As mulheres dentro do contexto da reforma protestante eram vistas pelos homens católicos e protestantes da mesma forma, ou seja , frágeis e imbecis. Preciosas como pétalas, mas perigosas como cobra venenosa. Por isso, eram mais fáceis caírem em heresias, do que os homens. Claro que houve exceção como algumas que eram esposas de lideres como Calvino, Lutero e de duquesas e rainhas, como Margarida de Navarro, irmã do Rei Francisco I da França e sua filha Joana D’Albert, rainha de Navarro.
Existem poucos estudos sociais sobre o papel da mulher nas mudanças religiosas do séc. XVI. A reforma teve uma atração especial sobre as mulheres independente de sua classe social.
Alguns autores afirmam que as mulheres eram mais receptivas as novas religiões, se elas tivessem mais igualdade espiritual dos sexos, mais mulheres entravam no movimento.
COMPORTAMENTO DAS MULHERES ANTES DE SUA CONVERSÃO RELIGIOSA
Alguns historiadores afirmam que elas (aristrocatas) eram nulas , aprisionadas nas casas dos campos assim como as esposas de comerciantes, artesãos e trabalhadores, e a não qualificada na França do séc. XVI, essas mulheres encontraram liberdade no movimento protestante. Alguns historiadores dizem que essa libertação aconteceram antes desses levante religiosos. Na vida familiar, houve uma aproximação maior, amizade e companheirismo igualitário entre conjugue protestante.
Na metade do séc. XVI, no início do amplo movimento protestante na França, as mulheres superavam os homens em número e viviam mais que eles, devido a uma taxa de mortalidade alta as cidades dependiam da imigração, para o crescimento de sua população, sendo assim, os homens eram em maior quantidade. Quase todas as mulheres de uma forma ou de outra, faziam parte da vida econômica da cidade, conforme relatos de processo judiciais ou contrato privados, onde elas ajudavam seus esposos, seja ele advogado, banqueiro, comerciante, artesão, não só quando enviuvavam, mas quando seus maridos estavam vivos, uma esposa até podia disciplinar em aprendiz, ajudavam a tear. Algumas tinham empregos próprios: eram costureiras, pintoras, e jovens aprendizes. Faziam sapatos, luvas etc...muitas estavam nos empregos femininos semiqualificadas ou não-qualificadas, principalmente domésticas muito mal pagas, outras trabalhavam em casas de banho, que descambavam para a prostituição, ou seriam remadoras ou então como escravas, onde recebiam salários menores que os dos homens.
As mulheres tinham seus nome de solteira, ou eram conhecidas como “esposa de fulano” ou então conhecida por apelido (vulgo).
NA VIDA PÚBLICA
Pouco se estendia, e quando participavam pagavam impostos, a sua participação era igual de artesão e comerciantes nos governos Oligárquico da cidade (Governo exercido por uma minoria de família, ou por uma classe), que só tinha influência política através de corporações. A vida da mulher nessas corporações eram limitadas e mais fraca de que na idade média, portanto politicamente sua vida urbana era informal e indireta.
NA EDUCAÇÃO
Na família de élite as mulheres tinham educação privada, estudavam em Francês, Italiano, Música, Aritmética etc.., as não-nobres, quando aprendiam em latim eram registradas de “Educada acima do seu sexo” .
Nos níveis mais baixos conforme estatística, dentro de 1.200 pessoas em Lyon, apenas 28% sabiam assinar o nome, mas que faziam parte da élite, o restante eram mulheres, que juntamente com os homens não sabiam assinar o seu nome, apesar de que aumentou mais da metade de alfabetizados com a invenção da imprensa, sendo que o masculino cresceu mais.
As escolas públicas municipais eram apenas para homens. Dentro de uma escola pública, foi encontrado 5 professoras e 87 professores no ano de 1.490. Na primeira metade do séc.XVI, a mulher rica e bem-nascida era estimulada a estudar para fortalecer a imagem da mulher bem educada.
A MULHER AS VÉSPERAS DA REFORMA
A mulher tinha participação igual dos homens, os mais ricos tinham capelas em sua casas de campo, uma vez por ano procurava as paróquias para se confessar. As paróquias cresciam e a igreja não aumentou seu quadro pessoal de pastoral para o confessário, o batismo era levado mais a sério, como a unção, os maridos levavam os bebês com os vários padrinhos enquanto a mulher ficava em casa, esperando se purificar para ir a igreja pós-parto, além do mais se preocupavam com procissões cerimônias em seus funerais e missas pelo discurso de sua futura alma.
