisa não é feita em cima de valores absolutos e sim em estatísticas, então apresenta uma margens de erro que depende do tamanho da amostra e dos resultados que foram obtidos com a pesquisa. A pesquisa será feita dentro de um intervalo de confiança que é de 95% de confiança com real possibilidade de estar dentro da margem de erro e 2,5% de estar acima e abaixo. E esta margem será determinado pelo candidato.
Exemplo: se numa pesquisa um candidato esta com 23%, se leva em consideração a margem de erro de 2%, ele estará entre 21% e 25% dentro da margem de erro e 2,5% de chance de estar acima de 25% e 2,5% de estar abaixo de 21%.
Devido a margem de erros, ao publicar a subida ou a descida de um candidato, se faz necessário fazer várias pesquisas, para que não se possibilite erros, nas comparações entre atual e a ultima.
A margem de erro é determinada pelo contratante. Vejamos como funciona: um candidato contrata uma empresa com margem de erro de pesquisa com 3% em um espaço com 500.000 eleitores, através de uma fórmula estatística a empresa terá que fazer 1065 entrevistas. Se o contratante quiser uma margem de erro de 2%, serão necessárias 2390 entrevistas, e para 1% de margem serão necessárias 9423 entrevistas, e assim por diante, até a margem de erro zero, quando seria necessário entrevistar todos os 500.000 eleitores. Além dessa margem de erro "contratada" para diminuir o custo das pesquisas, existe ainda o "Índice de Confiança" da pesquisa, que geralmente é de 95%, e jamais é divulgado por ninguém. É ai que está a maquiagem que gera desconfiança.
Os institutos de pesquisa que poderão fazer pesquisa e divulgar devem ser filiados no Conselho Regional de Estatística – CONRE, e demonstrar idoneidade. O TSE aplica pesadas multas em instituições que fraudam pesquisas.
Uma pesquisa com métodos científicos não mentem, mas pode ser usadas de forma para iludir os eleitores,
Mas, então, a pesquisa que criaram em uma capa falsa do jornal liberal, estava a serviço de quem? E funcionou? Ou será que quem perdeu foi menos astucioso que o vencedor? Mas para ser malandro tem que ser criativo.


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