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Belem, PARÁ, Brazil
Graduado em Historia.

domingo, 16 de dezembro de 2012

GUERRA ENTRE TORCIDAS

GUERRA ENTRE TORCEDORES
Torcida organizadas: remoçada e terror bicolor.
As características consideradas primitivas e terríveis como a crueldade e violência não desapareceram totalmente e ainda fazem parte da condição humana, mas como nos relacionamos com esta porção violente que permanece em todos nos. Os homens e mulheres nunca deixaram de ser essencialmente natureza, ou seja, instinto humano.
Os gregos criaram uma forma sofisticada e eficiente de equilibrar os excessos, a disputa: nos combates dos jogos olímpicos, na guerra, na filosofia e na arte. Desta forma assim, manifestavam sua violência, através da harmonia, da tranquilidade, da beleza e das formas artísticas que as forças terríveis da natureza podiam ser contempladas; os poemas, as esculturas e a precisão das habilidades dos atletas nos jogos olímpicos eram forma de tornar os conflitos e as discórdias belas e possíveis de ser vividos.
Os jogos de futebol entre dois times trás os afetos da discórdia e da rivalidade e o que os torcedores estão vendo na televisão e nos estádios de futebol é uma guerra, mas uma guerra da arte da bola no pé, da travessura, do lúdico. Assim como a filosofia de Sócrates que criou a dialética para se chegar a verdade, no futebol, também ganha quem tem mais criatividade.
Só que não é todo combate que deve ser estimulado, pois há dois tipos de combates: o da crueldade sanguinária, quando não há ética e honestidade; a outra estimular os homens a expandir seus limites, seja consigo mesmo ou com os colegas, que leva a disputa ética que proporciona a aumentar a potência e adquirir novas capacidades, mesmo que a derrota se faça presente. Todos nós somos movidos por disputas, o problema é que ambicionamos, então idealizamos coisas universais que são inatingíveis, como a perfeição e a verdade e por isso estamos eternamente insatisfeito, mas no futebol a alegria é simples e imediata como um gol.
Se a face violenta da humanidade não pode ser negada então porque o homem não limita e ordena esta violência por meio de uma disputa bela, ética, artística, a batalha do futebol, com a criatividade e a sutileza da imaginação de um artista que e o jogador que reflete na sua habilidade.
Hoje o Paysandu, ontem o Remo e amanhã quem será? Vamos torcer, mas não violentar. A PAZ.
(Viviane Mosé).

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