Na véspera da reforma a vida religiosa feminina era menos organizada do que dos homens. As procissões paroquianas lideradas por padres no dia de CORPUS CHRISTI, ou em outra ocasião incluíam homens , mulheres e crianças para pedir ajuda contra a fome e peste, mas as confrarias leigas em prol de oficiais e burgueses, rezavam missas, faziam banquetes, as mulheres urbanas eram em número bem menor. Os conventos femininos em menor número era cada vez mais isolada pelo movimento reformista. Separado do clero as mulheres que sabiam ler, liam em voz alta dentro das igrejas e eram descriminadas pelos franciscanos. Já que as mulheres não deviam usar a mentes para investigar a divindade de Deus, sendo um trabalho só para os prelados(títutulo honorífico de altas autoridades eclesiástica).
A NOVA MULHER CRISTÃ
A mulher não é mais uma senhora educada, mais pura e simples que conhece a biblía, ela é identificada por sua relação com a escritura, e seu controle sexual e feito através de seu interesse pela biblía. As mulheres estavam libertando sua alma do governo do padre, e a nobreza católica era injuriada por esta mulher protestante que discutia teologia com os doutores da igreja citada, os jesuítas achavam mais seguro as mulheres como os artesões que a biblía não ficasse a mercê da cabeça da mulher.
As mulheres como os homens calvinistas não provinha da popilação não- qualificada. Das 750 mulheres presas por heresia ( 1.568 /69) , dentre elas a maioria não foram convertida ao protestantismo pelos maridos e grande parte eram viúvas e donas de seus próprios negócios, ou seja, independentes.
A MULHER PARTICIPA DA IGREJA PROTESTANTE
A mulher começa a participar das pregações dentro da igreja assim como os artesões. Calvino e companhia não aceitavam, pois dizia que a reforma era a permanência do homem bem preparado para derrubar o clero. A mulher não podia ferir a palavra de Deus segundo o Livro de Corintos I “ as mulheres deverial mamter-se em silêncio na igreja”, ou seja, a ordem divina não deveria ser quebrada, DEUS-CRISTO-HOMEM- MULHER.
As mulheres agora queriam administrar a igreja o qual não era também aceito pelos pastores, achando que os padres iriam rir disso. Pois agora as mulheres iriam desobedecer os pastores, algumas voltariam para a igreja católica.
Dentro desse contexto as mulheres católicas da mesma classe social das protestantes publicariam mais que as protestantes.
Os rituais das novas igrejas era um afronte aos católicos, onde a participação era um conjunto, pastores e membros, isso para os católicos era visto como desordem devido a hierarquia ritual da cerimônia dos católicos. Achavam os protestantes que os padres tinham furtado os salmos que eram cantados em coro e em alta voz com a intenção de convite aos católicos, as mulheres andavam de roupa preta, os santos foram excluídos, mas em alguns consistório o sexo eram separados. Um poeta católico, argumentava que a encarnação de cristo como homem era uma conveniência histórica judaica, um cristo feminino não seria aceito, por isso era importante a figura de Maria mãe de Deus, e que a igreja católica se afastava da imagem senhor (homem) Calvino, conclamava exaltar os senhores ao invés de Santa Maria.
Os protestantes criticavam o celibato clerical, onde a mulher era mais vulnerável ao sexo devido a ociosidade e sua mente enquanto que o homem estava ocupado com o trabalho, então melhor casar cedo de que arder em fogo do inferno, influenciado a este aspecto os homens se converteram em maior quantidade que as mulheres. O homem mantinha sua autoridade sobre a mulher, mas com moderação e sem insultar, já que esta era dada por Deus, como companheiro, assim diminuiu a violência do marido contra a mulher (início de um processo longo para o divórcio).
Apesar disso a mulher ainda era sujeita ao homem e se as protestantes se rebelasse contra o marido, podia ser levadas ao consistório ( lugar onde se tratavava assunto graves de religiosidade), e ser punida em até 3 dias de prisão.
DIFERENÇAS
A reforma religiosa trouxe uma aproximação na distância vertical do sexo masculino “superior” para o feminino “inferior” , tendo em vista que as novas concepções religiosas aceitaram mulher como membro e isso é um ganho. Mas não se pode esquecer o afastamento do protestante em relação a cultura popular que o catolicismo permitia, além da vida privada do campo familiar.
Com isso a mulher ganhou uma nova concepção de vida como ser humano e que se concientizava de que fazia parte do ambiente, não como mera coadjuvante, mas sim como agente transformadora do mundo que em que vivia, mas mesmo assim, continuou sendo policiada tanto pela igreja católica quanto pela protestante, tanto que sua liberdade ficou bastante reduzida com diferença em vários aspectos diante do sexo masculino
Referencias Bibliograficas
Autor: Davis, natalis zenon.
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