DELÍCIAS E ARMADILHAS
DO AMOR PAIXÃO
"Os apaixonados perdem o
sono, dançam na chuva e ouvem estrelas, loucos um pelo outro. Unidos na manhã
radiante do amor-paixão, vitoriosos, nada de mau os alcança, exceto os seus
próprios enganos. A paixão entre os sexos, quando ela explode, é o nada que é o
tudo. Os amantes se idealizam em tanta beleza no impossível, imploram, juram,
prometem e suplicam amor eterno. A certeza de que já mais amará outro é
arrebatadora. A carícia é bênção, o beijo é reza e a copula é comunhão. O que
estava escrito é pecado negar. O único problema que o orgasmo, não dura para
sempre. O amor-paixão é amor mortal- eterno enquanto dura, infinito enquanto
brilha. Depois de sexo ardente, o sol da certeza não brilha, a sobra da duvida
aumenta. A tirania libertadora oprime a esperança desafogada e a beleza
luminosa embaça. A ilusão da largada, se esgota. Aos amantes só resta a
desilusão e a volta a mesmice.
O prometer apaixonado
engana, mas não mente. A melhor maneira de enganar o outro e estar
auto-enganado. O amor entre ambos formam um par perfeito, o apelo da paixão é
mais forte que eles. Ambos acreditam sinceramente um no outro e entre si. A
paixão do inicio não é a paixão desde o fim. O jovem apaixonado que jura amor
eterno é o conjugue infeliz no casamento que promete no calor do leito,
divórcio em breve e núpcias a seguir. Estarão mentindo. Só o tempo dirá. Quanto
o cumprimento das promessas só o tempo dirá. Mas na integridade no valor da
verdade no instante da promessa, como duvidar (Hamelet – Shakespeare).
Quando o amor que sinto
jura a mim mesmo que é todo verdade, acredito, sim, no que diz, e ai de quem
suspeite falsidade!
Tarde
demais o conheci, por fim; cedo demais, sem conhecê-lo, amei-o."
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